Roger ressalta produção ofensiva do Grêmio, mas pede: "Temos que definir o jogo"

Foto: Fernando Gomes

Foram 14 chutes a gol, com duas bolas na trave, e diversas chances criadas. Mas a vitória do Grêmio sobre o Glória só saiu aos 43 minutos do segundo tempo, em um jogo eletrizante na Arena. O técnico Roger Machado falou sobre a criação ofensiva tricolor e destacou que, nos próximos jogos – principalmente contra a LDU, quarta-feira, pela Libertadores –, seu time não pode desperdiçar tantas oportunidades.

– Perguntei para eles (jogadores), no final da partida, quando vão me dar a oportunidade de assistir o jogo depois dos 30 minutos do segundo tempo sem emoção. (O empate) Foi uma falha do árbitro em não marcar a falta, clara, no Lincoln. Pegaram a gente saindo e fizeram o segundo gol. Mas isso faz parte do jogo. Temos que, dentro das inúmeras oportunidades claras que tivemos, definir o jogo. Só fizemos isso aos 45. Se você não definir, pode sofrer o revés – explicou o treinador.

Roger ressaltou que o acúmulo de chances perdidas deixa a equipe insegura dentro de campo, e por isso mesmo buscar a vitória no final foi importante.

– À medida em que você cria e não transforma isso em gol, acontecem dois fenômenos. Primeiro, você pensa "vai se repetir tudo? Na trave, e não no gol?", enquanto o adversário pensa "agora não entra mais.". É a máxima mais antiga do futebol: quem não faz, leva. O adversário se renova de confiança. O jogo de hoje foi assim. A gente precisa ser mais eficiente, definir a partida, fazer uma vantagem que o adversário pense que não dá para buscar.

Falando sobre a preparação para o jogo de quarta-feira, contra a LDU, na Arena, o técnico destacou que vai avaliar a situação de Miller Bolaños, que deve ser regularizado na segunda-feira, e pediu o apoio da torcida.

– Vou ver a estratégia para o jogo. Vou ter, a bem da verdade, só um treino, o de terça. Mas treino não é só campo, é também na sala de audiovisual, onde a gente ajusta a questão de posicionamento. Temos que ver a questão legal do Bolaños. Os torcedores que vieram hoje nos incentivaram, e a virada que tivemos foi o torcedor quem nos empurrou. Isso, sim, nos dá confiança. Manifestar-se de forma ordeira no fim do jogo é justiça plena do torcedor. Mas, como ele fez hoje... Isso nos dá uma energia tão grande, e se tivermos o nosso 12º jogador a confiança volta 100%. Hoje foi um resgate. A gente atuou bem, teve capacidade de reação, e continuamos convictos de que podíamos vencer. Com certeza faremos um grande jogo.

O técnico também falou sobre o fato de usar força máxima na véspera de um jogo importante pela Libertadores e garantiu que seguirá mandando sempre os melhores a campo em quase todas as oportunidades.

– É a ideia que eu imagino com relação ao futebol. Temos que cuidar para não expor o atleta a uma sequência muito grande de jogos. Mas os atletas que perdemos foram por lesões traumáticas. Quem está bem vai para o jogo. Essa é a frase na minha cabeça.

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