Renato "puxa orelha" de jogadores: "Um jogo desse tamanho não pode dar mole"

Tudo ocorreu como Renato Gaúcho planejou. O técnico do Grêmio arrancou um empate contra o Santos no Campeonato Brasileiro com seus reservas e viu os titulares eliminarem o Palmeiras da Copa do Brasil nesta quarta-feira. Mesmo assim, depois da partida no Allianz Parque, o ídolo e comandante do time tricolor não escondeu que vai cobrar seus atletas por causa de vacilos que por pouco não colocaram tudo a perder contra o líder do Brasileirão.

"Um jogo desse tamanho não pode dar mole. Tem de estar ligado. Falei para o grupo, muita malandragem acima de tudo, jogo decisivo, não pode perder atenção. (Os jogadores ) não estiveram numa noite como nos outros jogos, mas o que vale é o resultado. Apenas dei os parabéns, mas lá em Porto Alegre vou dar esse puxão de orelha", declarou Renato, depois de ver sua equipe sofrer mesmo com um homem a mais em campo, já que Allione acabou expulso pelo lado alviverde.

"Com um a mais e demos chance para o adversário. Esse é um tema que eu vou conversar bastante com o grupo, porque a bola pune. Tivemos chance de matar. De repete, você toma um gol", afirmou, antes de se defender da própria expulsão.

"Não gosto de falar de arbitragem, mas eu não falei nada para ele (o árbitro). Eu estava chamando atenção do Douglas, duramente, e ele estava a dois metros. Eu falei para o quarto árbitro avisar que eu estava chamando atenção do Douglas, aí ele respondeu: 'agora ele já te expulsou'. O quarto árbitro era minha maior testemunha", disse.

Gre-Nal

Não deu nem tempo de comemorar a classificação na Copa do Brasil, e Renato Gaúcho já foi bombardeado de perguntas sobre a escalação que o time terá no próximo domingo, em casa, contra o arquirrival Internacional, que luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. E, por enquanto, o treinador gremista preferiu despistar e não garantir nada. Nem titulares nem reservas em campo, já que o primeiro confronto frente ao Cruzeiro acontece no meio da próxima semana.

"Desde já eu posso falar para vocês que a palavra final é do treinador, mas sou sempre aberto ao diálogo. Vou conversar com o presidente, com os preparadores, com o departamento médico e com os jogadores. Não adianta eu querer e o jogador não estar em condições", afirmou, já defendendo uma possível escalação alternativa.

"Se o jogador está no grupo do Grêmio, mais cedo ou mais tarde, vai jogar. Os reservas jogaram contra o Santos e jogaram bem. Fim de ano, qualquer grupo está cansado, e temos de tomar cuidado. Por isso, a gente procura ter cuidado com os jogadores. Cinco, seis cabeças pensam bem melhor que apenas uma. Preciso conversar com os jogadores, ver como eles estão se sentindo", declarou.

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