Wianey Carlet: a voz de Roger sumiu ou não está mais sendo acatada

Foto: Lucas Uebel / Grêmio/ Divulgação / Grêmio/ Divulgação

A questão está aberta e sendo discutida com animação: o que está determinando a queda livre que se verifica com o Grêmio? Somam-se às dezenas as respostas para o que já se transformou em um enigma. O modelo tático de Roger esgotou-se, dizem alguns. Individualidades que brilharam em 2015 murcharam, arriscam outros. As trocas na defesa diminuíram o time, pregam outros. E assim por diante.

É possível que as causas sejam muitas mas, pessoalmente, fixo-me em uma: a voz do treinador sumiu ou não está mais sendo acatada. A qualidade que mais se destacava no Grêmio durante o primeiro semestre do ano passado era a intensidade do time. Todos corriam, marcavam, entregavam-se ao jogo. No segundo semestre, esta virtude minguou e este ano desapareceu completamente.

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O bom Grêmio de 2015 era mais anímico do que tático. O encantamento passou. E o resultado é que poucos continuam tendo bons desempenhos. Grande parte da equipe passou a jogar como se fosse formada por deuses, capazes de produzir vitórias quando quisessem. Roger grita, mas não é ouvido. Os dirigentes estão cegos e surdos. E a torcida atônita inventa explicações.

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