Compra da Arena do Grêmio por Marcelo Marques: Tudo o que se sabe.

Marcelo Marques cumpriu uma de suas principais promessas de campanha à presidência do Grêmio: ele comprou a dívida que envolvia a gestão da Arena e assumiu o controle do estádio. O empresário, dono da Marquespan, adquiriu tanto a dívida que o clube tinha com a Revee (repactuada em bancos e depois repassada a um grupo de investidores) quanto a gestão que antes estava nas mãos da Meta, antiga OAS. Com isso, o Grêmio passa a ter o controle total sobre sua própria casa, sem precisar aguardar o fim do contrato de 20 anos para assumir a administração do estádio. A negociação, segundo bastidores, foi formalizada em São Paulo e envolveu valores estimados entre R$150 milhões e R$200 milhões, embora Marques não tenha confirmado oficialmente os números. Todo o investimento foi feito com recursos do próprio empresário. O aporte financeiro não exigirá contrapartidas imediatas do clube: caso o Grêmio consiga reembolsar o valor, será sem juros; se não puder, pode compensar com camarotes ou outras soluções amistosas. O importante, segundo ele, é beneficiar o clube.

Com o acerto já garantido e o anúncio público feito em suas redes sociais, Marcelo Marques entra com força na corrida eleitoral para a presidência do Grêmio, com a promessa de não apenas estruturar o clube fora de campo, mas também reforçar o elenco. Ele já indicou que deve injetar R$100 milhões em contratações. O empresário também confirmou que Fábio Rigo, filho do ex-patrocinador Celso Rigo, será um de seus vices e também aportará recursos no futebol. A ideia de Marcelo Marques é que, ao colocar o dinheiro à frente, o próprio torcedor se envolva no processo de fortalecimento do clube, seja se associando ou adquirindo cadeiras e outros produtos. Em um momento político importante, a disputa pela presidência parece polarizada entre ele e Paulo Caleffi. A oficialização do controle da Arena representa um movimento estratégico forte e deve impactar diretamente o rumo da eleição no fim do ano.