"Não pode ser resolvido em cima da hora", diz Maicon sobre renovação com o Grêmio
Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS
Pela primeira vez na carreira, Maicon sai de férias e não sabe onde se apresentará em janeiro. O capitão do Grêmio de Roger Machado ainda depende da liberação do São Paulo para seguir na Arena. Embora a direção tenha oferecido R$ 4,5 milhões ao clube paulista, o acordo se arrasta.
Em entrevista a ZH, o volante faz um desabafo e diz estar chateado com a situação. Garante que não voltará ao Morumbi e também não foi procurado pelo Flamengo. Mas reafirma: deseja jogar a Libertadores pelo Grêmio e, como bom capitão, levantar uma taça em 2016.
Qual é o saldo de 2015 para você?
Depois de sair do São Paulo, onde eu estava enfrentando uma situação chata, pude dar a volta por cima. Em nenhum momento, desconfiei do que poderia fazer. Formamos um grupo muito forte. A gente estava sob desconfiança no início, alguns diziam que íamos brigar para não cair. Com trabalho, provamos que as coisas são feitas dentro de campo. E não fora, com palavras.
E a responsabilidade de ser capitão?
Foi uma surpresa para mim. Temos outros jogadores experientes no clube. Acho que foi mais pela minha participação nos jogos e treinos, cobrar quando é necessário e aceitando as cobranças também. Penso que foi por isso que o Roger me deu a braçadeira. A liderança não pode ser só do capitão, tem de ser de todos.
Roger disse que não sai do Grêmio sem ser campeão. Você falaria o mesmo?
Com certeza. Não quero apenas passar pelo Grêmio. Só vou ficar marcado na história se for campeão. Me senti tão bem pela maneira como fui recebido, que não fico projetando. Temos que encarar ano a ano. Posso fazer do Grêmio o clube pelo qual mais joguei. Fazer história com meus companheiros. Este é o meu objetivo. Quero ser campeão sempre, não gosto de perder.
E a negociação para renovar seu contrato?
Estou um pouco por fora. Sempre demonstrei meu interesse e minha vontade de permanecer não só com palavras, mas dentro de campo. Correndo, brigando, jogando e vencendo, que é o mais importante. Só assim que você vai fazer com que a diretoria possa te comprar. É a primeira vez que saio de férias e não sei onde vou me apresentar em janeiro. Estou chateado por não ter definido a renovação. Já liguei para os diretores do São Paulo, falo com o Rui, o presidente, e até agora nada. Não pode ser resolvido em cima da hora.
Você pensa em retornar ao São Paulo?
Não quero mais jogar lá. Se eu voltar, é só para me apresentar e tentar conversar com a diretoria para eu ir a outro clube. Até pela forma como eu saí, acho que não tem clima para voltar. Sou muito grato ao São Paulo por ter jogado lá por três anos. Sempre soube que o problema não era eu. Se não tivesse condição de jogar, não ficaria nem um ano. Como o Muricy me disse na época: se eu ficasse, jogaria. Achei melhor sair, foi o melhor para mim.
Falando em Muricy, ele tentou te levar para o Flamengo?
Não teve nada disso. Estou de férias aqui no Rio, não da maneira como eu queria. A minha cabeça está a mil por não saber o que vai acontecer. Estou bem chateado pela forma como está sendo conduzida a situação. Mas, paciência. Não houve contato do Flamengo, nem de outro clube.
Você está chateado pelo fato de o São Paulo ainda não ter definido se te libera?
São Paulo e Grêmio, né. Parece que já entraram em um acordo, mas ainda não se sabe como será o pagamento. Meu empresário (Eduardo Uram) está conduzindo a situação. Mas, em primeiro lugar, os clubes tinham que ver o meu lado. Sou eu quem entra no campo, a cobrança vem sempre em cima de mim. Queria ter feito muito mais, ter sido campeão. Infelizmente, tive quatro lesões. Coisa que nunca aconteceu na minha carreira. Uma situação chata, devido até essa questão de não saber se fico no clube. Isso influenciou nessas lesões que sofri.
Seu tornozelo agora está recuperado?
Já estou 100%. Mas estou fazendo um trabalho de fortalecimento. Mesmo de férias, continuo fazendo fisioterapia para deixar o tornozelo bem melhor do que quando saí. Tem que cuidar, até para começar a pré-temporada bem. Foi uma lesão muito grave, não achei que teria essa gravidade toda. Quando saí de férias, conversei com os médicos que seguiria tratando aqui no Rio.
O Grêmio tem grupo para vencer a Libertadores?
A gente provou isso durante o Brasileirão. É claro que você precisa fortalecer o grupo, trazer jogadores acostumados para disputar a Libertadores. A gente sabe que o momento do clube é um difícil, mas é importante fazer este esforço para buscar os jogadores certos. Você precisa ter ambição, querer ganhar sempre. Com isso, você vai acabar conquistando. Temos grandes chances.
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Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS
Pela primeira vez na carreira, Maicon sai de férias e não sabe onde se apresentará em janeiro. O capitão do Grêmio de Roger Machado ainda depende da liberação do São Paulo para seguir na Arena. Embora a direção tenha oferecido R$ 4,5 milhões ao clube paulista, o acordo se arrasta.
Em entrevista a ZH, o volante faz um desabafo e diz estar chateado com a situação. Garante que não voltará ao Morumbi e também não foi procurado pelo Flamengo. Mas reafirma: deseja jogar a Libertadores pelo Grêmio e, como bom capitão, levantar uma taça em 2016.
Qual é o saldo de 2015 para você?
Depois de sair do São Paulo, onde eu estava enfrentando uma situação chata, pude dar a volta por cima. Em nenhum momento, desconfiei do que poderia fazer. Formamos um grupo muito forte. A gente estava sob desconfiança no início, alguns diziam que íamos brigar para não cair. Com trabalho, provamos que as coisas são feitas dentro de campo. E não fora, com palavras.
E a responsabilidade de ser capitão?
Foi uma surpresa para mim. Temos outros jogadores experientes no clube. Acho que foi mais pela minha participação nos jogos e treinos, cobrar quando é necessário e aceitando as cobranças também. Penso que foi por isso que o Roger me deu a braçadeira. A liderança não pode ser só do capitão, tem de ser de todos.
Roger disse que não sai do Grêmio sem ser campeão. Você falaria o mesmo?
Com certeza. Não quero apenas passar pelo Grêmio. Só vou ficar marcado na história se for campeão. Me senti tão bem pela maneira como fui recebido, que não fico projetando. Temos que encarar ano a ano. Posso fazer do Grêmio o clube pelo qual mais joguei. Fazer história com meus companheiros. Este é o meu objetivo. Quero ser campeão sempre, não gosto de perder.
E a negociação para renovar seu contrato?
Estou um pouco por fora. Sempre demonstrei meu interesse e minha vontade de permanecer não só com palavras, mas dentro de campo. Correndo, brigando, jogando e vencendo, que é o mais importante. Só assim que você vai fazer com que a diretoria possa te comprar. É a primeira vez que saio de férias e não sei onde vou me apresentar em janeiro. Estou chateado por não ter definido a renovação. Já liguei para os diretores do São Paulo, falo com o Rui, o presidente, e até agora nada. Não pode ser resolvido em cima da hora.
Você pensa em retornar ao São Paulo?
Não quero mais jogar lá. Se eu voltar, é só para me apresentar e tentar conversar com a diretoria para eu ir a outro clube. Até pela forma como eu saí, acho que não tem clima para voltar. Sou muito grato ao São Paulo por ter jogado lá por três anos. Sempre soube que o problema não era eu. Se não tivesse condição de jogar, não ficaria nem um ano. Como o Muricy me disse na época: se eu ficasse, jogaria. Achei melhor sair, foi o melhor para mim.
Falando em Muricy, ele tentou te levar para o Flamengo?
Não teve nada disso. Estou de férias aqui no Rio, não da maneira como eu queria. A minha cabeça está a mil por não saber o que vai acontecer. Estou bem chateado pela forma como está sendo conduzida a situação. Mas, paciência. Não houve contato do Flamengo, nem de outro clube.
Você está chateado pelo fato de o São Paulo ainda não ter definido se te libera?
São Paulo e Grêmio, né. Parece que já entraram em um acordo, mas ainda não se sabe como será o pagamento. Meu empresário (Eduardo Uram) está conduzindo a situação. Mas, em primeiro lugar, os clubes tinham que ver o meu lado. Sou eu quem entra no campo, a cobrança vem sempre em cima de mim. Queria ter feito muito mais, ter sido campeão. Infelizmente, tive quatro lesões. Coisa que nunca aconteceu na minha carreira. Uma situação chata, devido até essa questão de não saber se fico no clube. Isso influenciou nessas lesões que sofri.
Seu tornozelo agora está recuperado?
Já estou 100%. Mas estou fazendo um trabalho de fortalecimento. Mesmo de férias, continuo fazendo fisioterapia para deixar o tornozelo bem melhor do que quando saí. Tem que cuidar, até para começar a pré-temporada bem. Foi uma lesão muito grave, não achei que teria essa gravidade toda. Quando saí de férias, conversei com os médicos que seguiria tratando aqui no Rio.
O Grêmio tem grupo para vencer a Libertadores?
A gente provou isso durante o Brasileirão. É claro que você precisa fortalecer o grupo, trazer jogadores acostumados para disputar a Libertadores. A gente sabe que o momento do clube é um difícil, mas é importante fazer este esforço para buscar os jogadores certos. Você precisa ter ambição, querer ganhar sempre. Com isso, você vai acabar conquistando. Temos grandes chances.
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