Ele queria ser o novo Guga, mas virou xodó no meio-campo do Grêmio


Fonte: ESPN

Ele queria ser o novo Guga, mas virou xodó no meio-campo do Grêmio
Ramiro dá carrinho em D'Alessandro durante Gre-Nal: volante está de volta após 7 meses

Ramiro Moschen Benetti tem apenas 22 anos, mas já viveu de tudo um pouco.

O volante do Grêmio, que está de volta aos gramados após sete longos meses se recuperando de uma grave lesão no joelho, foi uma jovem promessa, virou titular absoluto, fez golaço de placa, foi parar na reserva...

De volta à titularidade nesta quinta-feira, contra o Fluminense, às 19h30 (horário de Brasília), "Ramirinho", como é conhecido devido ao 1,69m de altura, terá a chance de comprovar sua condição de xodó da torcida, que ele ocupa com muito gosto, já que é gremista desde a infância em Gramado, no interior gaúcho.

"Estou 100% para ajudar meus companheiros e jogar. Ligamento cruzado é uma lesão muito complicada de curar, mas passei por isso e agora estou bom. É sempre difícil ficar fora dos gramados, mas tive o apoio de familiares e amigos. Eles me ajudaram muito nessa fase e deixavam sempre pra cima", contou, em entrevista ao ESPN.com.br.

É possível dizer que Ramiro vive o sonho de boa parte dos brasileiros. Afinal, quem não gostaria de vestir a camisa de seu time de coração como atleta profissional. Só que, por muito pouco, o garoto não tomou um rumo totalmente diferente na vida.

Seu sonho, na verdade, era ser tenista, o "novo Guga".

"Era uma coisa de guri, gostava demais do esporte. Eu jogava futebol e tênis na minha infância em Gramado. Com 11 anos, tive convite para jogar no Juventude e nesse momento tive que fazer a escolha. Acabei optando pelo futebol, porque achava que a oportunidade era maior de me tornar profissional", revelou.

"Peguei muito a época do Guga, ele era o melhor tenista do Brasil e sempre muito bom. Ele era uma figura, passavam muito carisma para o povo brasileiro. Gostava de vê-lo jogar e me espelhava bastante nele dentro de quadra", lembra.

Hoje, Ramiro tem o tênis apenas como hobby. Ele continua praticando, mas sempre com cuidado para não desgastar o sempre cansado corpo de jogador de futebol.

"Até pratico tênis com os amigos durante as férias, durante a temporada é mais complicado. Não da pra juntar, porque o tênis é muito desgastante também. Quando tem uma brecha ou folga, eu brinco um pouco, até com a minha mãe, que também joga", relata o atleta, que foi boleiro do Gramado Open de 2004, torneio que contou com nomes como Marcelo Melo (hoje nº1 do mundo nas duplas), Bruno Soares e tenistas estrangeiros famosos.

Nos sete meses em que passou se recuperando da cirurgia, ele teve a oportunidade de matar as saudades da modalidade e acompanhou praticamente todos os torneios de tênis exibidos na televisão. O volante gremista, inclusive, tem até um jogador favorito no circuito.

"Gosto muito de ver os grandes jogadores atuarem, como Federer, Nadal, Djokovic e Murray. Tênis de alto nível é muito bom de ver. Meu preferido hoje é o Djokovic, porquealém de ser ótim tem muito carisma com a torcida. Também gosto muito do Federer, mas sou mais o 'Djoko'", comentou.

Esquentadinho

Apesar de não ser um volante "carniceiro", Ramiro admite que é "esquentado". E desde criança!

Para ilustrar, ele lembrou de um episódio quando ainda estava na escolinha de futebol e deu uma bronca no próprio pai, Gilnei.

"Às vezes não meço minhas palavras (risos). Meu pai conta que eu tinha uns quatro anos e o meu time tinha perdido. Eu estava de cabeça quente e ele veio falar que eu estava jogando de forma errada. Na hora eu respondi: ‘Tu quer assistir meu jogo, pode assistir, mas fica quieto. Eu tenho que fazer o que o treinador manda não o que tu manda' (risos)", lembra.

"Até fiquei um pouco arrependido da forma que falei com ele, mas acho que os pais não devem interferir nisso. Ele nunca mais falou nada, agora só assiste e não tenta opinar mais (risos)", diverte-se.

Mesmo com a bronca, contudo, Gilnei seguiu como fã número 1 de "Ramirinho", e chorou muito quando o filho subiu para os profissionais do Juventude, em 2011.

"Foi uma das maiores emoções da minha vida. Meu pai até chorou quando ficou sabendo e me ligou todo emocionado. Ele é o meu grande espelho e minha referência", finaliza.

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