Marcelo Oliveira conversou com o GloboEsporte.com (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Uma das referências do Grêmio em 2015 é também um dos jogadores mais bem-humorados do vestiário. Mas sabe falar sério quando preciso. Capitão durante praticamente todo o segundo turno do Brasileirão, Marcelo Oliveira vive estado de graça em Porto Alegre. No melhor momento da carreira, está ávido pela disputa da Libertadores na próxima temporada. Com o aprendizado do ano, acredita que o Tricolor está mais maduro para encerrar o jejum de títulos expressivos dos gremistas.
Há apenas um ano na Arena, Marcelo encerrou a temporada como capitão, já que Maicon esteve lesionado durante praticamente todo o segundo turno do Brasileirão. O lateral é um dos que dão o recado final logo antes do jogo, no vestiário. É também usado como garoto-propaganda, ao se associar ao clube para 2016. Constantemente, elogia o ambiente criado no vestiário.
- Pegamos esse ano como uma preparação, para que no ano que vem, a gente possa pegar tudo o que foi plantado neste ano. O aprendizado das derrotas, das vitórias, no dia a dia... O ano foi de muito aprendizado aqui, ano que vem vamos voltar mais forte - garantiu Oliveira em entrevista ao GloboEsporte.com no CT Luiz Carvalho.
Durante a conversa, o meia Douglas acompanhou parte do papo. O camisa 10 é um dos principais amigos do lateral, que não esconde a admiração pelo meia, a quem chama de “maestro” e “último camisa 10”. Na melhor fase da carreira, com amigos por perto, Marcelo Oliveira até se derrete por Porto Alegre:
- Tive a oportunidade de ir ao Gasômetro, com a esposa e os filhos, para conhecer. Fui ver o pôr do sol, é um ponto que foi bonito de conhecer. Se estão falando, eu concordo (que é o mais bonito do mundo). Pode colocar aí, foi o último que eu vi, pode colocar que é o mais bonito - disse, entre risos.
> Confira trechos da entrevista:
Esse é o melhor momento da tua carreira?
Primeiro de tudo, tenho que agradecer a Deus pela saúde e pela oportunidade que tive no Grêmio. É trabalho, resultado disso é trabalho, o que você planta, você colhe. Com certeza é minha melhor temporada na carreira, falo individualmente, pelo ano que tive, e coletivamente, até a ultima rodada disputando o segundo lugar. Claro que sempre é bom brigar pelo título, mas não foi possível. Mas pela expectativa sobre a gente no começo do campeonato, fizemos um belo campeonato. Com certeza é a melhor temporada.
Você já citou, mas que balanço faz do Grêmio em 2015?
É que o trabalho, quando é sério e faz a coisa certa, pode muito mais do que se imagina. A visão que tinham é que o ano não seria tão bom para o Grêmio, devido a reformulação, saída de jogadores, a parte administrativa também. Tudo isso era falado, o balanço que faço é de que quando se faz as coisas certas, trabalha sério, trabalha bem concentrado, as coisas acontecem lá dentro. Foi o que fizemos.
E você acabou o ano também como capitão. Foi o momento em que mais levou a braçadeira na carreira?
Fui capitão no Palmeiras também, tive uma sequência grande como capitão, mas aqui no Grêmio acho que foi a maior. Não tenho os números certos, fico feliz também pela confiança que o Roger me passa, por ter sido capitão aqui. Mas temos vários líderes que já foram capitães em outros momentos, estamos bem servidos nesta parte.
Acha que foi buscado também por isso, por esse caráter de liderança?
Acho que quando você é contratado, é analisado em um todo. Não só o futebol, comportamento, profissionalismo, conta muito. Claro que buscam referências, informações sobre o atleta, acho que não foi diferente. É o meu dia a dia que vai mostrar minha conduta, meu profissionalismo. Aqui não vai ser diferente.
Tem alguma explicação para você viver o melhor momento aqui?
Quando eu cheguei, eu falei. Não gosto de ficar falando muito, para não pensarem que quero fazer média, mas tinha o sonho de jogar aqui. Se realizou esse ano, já foi uma motivação a mais, já sou motivado no dia a dia, aproveito ao máximo cada oportunidade na minha vida, aqui não seria diferente. E isso contou muito, também. Dentro de campo, as coisas foram acontecendo, desde as primeiras partidas, já com confiança para jogar, as coisas foram fluindo bem. Foi ajudando, a confiança vai aumentando. Foi assim que aconteceu, sem falar da forma que fui recebido e da confiança que me deram.
Marcelo Oliveira conheceu o Gasômetro com a família (Foto: Reprodução/Instagram)
Nesta sua melhor fase, que papel tem Porto Alegre? Vi foto sua vendo o pôr do sol nas redes sociais...
Aproveito, sou bem mais tranquilo a sair, é mais restaurantes japonês, eu e o Douglas que todo mundo pode ver, estamos sempre juntos, com as esposas e filhos. Churrascaria... Tive a oportunidade de ir ao Gasômetro, com a esposa e os filhos, para conhecer. Fui ver o pôr do sol, é um ponto que foi bonito de conhecer.
O pessoal fala que é o mais bonito do mundo...
Se estão falando, eu concordo. Pode colocar aí, foi o último que eu vi, pode colocar que é o mais bonito. (risos)
E a tua amizade com o Douglas vem de tempos? Estão sempre juntos aí...
Desde 2008, né? Já jogamos no Corinthians. É amizade de bom tempo. Ficamos um tempo sem se ver. Mas nos encontramos no Grêmio e nos aproximamos no Grêmio. É um irmão meu, uma figuraça (risos). É meu o último camisa 10, não tem outro igual, depois que ele parar, acabou. Não vamos encontrar outro igual. (risos)
Qual o peso do Roger do "jogar bem" que você citou?
O Roger é fundamental para a campanha que a gente teve. Foi fundamental desde o primeiro contato com ele, na academia. Na primeira conversa, já mostrou o porque tinha vindo. E que teriam muito trabalho, concentração. O grupo abraçou a ideia dele, nos treinamentos intensos, de posse de bola, a cada jogo que entramos. Estávamos muito preparados. Sabendo o que tínhamos que fazer. Isso é fundamental para conseguir a vitória. Nem sempre vamos conseguir, mas o importante é estar preparado. Estudávamos muito os adversários, fazíamos os treinamentos no dia a dia, visando ponto positivo e negativo da equipe adversário. O Roger é fundamental para a campanha.
Neste momento, Douglas, que acompanhava esta parte da entrevista, comenta: "Aí, moral para o professor, hein"
Marcelo Oliveira e Douglas tem longa amizade
(Foto: Reprodução /Snapchat)
Ele fez uma leitura correta do elenco para o estilo de jogo que ele queria?
Com certeza, encaixou bem, deu liga, como a gente diz. O Roger tinha a ideia dele, mas não adianta ter a ideia se não tem os jogadores ideais para fazer o que ele pensa. E aqui deu certinho, o trabalho desde o primeiro treino foi diferente, com ideias novas, treinamentos novos. Ficamos muito felizes e pudemos corresponder em campo ao que ele queria.
Que projeção é possível fazer para 2016?
A expectativa é muito grande. No começo, a ideia que tinham sobre a gente era totalmente diferente do que a gente está terminando o ano. Não foi possível conquistar o título, mas a gente chegou perto. Estava até pensando esses tempos, pegamos esse ano como uma preparação, para que no ano que vem, a gente possa pegar tudo o que foi plantado neste ano. O aprendizado das derrotas, das vitórias, no dia a dia... Foi muito aprendizado, ano que vem vamos voltar mais forte.
Há uma ideia de que o Grêmio surpreendeu no ano e que poderia fazer isso na Libertadores. É mais ou menos por aí?
A gente vai entrar para disputar o título, sempre. Independente da maneira que estamos entrando no campeonato, favoritismo ou não. E ano que vem não vai ser diferente. Vamos começar fortes e focados nesta competição. Tudo vai dar certo.
Em 2016 pode haver mais cobrança por taça, então?
Sempre vai existir, o Grêmio é enorme, time grande. Tem que existir cobrança mesmo, faz um tempo que o Grêmio não consegue um título de expressão. É mais um objetivo para a gente acabar com esse tempo sem títulos e marcar nosso nome na história.
É o cenário ideal, ganhar um título no ano que vem?
É o nosso foco, claro que ficamos felizes por esse ano, da forma como era esperado e como estamos terminando, mas falta um título. Vamos buscar isso, com toda a certeza.
Temporada já encerrou. Qual sua rotina nas férias? Treina ou descanso puro?
Eu sempre treino, mas claro que descanso bem uns 10 dias, para zerar mesmo, que é necessário. É treinamento também, se treinar todas as férias vou chegar na pré-temporada e não vou render. Sabemos que a pré-temporada é forte, tem que chegar zerado, mas não totalmente. Pego 10 dias que descanso mesmo. Sem fazer nada. E depois começo uma corrida. Mais isso e fortalecimento muscular para chegar aqui pronto para os treinos fortes. Vou descansar, vou para uma praia, fico uma semana com a família toda, e depois interior. Aí, curtir só e descansar na rede.
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Uma das referências do Grêmio em 2015 é também um dos jogadores mais bem-humorados do vestiário. Mas sabe falar sério quando preciso. Capitão durante praticamente todo o segundo turno do Brasileirão, Marcelo Oliveira vive estado de graça em Porto Alegre. No melhor momento da carreira, está ávido pela disputa da Libertadores na próxima temporada. Com o aprendizado do ano, acredita que o Tricolor está mais maduro para encerrar o jejum de títulos expressivos dos gremistas.
Há apenas um ano na Arena, Marcelo encerrou a temporada como capitão, já que Maicon esteve lesionado durante praticamente todo o segundo turno do Brasileirão. O lateral é um dos que dão o recado final logo antes do jogo, no vestiário. É também usado como garoto-propaganda, ao se associar ao clube para 2016. Constantemente, elogia o ambiente criado no vestiário.
- Pegamos esse ano como uma preparação, para que no ano que vem, a gente possa pegar tudo o que foi plantado neste ano. O aprendizado das derrotas, das vitórias, no dia a dia... O ano foi de muito aprendizado aqui, ano que vem vamos voltar mais forte - garantiu Oliveira em entrevista ao GloboEsporte.com no CT Luiz Carvalho.
Durante a conversa, o meia Douglas acompanhou parte do papo. O camisa 10 é um dos principais amigos do lateral, que não esconde a admiração pelo meia, a quem chama de “maestro” e “último camisa 10”. Na melhor fase da carreira, com amigos por perto, Marcelo Oliveira até se derrete por Porto Alegre:
- Tive a oportunidade de ir ao Gasômetro, com a esposa e os filhos, para conhecer. Fui ver o pôr do sol, é um ponto que foi bonito de conhecer. Se estão falando, eu concordo (que é o mais bonito do mundo). Pode colocar aí, foi o último que eu vi, pode colocar que é o mais bonito - disse, entre risos.
> Confira trechos da entrevista:
Esse é o melhor momento da tua carreira?
Primeiro de tudo, tenho que agradecer a Deus pela saúde e pela oportunidade que tive no Grêmio. É trabalho, resultado disso é trabalho, o que você planta, você colhe. Com certeza é minha melhor temporada na carreira, falo individualmente, pelo ano que tive, e coletivamente, até a ultima rodada disputando o segundo lugar. Claro que sempre é bom brigar pelo título, mas não foi possível. Mas pela expectativa sobre a gente no começo do campeonato, fizemos um belo campeonato. Com certeza é a melhor temporada.
Você já citou, mas que balanço faz do Grêmio em 2015?
É que o trabalho, quando é sério e faz a coisa certa, pode muito mais do que se imagina. A visão que tinham é que o ano não seria tão bom para o Grêmio, devido a reformulação, saída de jogadores, a parte administrativa também. Tudo isso era falado, o balanço que faço é de que quando se faz as coisas certas, trabalha sério, trabalha bem concentrado, as coisas acontecem lá dentro. Foi o que fizemos.
E você acabou o ano também como capitão. Foi o momento em que mais levou a braçadeira na carreira?
Fui capitão no Palmeiras também, tive uma sequência grande como capitão, mas aqui no Grêmio acho que foi a maior. Não tenho os números certos, fico feliz também pela confiança que o Roger me passa, por ter sido capitão aqui. Mas temos vários líderes que já foram capitães em outros momentos, estamos bem servidos nesta parte.
Acha que foi buscado também por isso, por esse caráter de liderança?
Acho que quando você é contratado, é analisado em um todo. Não só o futebol, comportamento, profissionalismo, conta muito. Claro que buscam referências, informações sobre o atleta, acho que não foi diferente. É o meu dia a dia que vai mostrar minha conduta, meu profissionalismo. Aqui não vai ser diferente.
Tem alguma explicação para você viver o melhor momento aqui?
Quando eu cheguei, eu falei. Não gosto de ficar falando muito, para não pensarem que quero fazer média, mas tinha o sonho de jogar aqui. Se realizou esse ano, já foi uma motivação a mais, já sou motivado no dia a dia, aproveito ao máximo cada oportunidade na minha vida, aqui não seria diferente. E isso contou muito, também. Dentro de campo, as coisas foram acontecendo, desde as primeiras partidas, já com confiança para jogar, as coisas foram fluindo bem. Foi ajudando, a confiança vai aumentando. Foi assim que aconteceu, sem falar da forma que fui recebido e da confiança que me deram.
Marcelo Oliveira conheceu o Gasômetro com a família (Foto: Reprodução/Instagram)
Nesta sua melhor fase, que papel tem Porto Alegre? Vi foto sua vendo o pôr do sol nas redes sociais...
Aproveito, sou bem mais tranquilo a sair, é mais restaurantes japonês, eu e o Douglas que todo mundo pode ver, estamos sempre juntos, com as esposas e filhos. Churrascaria... Tive a oportunidade de ir ao Gasômetro, com a esposa e os filhos, para conhecer. Fui ver o pôr do sol, é um ponto que foi bonito de conhecer.
O pessoal fala que é o mais bonito do mundo...
Se estão falando, eu concordo. Pode colocar aí, foi o último que eu vi, pode colocar que é o mais bonito. (risos)
E a tua amizade com o Douglas vem de tempos? Estão sempre juntos aí...
Desde 2008, né? Já jogamos no Corinthians. É amizade de bom tempo. Ficamos um tempo sem se ver. Mas nos encontramos no Grêmio e nos aproximamos no Grêmio. É um irmão meu, uma figuraça (risos). É meu o último camisa 10, não tem outro igual, depois que ele parar, acabou. Não vamos encontrar outro igual. (risos)
Qual o peso do Roger do "jogar bem" que você citou?
O Roger é fundamental para a campanha que a gente teve. Foi fundamental desde o primeiro contato com ele, na academia. Na primeira conversa, já mostrou o porque tinha vindo. E que teriam muito trabalho, concentração. O grupo abraçou a ideia dele, nos treinamentos intensos, de posse de bola, a cada jogo que entramos. Estávamos muito preparados. Sabendo o que tínhamos que fazer. Isso é fundamental para conseguir a vitória. Nem sempre vamos conseguir, mas o importante é estar preparado. Estudávamos muito os adversários, fazíamos os treinamentos no dia a dia, visando ponto positivo e negativo da equipe adversário. O Roger é fundamental para a campanha.
Neste momento, Douglas, que acompanhava esta parte da entrevista, comenta: "Aí, moral para o professor, hein"
Marcelo Oliveira e Douglas tem longa amizade
(Foto: Reprodução /Snapchat)
Ele fez uma leitura correta do elenco para o estilo de jogo que ele queria?
Com certeza, encaixou bem, deu liga, como a gente diz. O Roger tinha a ideia dele, mas não adianta ter a ideia se não tem os jogadores ideais para fazer o que ele pensa. E aqui deu certinho, o trabalho desde o primeiro treino foi diferente, com ideias novas, treinamentos novos. Ficamos muito felizes e pudemos corresponder em campo ao que ele queria.
Que projeção é possível fazer para 2016?
A expectativa é muito grande. No começo, a ideia que tinham sobre a gente era totalmente diferente do que a gente está terminando o ano. Não foi possível conquistar o título, mas a gente chegou perto. Estava até pensando esses tempos, pegamos esse ano como uma preparação, para que no ano que vem, a gente possa pegar tudo o que foi plantado neste ano. O aprendizado das derrotas, das vitórias, no dia a dia... Foi muito aprendizado, ano que vem vamos voltar mais forte.
Há uma ideia de que o Grêmio surpreendeu no ano e que poderia fazer isso na Libertadores. É mais ou menos por aí?
A gente vai entrar para disputar o título, sempre. Independente da maneira que estamos entrando no campeonato, favoritismo ou não. E ano que vem não vai ser diferente. Vamos começar fortes e focados nesta competição. Tudo vai dar certo.
Em 2016 pode haver mais cobrança por taça, então?
Sempre vai existir, o Grêmio é enorme, time grande. Tem que existir cobrança mesmo, faz um tempo que o Grêmio não consegue um título de expressão. É mais um objetivo para a gente acabar com esse tempo sem títulos e marcar nosso nome na história.
É o cenário ideal, ganhar um título no ano que vem?
É o nosso foco, claro que ficamos felizes por esse ano, da forma como era esperado e como estamos terminando, mas falta um título. Vamos buscar isso, com toda a certeza.
Temporada já encerrou. Qual sua rotina nas férias? Treina ou descanso puro?
Eu sempre treino, mas claro que descanso bem uns 10 dias, para zerar mesmo, que é necessário. É treinamento também, se treinar todas as férias vou chegar na pré-temporada e não vou render. Sabemos que a pré-temporada é forte, tem que chegar zerado, mas não totalmente. Pego 10 dias que descanso mesmo. Sem fazer nada. E depois começo uma corrida. Mais isso e fortalecimento muscular para chegar aqui pronto para os treinos fortes. Vou descansar, vou para uma praia, fico uma semana com a família toda, e depois interior. Aí, curtir só e descansar na rede.
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