Prestes a ganhar 1ª chance, volante do Grêmio lida com tragédia familiar

Jaílson, de 20 anos, perdeu quatro parentes em acidente de trânsito no sábado e fica no banco como opção para o jogo desta quarta, contra o São Paulo, em Rio Grande


Fonte: GloboEsporte

Prestes a ganhar 1ª chance, volante do Grêmio lida com tragédia familiar
Jaílson perdeu cinco familiares em tragédia no trânsito (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)

A semana poderia ter começado com felicidade absoluta para Jaílson Marques Siqueira, 20 anos completos em setembro passado. Mas uma tragédia no interior do Rio Grande do Sul dividiu a alegria de estar relacionado e ter a chance de entrar pela primeira vez como jogador do Grêmio no Campeonato Gaúcho. Em um acidente na madrugada de sábado, cinco integrantes da mesma família morreram na BR-290, próximo à cidade de Pantano Grande. Entre as vítimas, um tio, uma tia e dois primos do candidato a volante tricolor.

O acidente ocorreu próximo das 3h30 de sábado. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, depois de fazer uma curva, o motorista perdeu o controle do carro em que estavam, atravessou a pista e bateu em uma árvore. O veiculo caiu num barranco de seis metros de altura. Jaílson foi liberado das atividades no fim de semana e na segunda-feira. Porém, na terça, já esteve no CT Luiz Carvalho. Treinou normalmente e esteve entre os relacionados que enfrenta o São Paulo, em Rio Grande, nesta quarta-feira.

A tragédia familiar divide os sentimentos do jogador. Enquanto lida com a tristeza, pode ter a primeira alegria como profissional e estrear no time principal do Grêmio. Sem Walace, Ramiro e Moisés, Roger não conta com muitos volantes. Terá Edinho e Kaio como titulares e Jaílson como primeira opção.

– Ele está abalado, mas chegou para treinar, não deixou a situação abalar o momento. Está triste, claro, mas como ele mesmo me disse antes da viagem: "Não posso fazer mais nada, tenho que seguir minha vida". Infelizmente, uma tragédia que pode servir como divisor de águas para uma carreira de sucesso ali na frente – comentou o coordenador geral das categorias de base, Júnior Chávare, responsável pela sua contratação.

No sábado, Jaílson disputaria um amistoso com a equipe de transição gremista, para ser observado por Roger. Mas, por conta do acidente, não foi utilizado. Foi para o banco na derrota para o São José, na quarta rodada do Gauchão, antes da viagem para o México, onde o Tricolor enfrentou o Toluca pela Libertadores.
O garoto foi contratado em 2013 pelo clube gaúcho, em uma parceria de divisão dos direitos econômicos com o Guarany de Bagé, que ficou com 30% de uma possível transferência futura. Foi uma indicação de Benhur Marchiori, que afirmou que tinha em mãos um meia interessante. No Tricolor, rapidamente foi deslocado para volante, por sua força física.

Por conta do excesso de jogadores para a função naquele ano – havia Ramiro, Walace, Kaio e Moisés como concorrentes –, foi emprestado para a Chapecoense, onde teve incursões de treinos no time principal. Seu vínculo atual vai até o final de 2017, com possibilidade de prorrogação por mais três anos.


Roger orienta Jaílson em treino (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)

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