Grêmio ganha status de bom time e respeito de torcedores do Toluca

Flores avaliou time do Grêmio
(Foto: Divulgação/Toluca)

O Grêmio está há dois dias no México para a estreia na Libertadores, na quinta-feira, contra o Toluca. Na cidade, porém, poucos conhecem ou podem comentar como joga a equipe gaúcha. O GloboEsporte.com ouviu jornalistas e torcedores na cidade para saber o que sabem do Tricolor. Miller Bolaños foi citado, embora não esteja na delegação. Marcelo Grohe, pela Seleção, é o baluarte gremista. Nada de Luan e Giuliano. E muito do cartaz e dos elogios que o clube recebe é por ser brasileiro. Um duelo com o Chivas, em 1998, foi lembrado.

No futebol latino-americano, o Brasil é referência. E por isso, quando os clubes saem do país para defendê-lo na Libertadores, sempre ouvem elogios, pelo poderio econômico e a qualidade técnica. Com o Grêmio, não é diferente. No próprio Toluca, o discurso é de que é um grande time, apesar de confiança pela vitória dos mexicanos.

– Não podemos cometer erros. Temos que fechar bem a partida. E o Grêmio é uma grande equipe. Como toda equipe brasileira, temos que estar atentos, têm bons jogadores que desequilibram, mas com ordem e com a solidez defensiva atrás, sendo contundentes na frente, me parece que a equipe tem tudo para ganhar esta partida – disse o lateral-direito mexicano Gerardo Flores.

Entre os torcedores, há também confiança, embora alguns estejam preocupados com a série de empates do Toluca – são quatro consecutivos no campeonato mexicano. Aldolfo Gallan, por exemplo, apostou que a partida seria 3 a 0 para os mexicanos. Pouco sabia do Grêmio – mas isso também pouco importava para ele. Trabalhador das proximidades do Nemesio Díez, ainda não sabe se estará no jogo.

Claudio Garcia, que passava em frente ao palco da partida com o filho, fardados de Toluca, espera um jogo complicado. Até justamente pelo histórico recente. Os dois estarão no jogo.

– Vai ser uma partida dura. É difícil ganhar. Acho que mais um empate, 1 a 1 – sorri, ao citar a sequência de igualdades.

Entre os jornalistas, já há mais informações. Mas poucos citam jogadores específicos ou algo que tenha acontecido pontualmente com o clube. Iván Cañado, da ESPN mexicana, citou Bolaños, que ele próprio lembrou que não viajou por ter chegado há pouco no Tricolor. Depois, ainda citou o goleiro Marcelo Grohe, por conta de sua passagem pela seleção brasileira.

– Conheço o Grohe, sei que é muito bom goleiro. É difícil fazer gols no Toluca, mas também é difícil que façam – comentou.

Omar Villareal, da TV Azteca, lembrou de uma partida do Grêmio contra o Chivas, pela Libertadores de 98, na qual Ronaldinho Gaúcho estava em campo. A sua aposta é de jogo complicado.

– Não sei quanto pode pesar que o Grêmio não esteja disputando o Brasileirão, apenas a sua competição local, enquanto o Toluca disputa o Mexicano. Vamos ver. Vai ser uma partida difícil para Toluca – analisou.

Os pontos positivos valorizados do time mexicano são, principalmente, a defesa. A solidez defensiva é um trunfo para conseguir superar o Grêmio, além da altitude.

– É um time que joga com as linhas muito próximas, se defende bem. O Grêmio é uma boa equipe, é brasileira, tem o toque de bola, no Toluca mesmo falam isso – disse Katia Castorena, da ESPN local.

Afora isso, na região perto do hotel gremista, por exemplo, poucas pessoas sabiam do Grêmio ou sequer gostavam de futebol. A concentração é afastada do centro de Toluca e do Estádio Nemesio Díez, em região mais industrial da cidade. Ali é raro encontrar torcedores até do Toluca.

Chegada teve destaque pequeno na imprensa mexicana (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)

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