Opções não engrenam e forçam Roger a 'refletir' sobre parceiro de Luan

Bobô, Everton e Pedro Rocha disputam posto ao lado de camisa 7 no ataque do Grêmio para os dois jogos restantes na temporada pelo Campeonato Brasileiro


Fonte: Globoesporte.com

Opções não engrenam e forçam Roger a refletir sobre parceiro de Luan
Trio abre semana em vestibular no Grêmio (Foto: infoesporte

A vaga na Libertadores de 2016 "na mão", a duas rodadas do fim do Brasileirão, minimizou os sintomas da derrota no Gre-Nal 408 para os gremistas. Longe de criar um ambiente de terra arrasada, o revés no clássico foi assimilado com naturalidade no vestiário do Grêmio, mas apresentou reflexos que serão sentidos na estrutura do time. Ou melhor, no ataque. Roger insistiu em Everton. Depois, pôs em ação Pedro Rocha e Bobô. À beira do campo, viu o trio ficar aquém do esperado. Revive, a partir desta terça-feira, uma espécie de vestibular para definir o parceiro de Luan no ataque.

Mesmo em tarde apagada, o camisa 7 se mantém absoluto no sistema ofensivo, com 16 gols no ano. Não consegue, porém, encontrar companheiro para formar dupla com a mesma eficiência. Não à toa, o próprio treinador admite que viverá semana de "reflexão" sobre os dois garotos e o centroavante para formar a dupla de ataque. Há ainda Fernandinho, Yuri Mamute, Braian Rodríguez e Vitinho, que correm por fora.

– Não sei se a palavra certa é revezamento. O jogador se destaca entrando do banco, e eu tenho oportunizado. A permanência depende das atuações. O número de jogos que eu posso dar para que o jogador atinja seu jogo é o que pode diferenciar de um momento para outro. O Everton teve dificuldade no jogo. Foi bem marcado e não conseguiu nos oferecer o que pode. Por isso, optei pelo Pedro. A individualidade não conseguiu progredir. Ainda temos dois jogos. Vamos refletir essa semana. O Pedro entrou bem. Foi titular durante muito tempo. Temos tempo para refletir. É preciso tratar com a coerência que venho tendo sempre – avaliou o treinador, após o clássico.

Metódico e apegado a estatísticas, Roger Machado deve levar em conta tanto o rendimento de sua equipe quanto os números dos parceiros de Luan na temporada. Aí, as opções resguardam de seus trunfos e características particulares.

Pedro Rocha é o parceiro mais corriqueiro do camisa 7. Foi titular em 25 partidas no Brasileirão até aqui e vivenciou em campo o melhor momento de Roger no Tricolor. Também é dono do melhor aproveitamento quando iniciou a partida: 61,1%. Atacante pelo lado, de "vitória pessoal", como costuma dizer Roger, tem cinco gols em um total de 32 jogos no Nacional – média de 0,15 por atuação. Ainda se notabiliza pela disciplina tática. Assim como Giuliano, costuma recompor para auxiliar a defesa.



Everton formou dupla com Luan em apenas quatro partidas, com 50% de aproveitamento. Arisco, com drible insinuante e chute potente com os dois pés, tem três tentos anotados em um total de 12 jogos no Brasileirão – média de 0,25.

Do trio, Bobô é o que mais difere em termos de características. É centroavante de referência. Fez com que o companheiro deixasse o posto de atacante mais adiantado nos oito jogos em que atuou como titular até aqui. Tem quatro gols em 18 jogos, para uma média de 0,22 por partida.

Cada um na sua, Bobô, Everton e Pedro Rocha iniciam a semana em disputa acirrada pela vaga de titular do ataque do Grêmio ao lado de Luan. O mistério começará a ser dissipado nesta terça-feira, quando o elenco gremista se reapresenta no CT Luiz Carvalho.

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