O Campeonato Brasileiro de 2015 teve 1.682 cartões mostrados até a sua rodada#32, o que dá uma média de 5,25 por partida. A maioria é relativamente comum, seja pela necessidade de se matar uma jogada ou até mesmo sem intenção, sendo rotina nos jogos. Outros, no entanto, são raros, curiosos e fazem o torcedor se perguntar o que passou na cabeça daquele jogador. Há casos em que praticamente pedem para ser amarelados ou expulsos.
Na lista dos cartões sem-noção figura, por exemplo, o recebido por Wellington, do Internacional, punido com apenas 26 segundos do jogo contra o Joinville após fazer uma falta e depois tentar atingir o árbitro com uma bolada. Tem quem consiga levar cartão antes mesmo de a bola rolar, sem sequer entrar em campo ou ainda receber dois num intervalo de apenas quatro segundos. Confira abaixo alguns deles:
CARRINHO DE MÃO
A cera é algo que irrita bastante quem está perdendo. Acontece com frequência, tanto que já rendeu 85 cartões (5,05% do total) nas 32 rodadas disputadas. Mas ninguém perdeu tanto a paciência quanto Wilson (Coritiba) ao ver um adversário retardando o jogo. Nervoso com Vitinho (Internacional), que pedia atendimento médico, o goleiro perdeu a paciência e resolveu retirá-lo com as próprias mãos, puxando o colorado pelas pernas e arrastando-o pela linha de fundo.
BOLA ROLANDO... OU NÃO?
Essa é daquelas que mesmo quem acompanha futebol há décadas dificilmente já viu. Na partida Palmeiras x Internacional, o meia Alex conseguiu receber um cartão amarelo antes mesmo de a bola rolar. O árbitro havia pedido para o zagueiro Paulão ajeitar seu meião fora do gramado, e apitou o início da partida com o Inter tendo apenas dez homens em campo. Alex simplesmente se recusou a dar a saída de bola para o primeiro tempo sem a presença de seu companheiro. Acabou amarelado antes mesmo de o jogo começar.
TIRO AO ÁRBITRO
Jogos do Internacional costumam causar cartões desses sem-noção. O que dizer do volante Wellington no duelo contra o Joinville? O jogo começou e com apenas 8 segundos ele já cometeu uma falta, agarrando um adversário. Aos 17 segundos, piorou. Arremessou a bola na direção do árbitro, que não teve dúvidas de que havia se tornado um alvo. Resultado: com 26 segundos de partida, o volante do time gaúcho já estava "premiado" com seu amarelo.
PAVIO CURTO
É, cabeça de jogador às vezes é um mistério. Como explicar o acesso de raiva de Fabrício (Cruzeiro) no confronto com o Santos. Está certo que o time mineiro estava perdendo e caindo para 16º, à beira da zona, mas sua ira é impressionante. Aos 38 minutos do segundo tempo, ele esbravejou com o árbitro por causa da marcação de um lateral. Nem um amarelo o acalmou. Mal deu tempo de o Santos repor a bola, e Fabrício deu um pontapé por trás em Marquinhos Gabriel. Apenas 17 segundos depois do primeiro, ele levou seu segundo amarelo. Direto para o chuveiro!
FALA MUITO!
Apodi (Chapecoense) foi ainda mais rápido que Fabrício. Conseguiu receber duas advertências com quatro segundos entre uma e outra, sendo essa a menor diferença no Brasileirão 2015. Foi no jogo contra a Ponte Preta, no turno, e o motivo foi reclamação em ambos. Outros dois jogadores conseguiram a proeza de levar dois cartões em menos de um minuto. Gilberto (Vasco) recebeu dois por reclamação num intervalo de 11 segundos, também contra a Macaca no turno. Já Lisandro López (Internacional) levou 24 segundos, primeiro por uma falta e depois por reclamar. A diferença dos três para Fabrício é que os segundos cartões deles foram ao reclamar.
SÓ UM TAPINHA
Isso é que é implorar para levar um cartão. Na partida contra o Flamengo, no Maracanã, o lateral-esquerdo Cereceda (Figueirense) com certeza abusou. Após ceder um lateral, ele não se contentou e emendou com um bicão na pelota. Para sua surpresa, um gandula entregou rapidamente outra bola para o rubro-negro Ayrton cobrar. O chileno não titubeou. Na cara do árbitro, passou corrento pelo adversário e deu um tapinha maroto na bola, impedindo a reposição. Cena que beira o ridículo. Amarelo nele!
VAI OUTRA BOLA AÍ?
Edson Ratinho (Joinville) também aprontou uma. Cinquenta minutos do segundo tempo, um 0 a 0 precioso no placar e um sufoco total do Atlético-PR em plena Arena da Baixada. Disposto a tudo para segurar o pontinho fora de casa, Ratinho ousou. Na cara dura, aproveitou-se de uma segunda bola lançada no gramado e simplesmente chutou-a em direção à bola que claramente seguia em disputa e de posse do Furacão. O juizão não perdoou. Segundo amarelo e "rua".
FIM DE FESTA
Poucos cartões são mais inaceitáveis que os recebidos em comemorações de gol. Se a regra é descabida ou não, o fato é que ela existe e não é tão difícil de ser cumprida. Mas a cada 40 gols no Brasileirão 2015, um é seguido de um cartão na comemoração. Bruno Henrique (Goiás), porém, é o único capaz de ser expulso numa dessas. Sim, ele, mesmo já amarelado, contra o Palmeiras, fora de casa, e faltando 15 minutos para o jogo acabar, fez questão de subir na escadinha e festejar com a galera. Detalhe: o gol nem dele era - foi contra de Victor Ramos.
RESERVA CORNETA
O caso mais extraordinário de jogadores que receberam cartões sem sequer entrar em campo é o de Felipe Menezes (Goiás), que passou 90 minutos no banco de reservas, mas conseguiu ser advertido por reclamação após o apito final de uma partida em que seu time venceu (contra o Palmeiras, no returno). Tão surreal que não há imagens da cena. Outro representante do grupo dos reservas amarelados - há uma dúzia deles - é Werley (Santos). Contra o Corinthians, ele reclamou, foi advertido, reclamou, levou o vermelho, e fechou sua "performance" empurrando o quarto árbitro pelas costas. Papelão daqueles.
SAI QUE EU TÔ ENTRANDO!
Levar cartão quando está sendo substituído e faz aquela cera básica infelizmente é algo comum. Agora, receber o amarelo ao substituir alguém não é todo dia que acontece. O feito pertence ao goleiro Tiago (Grêmio). Na ânsia de entrar em campo, aos 40 minutos do primeiro tempo, ele nem esperou a retirada de Marcelo Grohe de maca. Adentrou o gramado e arrancou do árbitro um amarelo sem nem ter chegado à meta que defenderia.
INVASÃO POLÊMICA
A infração, por vezes, está nos olhos de quem vê. Contra o Grêmio, Geuvânio jura que foi autorizado a voltar a campo. O árbitro garante que não, apesar de ter feito um gesto, digamos, suspeito, que pode ser interpretado como uma permissão ao santista. Fato é que o atacante, que havia acabado de levar um amarelo, voltou correndo, roubou uma bola e quando arrancava para o gol ouviu o apito soar. Fim da linha para ele, que recebeu um vermelho inusitado e polêmico.
VEJA TAMBÉM
- Grêmio tem razão em reclamar da arbitragem
- Grêmio perde para o Bahia e deixa o G-6 do Brasileirão
- Tricolor escalado para o jogo contra o Bahia
Na lista dos cartões sem-noção figura, por exemplo, o recebido por Wellington, do Internacional, punido com apenas 26 segundos do jogo contra o Joinville após fazer uma falta e depois tentar atingir o árbitro com uma bolada. Tem quem consiga levar cartão antes mesmo de a bola rolar, sem sequer entrar em campo ou ainda receber dois num intervalo de apenas quatro segundos. Confira abaixo alguns deles:
CARRINHO DE MÃO
A cera é algo que irrita bastante quem está perdendo. Acontece com frequência, tanto que já rendeu 85 cartões (5,05% do total) nas 32 rodadas disputadas. Mas ninguém perdeu tanto a paciência quanto Wilson (Coritiba) ao ver um adversário retardando o jogo. Nervoso com Vitinho (Internacional), que pedia atendimento médico, o goleiro perdeu a paciência e resolveu retirá-lo com as próprias mãos, puxando o colorado pelas pernas e arrastando-o pela linha de fundo.
BOLA ROLANDO... OU NÃO?
Essa é daquelas que mesmo quem acompanha futebol há décadas dificilmente já viu. Na partida Palmeiras x Internacional, o meia Alex conseguiu receber um cartão amarelo antes mesmo de a bola rolar. O árbitro havia pedido para o zagueiro Paulão ajeitar seu meião fora do gramado, e apitou o início da partida com o Inter tendo apenas dez homens em campo. Alex simplesmente se recusou a dar a saída de bola para o primeiro tempo sem a presença de seu companheiro. Acabou amarelado antes mesmo de o jogo começar.
TIRO AO ÁRBITRO
Jogos do Internacional costumam causar cartões desses sem-noção. O que dizer do volante Wellington no duelo contra o Joinville? O jogo começou e com apenas 8 segundos ele já cometeu uma falta, agarrando um adversário. Aos 17 segundos, piorou. Arremessou a bola na direção do árbitro, que não teve dúvidas de que havia se tornado um alvo. Resultado: com 26 segundos de partida, o volante do time gaúcho já estava "premiado" com seu amarelo.
PAVIO CURTO
É, cabeça de jogador às vezes é um mistério. Como explicar o acesso de raiva de Fabrício (Cruzeiro) no confronto com o Santos. Está certo que o time mineiro estava perdendo e caindo para 16º, à beira da zona, mas sua ira é impressionante. Aos 38 minutos do segundo tempo, ele esbravejou com o árbitro por causa da marcação de um lateral. Nem um amarelo o acalmou. Mal deu tempo de o Santos repor a bola, e Fabrício deu um pontapé por trás em Marquinhos Gabriel. Apenas 17 segundos depois do primeiro, ele levou seu segundo amarelo. Direto para o chuveiro!
FALA MUITO!
Apodi (Chapecoense) foi ainda mais rápido que Fabrício. Conseguiu receber duas advertências com quatro segundos entre uma e outra, sendo essa a menor diferença no Brasileirão 2015. Foi no jogo contra a Ponte Preta, no turno, e o motivo foi reclamação em ambos. Outros dois jogadores conseguiram a proeza de levar dois cartões em menos de um minuto. Gilberto (Vasco) recebeu dois por reclamação num intervalo de 11 segundos, também contra a Macaca no turno. Já Lisandro López (Internacional) levou 24 segundos, primeiro por uma falta e depois por reclamar. A diferença dos três para Fabrício é que os segundos cartões deles foram ao reclamar.
SÓ UM TAPINHA
Isso é que é implorar para levar um cartão. Na partida contra o Flamengo, no Maracanã, o lateral-esquerdo Cereceda (Figueirense) com certeza abusou. Após ceder um lateral, ele não se contentou e emendou com um bicão na pelota. Para sua surpresa, um gandula entregou rapidamente outra bola para o rubro-negro Ayrton cobrar. O chileno não titubeou. Na cara do árbitro, passou corrento pelo adversário e deu um tapinha maroto na bola, impedindo a reposição. Cena que beira o ridículo. Amarelo nele!
VAI OUTRA BOLA AÍ?
Edson Ratinho (Joinville) também aprontou uma. Cinquenta minutos do segundo tempo, um 0 a 0 precioso no placar e um sufoco total do Atlético-PR em plena Arena da Baixada. Disposto a tudo para segurar o pontinho fora de casa, Ratinho ousou. Na cara dura, aproveitou-se de uma segunda bola lançada no gramado e simplesmente chutou-a em direção à bola que claramente seguia em disputa e de posse do Furacão. O juizão não perdoou. Segundo amarelo e "rua".
FIM DE FESTA
Poucos cartões são mais inaceitáveis que os recebidos em comemorações de gol. Se a regra é descabida ou não, o fato é que ela existe e não é tão difícil de ser cumprida. Mas a cada 40 gols no Brasileirão 2015, um é seguido de um cartão na comemoração. Bruno Henrique (Goiás), porém, é o único capaz de ser expulso numa dessas. Sim, ele, mesmo já amarelado, contra o Palmeiras, fora de casa, e faltando 15 minutos para o jogo acabar, fez questão de subir na escadinha e festejar com a galera. Detalhe: o gol nem dele era - foi contra de Victor Ramos.
RESERVA CORNETA
O caso mais extraordinário de jogadores que receberam cartões sem sequer entrar em campo é o de Felipe Menezes (Goiás), que passou 90 minutos no banco de reservas, mas conseguiu ser advertido por reclamação após o apito final de uma partida em que seu time venceu (contra o Palmeiras, no returno). Tão surreal que não há imagens da cena. Outro representante do grupo dos reservas amarelados - há uma dúzia deles - é Werley (Santos). Contra o Corinthians, ele reclamou, foi advertido, reclamou, levou o vermelho, e fechou sua "performance" empurrando o quarto árbitro pelas costas. Papelão daqueles.
SAI QUE EU TÔ ENTRANDO!
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