"Bolaños está evoluindo rapidamente", diz Rui Costa

Foto: Lucas Uebel / Divulgação/ Grêmio FBPA

O Grêmio inicia a Libertadores com seu principal reforço ainda fora do time. O equatoriano Miller Bolaños, contratado do Emelec, do Equador, ainda passa por pré-temporada em Porto Alegre e ficou de fora da estreia contra o Toluca. Mas a evolução de sua preparação física impressiona a comissão técnica.

A informação é revelada pelo diretor-executivo Rui Costa, em entrevista concedida na segunda-feira aos veículos que acompanham o clube no México. O dirigente também falou sobre a adaptação do zagueiro Kadu ao grupo, a relação de Roger com os jogadores e a chegada de possíveis reforços.

Qual é a ambição do Grêmio na Libertadores?
O Grêmio se considera apto a vencer a Libertadores. É uma equipe que vai evoluir muito ainda, nós temos dois jogadores que precisam se integrar melhor ao grupo, sobretudo o Henrique e o próprio Bolaños. O Henrique já está ambientado, o Bolaños nem sequer trabalhou com o grupo ainda. Mas eu vejo esta equipe preparada para disputar no mesmo nível de protagonismo do que qualquer outra.

Como se deu a inscrição provisória de Miller Bolaños?
O Grêmio fez uma consulta formal à Conmebol, embora o regulamento seja muito claro em relação a isso. Esta consulta foi positiva. Tivemos algumas cautelas, entendemos que é importante revestir esta inscrição de todas as cautelas jurídicas.

A condição física dele evoluiu nesta pré-temporada?
Ele está muito bem. Os relatórios que chegam ao Rogerinho (preparador físico) apontam que ele está em altíssimo nível físico. O Bolaños está evoluindo rapidamente e a ideia é de que ele possa, muito em breve, estar à disposição do Roger.

Como avalia a adaptação de Kadu ao clube?
É um jogador que vem para um clube gigante, como o Grêmio, com a responsabilidade de jogar ao lado do Geromel, que é, na minha opinião, um dos melhores zagueiros do Brasil. Que vem num ano de Libertadores, em um ano em que o clube diz para quem quiser ouvir que tem que ganhar um título. Talvez esta gama de responsabilidades pode ter, de alguma forma, afetado o Kadu, que sempre foi um jogador de muita personalidade por onde passou. E ele mesmo me dizia, e disse ao Roger, que o nível de cobrança que ele tem no Grêmio está sendo muito maior do que foi no seu passado. Talvez isso tenha causado alguma perda até de naturalidade dele na prática de sua atividade. O Roger está dando todas as condições para que ele possa entender que terá o tempo necessário para se sentir plenamente apto a jogar no Grêmio.

Como uma mudança no time afeta o grupo?
É uma avaliação muito técnica. O Roger toma a inciativa que quiser, dentro da autonomia que ele tem. Com o absoluto suporte do departamento de futebol, de seu vice-presidente e diretor-executivo para que ele faça o que ele entende que é o melhor dentro de uma relação muito honesta. Ele sempre conversa com quem sai e com quem entra para que o profissional entenda como é este processo. Em qualquer alteração que possa acontecer no time do Grêmio, seja agora ou no futuro, ele manterá esta conduta.

Como é esta relação do Roger com os jogadores?
O Roger é um profissional que estabelece muito a questão do mérito. Não interessa a idade, o tempo de clube, quanto ganha. O Roger tem priorizado isso na relação com os jogadores. Na minha opinião, é a relação mais honesta e transparente que pode existir. Se trabalhou bem, mereceu um lugar na equipe, vai ter chances. Foi assim ao longo do ano passado e tem sido assim agora.

O grupo está fechado para a Libertadores?
Todos os clubes que participarão da Libertadores e todos aqueles que avançarem na competição vão fazer uso da possibilidade que o regulamento dá de agregar jogadores. Dizer que o grupo do Grêmio está fechado não seria correto. Dizer que este grupo não está pronto para disputar a Libertadores também não seria correto. Temos plena confiança no grupo que temos hoje. Acreditamos que este grupo tem condições de disputar o título. Mas se tivermos condições de agregar jogadores com outro perfil e apresentar ao Roger novas alternativas, vamos fazer.

Qual é o patamar da folha salarial?
No ano passado, fizemos uma redução muito importante, significativa no elenco. Que gerou até uma insegurança no torcedor. Foi a primeira fase do perfil econômico e financeiro do investimento do clube no futebol. Sabemos que no primeiro semestre temos de investir mais, especialmente pela Libertadores. Mas é claro que faz parte do nosso processo de gestão sempre manter este equilíbrio. Temos uma meta, ano passado cumprimos a meta com sobras. Neste ano, teremos um pouco mais de dificuldade, até pelo investimento que fizemos para a Libertadores. Mas, se o presidente estabeleceu o parâmetro, cabe aos profissionais do clube buscar este parâmetro.

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