Gramado da Arena passa por manutenção para a temporada 2016

Para suportar as cinco competições que o Grêmio terá em 2016, com destaque para a Libertadores, o gramado da Arena recebe tratamento especial durante as férias do grupo de Roger Machado. Desgastado pelos jogos realizados na temporada e por shows de grande porte, o campo passa por manutenção para que a bola role macia em 3 de fevereiro, contra o Aimoré, pelo Gauchão, no primeiro jogo do ano.

O processo de revitalização começou em 18 de dezembro, dois dias depois da apresentação do músico inglês David Gilmour. Após o desmanche da estrutura do show (o palco ficou no lado norte, à frente da geral), a equipe de manutenção realizou o corte vertical.

Como explica a engenheira agrônoma Maristela Kuhn, que orientou o processo, baseado em uma metodologia americana, o tipo de grama da Arena, chamado de Bermuda Tifgrand, tem grande densidade e cria uma espécie de "colchão". Isto é o que protege os jogadores de lesões. Ao menos uma vez por ano, o corte é realizado para permitir que a bola role com velocidade.

— É como um cabelo "black power". Preciso disso para não deixar os jogadores se lesionarem. Mas se eu não raspar uma vez ao ano, a bola não anda — compara.

Além do corte, foi realizada a descompactação do campo com uma máquina de furação. Assim, ocorre a oxigenação do gramado, que facilita a drenagem. Em seguida, uma técnica chamada de Top-Dresser foi aplicada.

O procedimento consiste na colocação de uma camada de areia especial de meio centímetro, que cobre buracos e nivela o terreno. Apesar de o aspecto não ser agradável ao olhar, num primeiro momento após sua aplicação, em 15 dias o campo fica em perfeitas condições de uso.

— O nivelamento já era excelente, mas agora, com a areia, ficará impecável — explica Cinthia Seidler, coordenadora de facilities da Arena.

O processo também prevê o plantio de placas de 50cmx50cm de grama em locais prejudicados do campo. As áreas mais danificadas são as duas áreas, prejudicadas pelo pisoteamento frequente dos goleiros, o espaço onde é feito o aquecimento (fora das quatro linhas) e a parte norte, que é castigada pela pesada estrutura montada para os palcos dos shows realizados no estádio.

— Na parte em que aplicamos a grama nova, a cor fica um verde um pouco mais vivo. Mas após o corte, o aspecto fica homogêneo — completa Seidler.


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