Ídolo histórico do San Lorenzo prega respeito ao Grêmio: "Partida difícil"

Héctor Scotta ganha carteira de sócio refundador do estádio em Boedo (Foto: Matías Napoli/San Lorenzo)

Um dos ídolos do San Lorenzo, Héctor Scotta, irmão de Nestor Scotta, ex-atacante do Grêmio já falecido, acredita que o clube argentino terá dificuldade nesta terça-feira, a partir das 21h45, pela Libertadores. O caráter decisivo da partida e a força do Tricolor são ressaltados pelo recordista de gols em uma temporada na Argentina.

O San Lorenzo é o lanterna do Grupo 6, com apenas dois pontos conquistados após três partidas disputadas. Por isso, o confronto com o Grêmio, nesta terça, decide o futuro do Ciclón na competição. Os gaúchos acumulam quatro pontos e são os vice-líderes da chave, atrás do Toluca. E têm também a necessidade de pontuar como visitante para se manterem na briga.

– Vi o Grêmio pela televisão, algumas partidas. O que passa é que o San Lorenzo precisa ganhar. Vi o jogo da semana passada, o empate. É uma partida difícil para os dois lados. Não dá para dizer que um ou outro vai ganhar. Vai ser um jogo muito brigado em campo – disse Scotta ao GloboEsporte.com.

A relação do irmão, que faleceu em 2001, com o Grêmio, faz o argentino conhecer um pouco do time gaúcho. No entanto, não traz nenhum tipo de compaixão ao ex-atacante que cansou de balançar as redes pelo Ciclón – detém recorde de gols em uma temporada, com 60 tentos marcados em 75. Estava também nas campanhas de títulos no Metropolitano e no Nacional de 72, quando o clube foi o primeiro a conquistar os dois campeonatos na mesma temporada.

– Obviamente, vou torcer para o San Lorenzo. Vivi minha carreira no clube. Mas sempre digo, que vença o melhor, tem que ganhar o melhor. Mas claro que quero que ganhe o San Lorenzo – completou.

Hoje técnico de crianças nas escolinhas do San Lorenzo, Scotta também relembrou a época que o irmão jogava no Grêmio. Não conseguiam se falar muito, afinal naquela época não havia as facilidades da telefonia móvel e quando um estava em Buenos Aires, o outro às vezes viajava para jogar. Mas sempre que as agendas deixavam, se reuniam para conversar. O assunto, claro, futebol.

– Nos víamos muito pouco, quando ele esteve no Grêmio, eu estava com San Lorenzo, quase nunca nos encontramos.

Quando conversávamos, ele contava as suas coisas do Grêmio, assim como do América de Cali, da Colômbia. Sempre que a gente se juntava, falávamos de futebol. Ele era um atacante, um nove goleador. Era muito rápido e batia forte na bola. Era um atacante muito temido pelas defesas – lembrou.

O Grêmio treinou na tarde desta segunda-feira no Nuevo Gasômetro, palco da partida de terça. Roger encaminhou o time com uma dúvida na lateral, entre Wesley e Ramiro. O Grêmio deve ser escalado com: Marcelo Grohe; Wesley (Ramiro), Geromel, Fred e Marcelo Oliveira; Edinho, Maicon, Giuliano, Douglas e Everton; Luan.


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