Roger Machado pediu demissão na noite de quarta (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Com a saída de Roger Machado, o Grêmio completará o nono ano seguido sem iniciar e encerrar uma temporada com o mesmo treinador. O último que obteve a “façanha” à frente do plantel tricolor foi Mano Menezes, em 2007. O adeus de Roger foi anunciado pelo presidente Romildo Bolzan Júnior logo após a derrota para a Ponte Preta por 3 a 0 na noite de quarta-feira, pela 25ª rodada do Brasileirão.
Ainda sem um substituto para o comando da equipe, os gremistas remetem a um passado não tão recente para encontrar Mano Menezes como o derradeiro chefe do vestiário que conseguiu se manter no cargo do Tricolor por um ano inteiro.
Em 2007, além do bicampeonato gaúcho, foi finalista da Libertadores, quando acabou derrotado pelo Boca Juniors. Sua saída só seria anunciada no dia 28 de novembro, antes da última rodada do Nacional – o Grêmio terminou em sexto.
Para o lugar de Mano, o escolhido para iniciar 2008 foi Vagner Mancini, então emergente entre os treinadores e identificado com o clube pela passagem que teve como jogador. No entanto, ele durou apenas seis jogos. Mesmo invicto, foi demitido após a vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio Jaciara, pela Copa do Brasil, porque os dirigentes à época não estavam satisfeitos com o rendimento da equipe.
Então, veio Celso Roth, que balançou no cargo após eliminações sucessivas no Gauchão e na Copa do Brasil. Contudo, a campanha no Brasileirão foi surpreendente, e o Grêmio liderou o campeonato em boa parte com folga. A perda de fôlego no final fez o São Paulo ultrapassá-lo e chegar ao título. Ele deixaria o comando da equipe em abril de 2009, após perder o Gre-Nal do centenário do Inter por 2 a 1.
O Grêmio foi atrás de Paulo Autuori para substituir Roth, mas teve de esperar mais de um mês para anunciar o novo treinador, que estava em fim de contrato no Catar. Nesse período, Marcelo Rospide comandou a equipe interinamente. Mas Autuori decepcionou. Foi eliminado da Libertadores sem vencer uma partida sequer e, pelo Brasileirão, fez uma campanha intermediária. Saiu em novembro. Rospide reassumiu o time na reta final da temporada.
Para iniciar 2010, a diretoria tricolor apostou em Silas, que conquistou o Gauchão daquele ano, o último título do Grêmio. Porém, com a eliminação na Copa do Brasil e a entrada do time na zona de rebaixamento, caiu em 8 de agosto. Para seu lugar, foi contratado Renato Portaluppi, maior ídolo da história do clube, que reergueu a equipe a uma classificação à Libertadores com a torcida “jogando junto”.
O ano seguinte, porém, não reservou boas novas para Renato. Perdeu o Gauchão para o Inter e foi eliminado nas oitavas de final da Libertadores. Após uma sequência de maus resultados no Brasileirão, pediu demissão em 30 de junho, depois de empatar em 2 a 2 com o Avaí, no Olímpico. O substituto foi Julinho Camargo, ex-técnico da base que era assistente de Falcão no rival Inter. Porém, ele durou apenas seis jogos no Brasileirão, com uma vitória.
Celso Roth voltou ao clube com um mandato tampão até o fim da temporada 2011. Quem iniciou 2012 no comando gremista foi Caio Jr.. Mas o ex-jogador tricolor deixou Porto Alegre após dois meses, com quatro vitórias em oito jogos. Então, a direção apostou todas suas fichas em Vanderlei Luxemburgo, que levou a equipe à Libertadores do ano seguinte.
Porém, ele não era preferido de Fábio Koff, que retornou ao clube como presidente. Mas o apelo da torcida falou mais alto, e Luxemburgo teve o contrato renovado para 2013. Mas novos fracassos no Gauchão e na Libertadores derrubaram o treinador. Foi a vez de Renato voltar e conduzir o time ao vice-campeonato brasileiro. A política de contenção de gastos do Grêmio impediu sua renovação ao final da temporada.
A aposta para 2014 caiu nas mãos de Enderson Moreira, que se destacou no comando do Goiás no ano anterior. Apesar da boa classificação no “Grupo da Morte” da Libertadores, o Grêmio caiu nas oitavas de final para o San Lorenzo. Mas Enderson resistiu até a 12ª rodada do Brasileirão, quando perdeu na Arena para o Coritiba.
Depois de uma operação especial, capitaneada por Koff, Felipão aceitou retornar ao Grêmio em busca de “carinho” após o vexame do 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo do Brasil.
O time terminou o Brasileirão na sétima colocação. Scolari continuou em 2015, mas a perda do Gauchão e o começo vacilante no Nacional o fizeram pedir demissão em maio.
Eis que no dia 26 Roger Machado foi anunciado como novo técnico. Com uma nova filosofia de jogo, levou o time à Libertadores deste ano. Mas o Grêmio novamente parou nas oitavas de final, dessa vez para o Rosario Central. Na noite de quarta-feira, após a derrota por 3 a 0 para a Ponte Preta, pediu demissão com 93 partidas e 59% de aproveitamento.
incompetência das direções. Contratam mal tanto jogadores quanto técnicos, disperdisando tempo e dinheiro, duas coisas que nunca tivemos. Quantos jogadores já rodaram nesses 9 anos e vingaram. Quanto foi perdido com investimentos equivocados e errados. Agora temos oportunidade de mudanças desde que façam as coisas direito e não inventem moda como sempre fazem.
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Agora temos oportunidade de mudanças desde que façam as coisas direito e não inventem moda como sempre fazem.
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