Kalil na saída da reunião na sede do Cruzeiro
Diretor-executivo da Liga Sul-Minas-Rio, Alexandre Kalil quebrou o silêncio e concedeu entrevista esclarecedora à Rádio Itatiaia, nesta quinta-feira.
Escolhido pelos presidentes para coordenar a criação da Primeira Liga, o ex-mandatário do Atlético comentou sobre o rompimento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e atacou o secretário-geral da entidade, Walter Feldman, responsável pelas negociações.
O executivo também respondeu sobre exigências da CBF para realização da Liga e chamou as medidas de “casuísmo infantil”, rechaçando o período de férias exigido pela Confederação e o intervalo de 60 horas entre as partidas, o que, segundo Kalil, nem a própria entidade cumpre.
Por fim, o ex-presidente do Atlético comentou sobre polêmicas recentes, envolvendo seus familiares. Há duas semanas, a Folha de S. Paulo noticiou que Kalil levou filho e sobrinho a uma reunião sobre a Liga na CBF. O fato teria gerado desconfronto entre os filiados. O executivo disse que chegou a pedir demissão, mas foi defendido por Gilvan de Pinho Tavares, presidente do grupo.
Confira parte da entrevista de Alexandre Kalil à Rádio Itatiaia:
Rompimento da CBF
"Eu não estou preocupado, eu não tenho que tratar nada com a CBF. Esse é o meu ponto de vista. O rapaz que está lá é muito novo, é figura nova, muito novinho, e eu tenho serviços prestados ao futebol brasileiro. Eu sou um homem do futebol, nasci e saí com a mão limpa do futebol. Eu já sou veterano. Esse moço que está lá, é muito velho de idade, mas no futebol é um nome novo, eu nem o conhecia. Ele não tem autoridade moral para proibir ninguém de ir na casa de quem mandava no futebol. Eu é que não quero tratar com ele, porque ele não conhece, não é do ramo. Ele não passa de um politiqueiro. Agora, se a Liga tratar que eu vou tratar, eu trato."
Exigências da CBF para realização da Liga
"É um festival casuísmo primário. Primeiro, pré-temporada não é férias. Férias é um direito do trabalhador e pré-temporada é um período de preparação. Atlético, Corinthians, Fluminense e Internacional vão disputar um torneio, antes, nos Estados Unidos. Então, falar que estamos avançando dois dias é de um casuísmo quase infantil. As 60 horas de intervalo eles (CBF) nunca respeitaram, então é mais infantil ainda. Eles não são do negócio, não conhecem. Eu não falei 'vamos colocar de qualquer jeito', eu falei, 'eles fazem tudo de qualquer jeito'."
Assembleia ilegal
"E de mais a mais, o artigo 22 da Lei do Profut, Lei Federal, tem que ser respeitada, fala que qualquer assembleia, para qualquer deliberação tinha que ter 40 clubes lá dentro. Então essa que é a casa da legalidade? Isso é que é legal? Isso é bem feito? Isso é que é bonito? Porque palavras ao vento, de injuria, de difamação, faladas com delicadeza, parece que é melhor do que a verdade falada com grosseria. O que eles querem fazer, eles podem fazer a partir do momento que os clubes me tirarem da direção."
Pedido de demissão
"Depois do que tentaram fazer com a minha família, isso é importante o público mineiro saber, eu fui para pedir demissão desse negócio. Eu estava em casa, aposentado do futebol, e eles foram lá em casa me buscar. E o presidente da Liga, que é o presidente do Cruzeiro, foi o primeiro a pegar o microfone que não aceitaria minha saída, depois de tudo o que aconteceu."
Acusação de nepotismo
"Falar de Flamengo e Fluminense seria injustiça. Um dos presidentes que mais converso é o do Fluminense. Isso foi criado, saiu lá de dentro. São coisas criadas, manipuladas com a voz de politicagem. Isso é a destruição. Eu fui presidente do Atlético, orçamento de R$200 milhões, e não coloquei nenhum amigo. Vou colocar filho para trabalhar num negócio que nem é meu? Que eu não mando? É só uma voz mansa da política canalha que vem agredir."
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O executivo também respondeu sobre exigências da CBF para realização da Liga e chamou as medidas de “casuísmo infantil”, rechaçando o período de férias exigido pela Confederação e o intervalo de 60 horas entre as partidas, o que, segundo Kalil, nem a própria entidade cumpre.
Por fim, o ex-presidente do Atlético comentou sobre polêmicas recentes, envolvendo seus familiares. Há duas semanas, a Folha de S. Paulo noticiou que Kalil levou filho e sobrinho a uma reunião sobre a Liga na CBF. O fato teria gerado desconfronto entre os filiados. O executivo disse que chegou a pedir demissão, mas foi defendido por Gilvan de Pinho Tavares, presidente do grupo.
Confira parte da entrevista de Alexandre Kalil à Rádio Itatiaia:
Rompimento da CBF
"Eu não estou preocupado, eu não tenho que tratar nada com a CBF. Esse é o meu ponto de vista. O rapaz que está lá é muito novo, é figura nova, muito novinho, e eu tenho serviços prestados ao futebol brasileiro. Eu sou um homem do futebol, nasci e saí com a mão limpa do futebol. Eu já sou veterano. Esse moço que está lá, é muito velho de idade, mas no futebol é um nome novo, eu nem o conhecia. Ele não tem autoridade moral para proibir ninguém de ir na casa de quem mandava no futebol. Eu é que não quero tratar com ele, porque ele não conhece, não é do ramo. Ele não passa de um politiqueiro. Agora, se a Liga tratar que eu vou tratar, eu trato."
Exigências da CBF para realização da Liga
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Assembleia ilegal
"E de mais a mais, o artigo 22 da Lei do Profut, Lei Federal, tem que ser respeitada, fala que qualquer assembleia, para qualquer deliberação tinha que ter 40 clubes lá dentro. Então essa que é a casa da legalidade? Isso é que é legal? Isso é bem feito? Isso é que é bonito? Porque palavras ao vento, de injuria, de difamação, faladas com delicadeza, parece que é melhor do que a verdade falada com grosseria. O que eles querem fazer, eles podem fazer a partir do momento que os clubes me tirarem da direção."
Pedido de demissão
"Depois do que tentaram fazer com a minha família, isso é importante o público mineiro saber, eu fui para pedir demissão desse negócio. Eu estava em casa, aposentado do futebol, e eles foram lá em casa me buscar. E o presidente da Liga, que é o presidente do Cruzeiro, foi o primeiro a pegar o microfone que não aceitaria minha saída, depois de tudo o que aconteceu."
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