Roger diz que torcida tem direito de protestar e 'cobra' dívida de boa fase

Técnico diz que 'gostaria de que tivessem vindo em um maior número, quando estávamos bem' e reconhece que está na 'chuva' e pode levar um raio na cabeça


Fonte: GloboEsporte

Roger diz que torcida tem direito de protestar e cobra dívida de boa fase
Roger falou sobre momento, protesto e evolução
(Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)


O clima é de intranquilidade no Grêmio. Enquanto disputa uma Libertadores e é terceiro colocado do Gauchão, os torcedores realizaram protesto na entrada do CT Luiz Carvalho por conta do desempenho da equipe e das três derrotas nos últimos quatro jogos. O técnico Roger Machado admitiu os problemas do seu time e a legitimidade da manifestação, mas cutucou e disse que queria mais torcedores lá nos momentos bons de 2015. Além disso, falou sobre seu diagnótico para os problemas defensivos, o início da temporada e prometeu evolução dos seus comandados.

A série de derrotas para São José, Toluca e São Paulo, sendo com uma vitória sobre o Novo Hamburgo no meio, trouxe o que Roger chama de uma instabilidade ao contexto do clube. O comandante gremista já deixou claro que está insatisfeito com o rendimento principalmente defensivo do Grêmio - tanto que na manhã desta sexta-feira, trabalhou bola aérea, justamente o que mais vitimou o Tricolor até o momento. O protesto de cerca de 50 torcedores no local não foi visto pelo treinador, que já estava no CT quando os torcedores se reuniram para jogar pipoca e gritar contra os atletas.

– Gostaria de que tivessem vindo em um maior número quando estávamos bem. Mas está no seu direito de cobrar. Não vamos fazer mais ou melhor por uma cobrança, estamos fazendo o possível e trabalhando forte para reverter o momento que é de instabilidade - comentou o técnico.

Roger também negou qualquer problema externo ao futebol para justificar o rendimento ruim. Diz que o clube está em dia com suas obrigações salariais e que os problemas são técnicos e táticos, rechaçando que sejam até mesmo físicos normais de um início de temporada. Também disse que pode levar um "raio na cabeça" durante o processo de evolução e está ciente disso. Mas que o Tricolor irá melhorar.

- No Regional, nos times maiores, sempre tem relativa dificuldade no início, pela característica e pela preparação. Se pegar um histórico dos regionais, vamos ver que em um primeiro momento, os maiores tenham relativa dificuldade. Depois, equilibra e para o final a tendência é que tenha uma superioridade maior, melhora do seu jogo, pelo tempo de treinamento. O que não admitiria é que o grupo fosse acusado de falta de vontade, de desinteresse, como um torcedor ou outro mais insatisfeito relata. Mas o restante, dentro dos números e treinamentos, nas conversas, avaliamos para evoluir. Vai evoluir. Mas a gente está na chuva, faz parte - disse, com sorriso no rosto.


Roger participou de rachão (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)

> Confira trechos da entrevista coletiva de Roger
Protesto
Me preocupa que a gente deixe o momento de instabilidade para trás, em um primeiro momento. Simples. Não vi a manifestação dos torcedores, porque chego muito cedo ao clube. E quando cheguei não havia ninguém. Depois fomos comunicados. Com um incentivo em forma de cobrança, digamos assim. Gostaria de que tivessem vindo em um maior número, quando estávamos bem. Mas está no seu direito de ocbrar, a medida que entenda que estamos devendo atuações e resultados. não vamos fazer mais ou melhor por uma cobrança, estamos fazendo o possível e trabalhando forte para reverter o momento que é de instabilidade. Não podemos acobertar o trabalho que vem sendo feito e nem temos desejo de esconder que não vivemos um momento tão bom como vivemos o ano.

Luan alvo da torcida
Luan? Não sente, pode ter certeza. É seguro do seu talento. Não é a primeira vez, foi assim quadno foi lançado, depois quando cheguei, adquiriu seu jogo depois que cheguei. É um momento de instabilidade, não foi só ele que desceu seu nível, individualmente acabamos dando um passo atrás em relação a qualidade do jogo. Talvez se cobre mais porque se sabe que ele pode dar mais. Mas com relação a personalidade e ao sentir, tenho certeza que ele tira de letra isso. Vai fazer disso um motivo a mais para fazer com que voltemos no alto nível. E resgatemos o melhor do nosso futebol.

Momento mais difícil desde sua chegada
Talvez, com a ausência das duas coisas, ora resultados e ora atuação, talvez sim. Estamos em um começo de temporada, confesso que não esperava que oscilaríamos em um primeiro momento, mas disputando três competições simultaneamente, tendo que planejá-las, faz com que neste momento estejamos oscilando um pouco. Temos a oportunidade de deixar isso para trás amanhã. São quatro compromissos importantes que decidem muito, são muito importantes. Como vieram os elogios, encaramos da melhor forma, porque a cobrança é porque o torcedor não está satisfeito com o que está vendo em campo. Vamos continuar da mesma forma. Observar onde precisamos melhorar, trabalhando como foi hoje, principalmente a questão da bola parada. A origem dos gols são iguais, mas motivos diferentes. Temos que analisar cada um individualmente. E trabalhar. Trabalhamos pensando no amanhã, passar confiança para o meu jogador. E quando mais a gente entra em um campo tenso, menos criativo a gente fica. Fizemos um recreativo com a minha presença para distensionar o ambiente. Como disse, mais tenso, menos criativo e confiante. O desejo dos jogadores e comissão, o torcedor pode ter certeza que é o mesmo.


Roger estava tranquilo em sua entrevista coletiva
(Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)


Influência de fatores externos
Todos nossos porblemas começam e acabam no campo. O que avaliamos, estamos treinando bem, os adversários impõem dificuldades. Temos que encontrar o equilíbrio, deixar de oscilar no jogo. Ano passado oscilamos de uma partida para outra. Estamos oscilando na mesma partida, o que inviabiliza retomada dentro da própria partida. Fora a questão da bola parada estar entrando, isso sim está me incomodando. Temos que trabalhar bastante. É concentração, atacar a bola no ponto mais alto, mas sem abrir mão do contra-ataque. Fatores externos, nenhum. O clube está em dia com suas obrigações, temos um ambiente de trabalho muito bom, é um momento de instabilidade, se passa. Passa. O que falei é que tenho certeza que temos a vislumbrar muita coisa boa. E que pode cair um raio na minha cabeça antes, mas faz parte. São 25 anos de futebol, faz parte. Não é a primeira nem a última vez que vai acontecer. Estamos na chuva.

Diagnóstico das dificuldades
Cheguei no Brasileiro, que tem outra característica. No regional, os times maiores sempre têm relativa dificuldade no início, pela característica e pela preparação. Se pegar um histórico dos regionais, vamos ver que, em um primeiro momento, os maiores têm relativa dificuldade. Depois, equilibra e para o final a tendência é que tenha uma superioridade maior, melhora do seu jogo, pelo tempo de treinamento. Nesse ano, temos a Libertadores e a Liga junto disso. Fez com que houvesse a necessidade de jogar outra competição para não perder ninguém. Diminui a nossa curva de ascendência, afora os resultados inesperados, que nos levam a um campo tenso e nos tira confiança. Jogos com componentes sempre alto, com obrigação da vitória, com desejo do atleta fazer acontecer. O que não admitiria é ser que o grupo fosse acusado de falta de vontade, de desinteresse, como um torcedor ou outro mais insatisfeito relata. Mas o restante, dentro dos números e treinamentos, nas conversas, vamos avaliar para evoluir. Vai evoluir. Mas a gente está na chuva, faz parte.

Importância por vitória mais que desempenho
As vitória sempre, evidente. Sempre haverá questionamento, de acordo com que está acontecendo. As vitórias aconteciam, criávamos 15 chances, venciámos de dois e se questionava porque não de seis. Depois sem jogar bem e se questionava. Depois, se tinha revés, jogando muito bem, "jogou bem mas não venceu, não vale". Vitória sempre. Traz tranquilidade porque tem a tendência de encobrir alguns equívocos no modo geral na maioria. Mas a vitória temos que saber porque se vence e porque se perde. Estamos trabalhando para melhorar. A volta da vitória nos dá uma tranquilidade importante, porque temos um jogo importante na semana que vem. Por isso o desejo de ter o torcedor ao lado, quer a mesma coisa que a gente. Tenho certeza que vamos procurar por isso.

Dificuldade pela ausência de Bolaños
Não, porque efetivamente não é um problema para mim. Vai se tornar quando eu puder utilizá-lo. Claro que já imaginei onde utilizá-lo, conversei com ele, mas nada mais importante que o jogo de amanhã, do Gaúcho, que nos dá condição de voltar a vencer. Ter a confiança para quarta e depois estando à disposição a gente idealiza.





Parte física no início de temporada
Passa menos por questões físicas, com um mês de pré-temporada, 40 dias, estão começando a adquirir o seu melhor nível, desde o final das férias. São questões técnico-táticas realmente, que não encaixaram, embora tenhamos a mesma formatação de jogo do ano passado, com algumas mudanças de duas peças, no setor onde a gente no momento vem a ser acometido da maior irregularidade, sem o perfeito sincronismo do jogo, neste setor. É treinabilidade de jogo, que vai nos dar confiança de dar o melhor momento do final do ano passado.
Recado para o torcedor que foi protestar
Eu respeito muito, não sei se essa seja a melhor maneira, a cobrança é natural. Deseja o mesmo que a gente, que é vencer, o que esperamos, do torcedor, é nos incentivar durante os jogos. Não posso me queixar dos que vão ao campo, embora em número pequeno, como em jogos do Gauchão, em janeiro, que havia concorrência com a praia. Quem estava nos dava força. E espero que continue assim, se o resultado não for de acordo com o torcedor deseja, aí está no direito pleno de questionar.

Mudança tática para melhorar
Com a característica das contratações que fizemos para o setor de ataque, o Miller e o Henrique, naturalmente vai haver uma mudança no jeito de atuar. São dois jogadores que tem mobilidade, mas a presença na área, já vai mudar. No último jogo, a gente teve muita jogada final pelo lado, para chegar na área. Porque tem o jogador ali. Com o Luan para o lado, fazendo a jogada de articulação e como atacante. O que a gente espera é que com os jogadores à disposição a gente consiga a evoluir coletivamente e alcançar o mesmo nível, ou melhor, melhor nível que ano passado. Aquele nível que nos levou à Libertadores. Para ser campeão precisamos estar um passo à frente.

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19/11/2024