
Na largada do Brasileirão 2016, neste fim de semana, só o Inter tem obrigação de vencer, em casa, a Chapecoense. O Grêmio, ao Corinthians, em São Paulo, não tem.
Calma, vou explicar.
O Rafael Diverio, nosso especialista nas deliciosas e peculiares questões do futebol do Interior, agora também no encalço de Grêmio e Inter, destrinchou o Brasileirão. Está na edição de sexta-feira de ZH. Por ali dá para ter uma noção apurada sobre o que fazer e – mais importante – o que não fazer para chegar ao fim das 38 rodadas sem o calvário do risco de rebaixamento e roçando título.
Sabe-se que a hegemonia estadual não é medida para voos maiores, mas não tinha atinado para o fato de que apenas três campeões brasileiros, em tempos de turno e returno, haviam erguido taças provinciais na mesma temporada: Flamengo (2009), Fluminense (2012) e Cruzeiro (2014).
Uma bela pensata, enfim. Mas eu resumiria todas numa única, não citada pelo Diverio - não nestes termos, ao menos. Trata-se da Lei Muricy. O técnico Muricy Ramalho está um tanto trôpego no Flamengo e talvez nem chegue até o final desta edição no cargo, mas tem a autoridade de quatro títulos em 13 edições, desde o fim do formulismo. É o rei do sistema de pontos corridos.
Três pelo São Paulo e um pelo Fluminense. E ainda o vice com o Inter, em 2005, aquele dos jogos remarcados em uma decisão esdrúxula que acabou beneficiando o Corinthians. Conforme a Lei Muricy, há um mandamento básico, tipo cláusula pétrea constitucional, sobre o qual todo o resto deve se assentar.
É preciso vencer os médios e pequenos, sobretudo nos jogos em casa, para depois trocar pontos com os grandes. Eis a fórmula mais vezes campeã: Copa do Mundo contra os de tamanho menor que o seu, para não ser surpreendido. Repare que não é derrotar só os do Z-4. Aí seriam apenas quatro. É pouco. Tem de se impor diante dos de menor tamanho.
Dá para fazer uma adaptação, conforme o andamento do campeonato. Exemplo: o Vasco. É grande, gigantesco, mas tinha um time minúsculo no ano passado. Tanto que caiu. Era preciso vencê-lo mesmo em São Januário, na medida em que apanhava de todos. Às vezes, portanto, a regra é superar quem está do meio da tabela para baixo, trocando armas com a turma do G-4 e adjacências, seja grande, médio ou pequeno.
O que significa dizer que, nesta primeira rodada, as realidades de Grêmio e de Inter são opostas.
O Grêmio não tem obrigação de vencer o Corinthians no Itaquerão, apesar da pressão sobre Roger Machado. Não é razoável exigir vitória sobre o atual campeão brasileiro diante de sua torcida. Com o Inter, ocorre o inverso. Tem de passar por cima da Chapecoense, no Beira-Rio.
Penso, inclusive, que aí está um dos motivos para Argel escalar Alisson, mesmo que ele já tenha se despedido simbolicamente na final do Gauchão. É uma maneira de sinalizar que todo jogo é decisivo nesta fórmula, ao ponto de segurar o goleiro titular da Seleção até o último instante possível de seu contrato antes da Copa América, já que depois ele se apresentará à Roma.
O Inter tem obrigação de vencer na estreia do Brasileirão.
O Grêmio, não.
São as regras da Lei Muricy.
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Calma, vou explicar.
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Uma bela pensata, enfim. Mas eu resumiria todas numa única, não citada pelo Diverio - não nestes termos, ao menos. Trata-se da Lei Muricy. O técnico Muricy Ramalho está um tanto trôpego no Flamengo e talvez nem chegue até o final desta edição no cargo, mas tem a autoridade de quatro títulos em 13 edições, desde o fim do formulismo. É o rei do sistema de pontos corridos.
Três pelo São Paulo e um pelo Fluminense. E ainda o vice com o Inter, em 2005, aquele dos jogos remarcados em uma decisão esdrúxula que acabou beneficiando o Corinthians. Conforme a Lei Muricy, há um mandamento básico, tipo cláusula pétrea constitucional, sobre o qual todo o resto deve se assentar.
É preciso vencer os médios e pequenos, sobretudo nos jogos em casa, para depois trocar pontos com os grandes. Eis a fórmula mais vezes campeã: Copa do Mundo contra os de tamanho menor que o seu, para não ser surpreendido. Repare que não é derrotar só os do Z-4. Aí seriam apenas quatro. É pouco. Tem de se impor diante dos de menor tamanho.
Dá para fazer uma adaptação, conforme o andamento do campeonato. Exemplo: o Vasco. É grande, gigantesco, mas tinha um time minúsculo no ano passado. Tanto que caiu. Era preciso vencê-lo mesmo em São Januário, na medida em que apanhava de todos. Às vezes, portanto, a regra é superar quem está do meio da tabela para baixo, trocando armas com a turma do G-4 e adjacências, seja grande, médio ou pequeno.
O que significa dizer que, nesta primeira rodada, as realidades de Grêmio e de Inter são opostas.
O Grêmio não tem obrigação de vencer o Corinthians no Itaquerão, apesar da pressão sobre Roger Machado. Não é razoável exigir vitória sobre o atual campeão brasileiro diante de sua torcida. Com o Inter, ocorre o inverso. Tem de passar por cima da Chapecoense, no Beira-Rio.
Penso, inclusive, que aí está um dos motivos para Argel escalar Alisson, mesmo que ele já tenha se despedido simbolicamente na final do Gauchão. É uma maneira de sinalizar que todo jogo é decisivo nesta fórmula, ao ponto de segurar o goleiro titular da Seleção até o último instante possível de seu contrato antes da Copa América, já que depois ele se apresentará à Roma.
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O Grêmio, não.
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