Após expulsões seguidas, Roger pede indignação por rendimento em campo

Treinador deve ampliar conversa com grupo para acalmar ânimos (Foto: Leo Pinheiro / Grêmio F.B.P.A.)

Depois da tempestade de reclamações contra o ábitro André Luiz de Freitas Castro no empate em 1 a 1 com o Fluminense na noite de sábado, o técnico Roger Machado deve usar parte de sua palestra no dia seguinte ao jogo para acalmar os ânimos de seus jogadores.

Pela segunda partida consecutiva, ele tem um atleta expulso de forma direta por fatos alheios ao duelo em si. Já havia acontecido na cotovelada de Lincoln durante a vitória sobre a Ponte Preta, na rodada passada, e agora com a reclamação exacerbada de Ramiro em Volta Redonda.

Uma boa parcela dos gremistas pode compreender os dois casos como um exemplo de que a tão cobrada indignação, reclamada nas eliminações do Gauchão e da Libertadores, está de volta. Na partida de sábado, não faltaram jogadores para cercar o juiz durante a sucessão de lances polêmicos.
Porém, o técnico Roger Machado entende a situação de outra forma.

Para o treinador tricolor, mais do que demonstrar atitude sanguínea dentro de campo, seus comandados precisam manter a serenidade e lidar com o fator psicológico para não prejudicar os resultados. Ele inclusive entende o "poder de indignação" de outra forma:

– Não saúdo (a indignação). Quando chega no ponto que ele (Ramiro) tem que fazer isso, é porque tem algo errado. Poder de indignação sempre houve. Não gostaria que transcorresse dessa forma. Ideal é que a arbitragem não apareça.

O Ramiro foi expulso pela indignação maior, é evidente. Indignação tem que ser por jogar, por fazer a bola entrar no gol adversário.
No lance com Lincoln contra a Ponte Preta – cotovelada proposital no adversário –, Roger reservou um tempo da semana para conversar com o jovem de 17 anos.

A cobrança além do normal dos jogadores a cada lance duvidoso de André Luiz de Freitas Castro acendeu novo sinal de alerta. Além da expulsão de Ramiro, o árbitro mostrou amarelo ao capitão Maicon no mesmo lance. Como consequência, a dupla de volantes está fora da partida contra a Chapecoense, na próxima quarta-feira.

A diretoria, por meio do vice de futebol Alberto Guerra, declarou que o Grêmio foi "assaltado" no Raulino de Oliveira. Segundo ele, a indignação dos atletas é algo natural devido ao contexto do jogo. No entanto, preferiu colocar panos quentes na atitude intempestiva dos subordinados.

– Não tem como não se indignar. Seria estranho se não houvesse. É natural que eles (jogadores) se indignem. Não acho positivo nem negativo. Eu gostaria que o juiz não desse chances para isso ocorrer. A gente tem que se preparar, porque o Grêmio precisa das vitórias para ficar no topo da tabela – afirmou Guerra.

Com o empate, o Grêmio dorme na vice-liderança do Brasileirão, com 14 pontos somados. Assim, com certeza será ultrapassado, independente do resultado do clássico paulista entre Corinthians e Palmeiras. Assim, encerrará a rodada em terceiro. O Tricolor volta a campo na próxima quarta-feira, quando encara a Chapecoense às 19h30, na Arena Condá.

Gremistas cercam árbitro após expulsão de Ramiro contra o Flu (Foto: Edgard Maciel de Sá/GloboEsporte.com)

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