Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS
O primeiro Gre-Nal do Beira-Rio é do Inter. Neste domingo, venceu o Grêmio por 2 a 0 o clássico em sua nova casa e ofereceu para sua torcida um banquete do que festejar:
1) É vice-líder do Brasileirão, dois pontos apenas atrás do Cruzeiro;
2) Chega à quarta vitória seguida no Brasileirão;
3) Soma nove Gre-Nais sem derrota. A última foi em 2012, no velho Beira-Rio, gol de Elano;
4) Acumula a terceira vitória sobre o rival em 2014, no agregado ostenta 8 a 2;
5) Impõe 715 dias sem vitória do rival no clássico.
O Gre-Nal começou com mesuras. Abel Braga foi abraçar Felipão. Desejaram-se sorte. Depois, Rafael Moura cumprimentou o técnico.
- Hoje, não - brincou Felipão.
Em seguida, foi a vez de Alex.
- Baita cara, merece tudo de bom. Dia dos Pais, tem que cumprimentar um cara desses - disse.
Ainda houve a troca de gentilezas entre D'Ale e Edinho, parceiros de Inter em 2008.
- Estava te esperando, hein? - cutucou o argentino.
Quase todo mundo esperava Edinho no meio-campo do Grêmio. Mas Felipão radicalizou. Colocou Walace, 1m88cm e 19 anos, na frente da área e mudou o time em mais cinco posições. Ramiro entrou na lateral-direita, Werley na zaga, Pará foi para a esquerda, Fellipe Bastos herdou o lugar de Riveros, Rodriguinho ficou com a vaga de Luan. Um outro Grêmio pisou no gramado úmido do Beira-Rio.
Por isso também as amenidades acabaram antes do primeiro minuto. Rodriguinho acertou Willians por trás na linha de fundo aos 45 segundos. Houve troca de empurrões, discussão e tudo o mais que sempre tem em Gre-Nal. Era o primeiro sinal de um Grêmio ao estilo Felipão - o velho, não aquele soft da Copa, do 7 a 1 da Alemanha.
O Grêmio jogava com a bola e o gogó. Marcava em cima, fazia faltas sem pudor e reclamava até do vento. A cada lance mais severo, Werley corria para cima de Anderson Daronco. Logo um bolo de camisa azul o seguia. Foi assim até quando Pará deu de sola em Aránguiz e o mandou nas placas. Nem o cartão amarelo para Rodriguinho na largada do jogo intimidava as reclamações.
Concentrado no meio-campo, o Grêmio anulou a movimentação dos meias do Inter. Como a velocidade está fora do cardápio de Alex e D'Ale e Aránguiz se perdeu no mar de azul, preto e branco das intermediárias, os colorados trocavam passes laterais, sem infiltração.
O Grêmio se defendia em bloco e saía sempre rápido, pelos pés de Giuliano e Rodriguinho. Mas também pouco entrava na área. O primeiro lance de perigo foi chute de Pará, de fora da área. Dida, por segurança, mandou para escanteio. Aos 23, Giuliano enveredou para a área, mas Juan bloqueou em carrinho preciso, ao estilo Mauro Galvão.
Com 18 jogadores nos 40 metros das intermediárias, o jogo ficou empaçocado no meio-campo. Parecia a Ipiranga às 6h da tarde. O Grêmio anulava e saía rápido Errava o passe, o Inter pegava, tocava de lado e saía sem pressa alguma. O melhor lance do primeiro tempo foi aos 37. D'Alesandro foi desarmado por Walace, que acionou Giuliano. A virada de bola encontrou Dudu livre na área. Ele e Dida. Só que o chute foi horroroso e saiu na lateral oposta.
Aos 40, a morosidade do Inter arrancou murmúrios, quando Moura acionou Wellington em vez de D'Alessandro, livre ao seu lado. O primeiro tempo se esvaiu sem que ninguém conseguisse luzir. O que já representava vantagem para o Grêmio. Tanto que Giuliano correu para o vestiário satisfeito:
- Estamos marcando bem e sendo perigosos no contra-ataque.
Felipão voltou com Fernandinho no lugar de Rodriguinho. Abel, quando todos já estavam posicionados para recomeçar o jogo, trocou Wellington Silva por Cláudio Winck. Sabe o que mudou? Nada.
O jogo seguiu empaçocado. Aos nove, Giuliano cabeceou na entrada da área. Dida pegou. Aos 11, em saída rápida de Dudu, Giuliano recebeu e deixou Fernandinho livre para o gol. Rafael da Silva Alves deu impedimento e errou. Em seguida, Marcelo Barison fez o mesmo em lance de Aránguiz.
Os erros dos auxiliares indicavam que o clássico estava fadado ao empate. Mas na primeira vez que o Grêmio deixou o Inter jogar bola, sucumbiu. Aos 16, Alex entrou a dribles, enquadrou para chutar, mas acionou Fabrício. O cruzamento encontrou Aránguiz livre na área. O chileno, apagado até então, torneou e fez 1 a 0.
Felipão trocou Dudu por Luan aos 22, em busca do lance individual. Pouco antes, Dida havia pregado susto na torcida, ao deixar escapar entre as pernas chute de Barcos. O jogo ficou mais intenso e aberto. O sol deu as caras nas bandas do Guaíba e embelezou ainda mais o novo Beira-Rio. Os colorados, a pleno, passaram a cantar, e o Gre-Nal ganhou vida além das intermediárias onde esteve preso por uma hora.
Os colorados ainda teriam mais razão para cantar aos 49.
Em contra-ataque, D'Ale tocou para Cláudio Winck, que deu um corte no zagueiro, deslocou Grohe e foi comemorar com a torcida. No minuto seguinte, Wellington paulista quase encobriu o goleiro em chute da intermediária.
Eufóricos, os colorados encerraram a tarde debochando do velho rival:
- Fica, Felipão.
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O primeiro Gre-Nal do Beira-Rio é do Inter. Neste domingo, venceu o Grêmio por 2 a 0 o clássico em sua nova casa e ofereceu para sua torcida um banquete do que festejar:
1) É vice-líder do Brasileirão, dois pontos apenas atrás do Cruzeiro;
2) Chega à quarta vitória seguida no Brasileirão;
3) Soma nove Gre-Nais sem derrota. A última foi em 2012, no velho Beira-Rio, gol de Elano;
4) Acumula a terceira vitória sobre o rival em 2014, no agregado ostenta 8 a 2;
5) Impõe 715 dias sem vitória do rival no clássico.
O Gre-Nal começou com mesuras. Abel Braga foi abraçar Felipão. Desejaram-se sorte. Depois, Rafael Moura cumprimentou o técnico.
- Hoje, não - brincou Felipão.
Em seguida, foi a vez de Alex.
- Baita cara, merece tudo de bom. Dia dos Pais, tem que cumprimentar um cara desses - disse.
Ainda houve a troca de gentilezas entre D'Ale e Edinho, parceiros de Inter em 2008.
- Estava te esperando, hein? - cutucou o argentino.
Quase todo mundo esperava Edinho no meio-campo do Grêmio. Mas Felipão radicalizou. Colocou Walace, 1m88cm e 19 anos, na frente da área e mudou o time em mais cinco posições. Ramiro entrou na lateral-direita, Werley na zaga, Pará foi para a esquerda, Fellipe Bastos herdou o lugar de Riveros, Rodriguinho ficou com a vaga de Luan. Um outro Grêmio pisou no gramado úmido do Beira-Rio.
Por isso também as amenidades acabaram antes do primeiro minuto. Rodriguinho acertou Willians por trás na linha de fundo aos 45 segundos. Houve troca de empurrões, discussão e tudo o mais que sempre tem em Gre-Nal. Era o primeiro sinal de um Grêmio ao estilo Felipão - o velho, não aquele soft da Copa, do 7 a 1 da Alemanha.
O Grêmio jogava com a bola e o gogó. Marcava em cima, fazia faltas sem pudor e reclamava até do vento. A cada lance mais severo, Werley corria para cima de Anderson Daronco. Logo um bolo de camisa azul o seguia. Foi assim até quando Pará deu de sola em Aránguiz e o mandou nas placas. Nem o cartão amarelo para Rodriguinho na largada do jogo intimidava as reclamações.
Concentrado no meio-campo, o Grêmio anulou a movimentação dos meias do Inter. Como a velocidade está fora do cardápio de Alex e D'Ale e Aránguiz se perdeu no mar de azul, preto e branco das intermediárias, os colorados trocavam passes laterais, sem infiltração.
O Grêmio se defendia em bloco e saía sempre rápido, pelos pés de Giuliano e Rodriguinho. Mas também pouco entrava na área. O primeiro lance de perigo foi chute de Pará, de fora da área. Dida, por segurança, mandou para escanteio. Aos 23, Giuliano enveredou para a área, mas Juan bloqueou em carrinho preciso, ao estilo Mauro Galvão.
Com 18 jogadores nos 40 metros das intermediárias, o jogo ficou empaçocado no meio-campo. Parecia a Ipiranga às 6h da tarde. O Grêmio anulava e saía rápido Errava o passe, o Inter pegava, tocava de lado e saía sem pressa alguma. O melhor lance do primeiro tempo foi aos 37. D'Alesandro foi desarmado por Walace, que acionou Giuliano. A virada de bola encontrou Dudu livre na área. Ele e Dida. Só que o chute foi horroroso e saiu na lateral oposta.
Aos 40, a morosidade do Inter arrancou murmúrios, quando Moura acionou Wellington em vez de D'Alessandro, livre ao seu lado. O primeiro tempo se esvaiu sem que ninguém conseguisse luzir. O que já representava vantagem para o Grêmio. Tanto que Giuliano correu para o vestiário satisfeito:
- Estamos marcando bem e sendo perigosos no contra-ataque.
Felipão voltou com Fernandinho no lugar de Rodriguinho. Abel, quando todos já estavam posicionados para recomeçar o jogo, trocou Wellington Silva por Cláudio Winck. Sabe o que mudou? Nada.
O jogo seguiu empaçocado. Aos nove, Giuliano cabeceou na entrada da área. Dida pegou. Aos 11, em saída rápida de Dudu, Giuliano recebeu e deixou Fernandinho livre para o gol. Rafael da Silva Alves deu impedimento e errou. Em seguida, Marcelo Barison fez o mesmo em lance de Aránguiz.
Os erros dos auxiliares indicavam que o clássico estava fadado ao empate. Mas na primeira vez que o Grêmio deixou o Inter jogar bola, sucumbiu. Aos 16, Alex entrou a dribles, enquadrou para chutar, mas acionou Fabrício. O cruzamento encontrou Aránguiz livre na área. O chileno, apagado até então, torneou e fez 1 a 0.
Felipão trocou Dudu por Luan aos 22, em busca do lance individual. Pouco antes, Dida havia pregado susto na torcida, ao deixar escapar entre as pernas chute de Barcos. O jogo ficou mais intenso e aberto. O sol deu as caras nas bandas do Guaíba e embelezou ainda mais o novo Beira-Rio. Os colorados, a pleno, passaram a cantar, e o Gre-Nal ganhou vida além das intermediárias onde esteve preso por uma hora.
Os colorados ainda teriam mais razão para cantar aos 49.
Em contra-ataque, D'Ale tocou para Cláudio Winck, que deu um corte no zagueiro, deslocou Grohe e foi comemorar com a torcida. No minuto seguinte, Wellington paulista quase encobriu o goleiro em chute da intermediária.
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