Grêmio investirá 5 milhões em jogador após 10 meses de lesão.

Imagem: Fernando Alves/ EC Juventude Caíque é reforço problemático: motivação, timing e preço questionáveis O Grêmio está prestes a fechar a contratação do volante Caíque , ex-Juventude, como novo reforço. No entanto, é preciso avaliar essa contratação com atenção, pois ela levanta dúvidas quanto ao momento, ao custo e à necessidade real da reposição no meio-campo. Contratação feita após lesão grave, risco evidente Primeiro de tudo, é necessário lembrar que Caíque tem 29 anos, rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito em agosto de 2024. Consequentemente, foi submetido à cirurgia, teve longo período de recuperação e, agora, está em processo de readaptação. Portanto, o Grêmio está pagando R$\u202f5 milhões por um atleta que não entra regularmente em campo há cerca de 10 meses , o que implica risco atlético e financeiro elevadíssimo. Além disso, a operação envolve a inclusão do jovem lateral Luan Cândido , com salários custeados totalmente pelo Grêmio, o que aumenta o custo real da transação. Oportunidade desperdiçada: custo pode ter sido evitado Adicionalmente, é preciso lembrar que em 2024 o Juventude já foi procurado por clubes interessados em Caíque. Conforme admitido pelo então presidente Fábio Pizzamiglio, existia oferta por valores bem menores aos atuais. Naquela ocasião, nenhum time avançou com proposta formal , inclusive o próprio Grêmio. Em vez de aproveitar a fase baixa do jogador, quando ainda não havia confirmação de cirurgia, o clube optou por aguardar , o que gerou, agora, um custo exacerbado. Juventude expõe impasse e revela o que falta para Caíque ser anunciado pelo Grêmio Meia frustra expectativas no Grêmio e vive últimos meses de contrato Timing questionável e cálculo desastroso Em seguida, vale considerar que esse tipo de contratação deveria levar em conta contexto físico e calendário. Contratar um atleta em topo de desempenho não custaria tanto, mas Caíque se encontra em fase de recuperação , sem previsão de estar 100% ainda. Portanto, a decisão de pagar R$\u202f5 milhões agora parece desproporcional. O timing estava errado e o cálculo financeiro foi malfeito. Já que essa operação impacta na folha do clube, seria justo que quem participou dessa negociação fosse responsabilizado. Responsabilidade e necessidade de cautela Além disso, o clube deveria avaliar a capacidade de valorização do jogador. Um atleta vindo de grave lesão precisa voltar a jogar com regularidade para justificar valor. Se o Grêmio assumiu risco alto, também precisa analisar cuidadosamente seu retorno em campo para não ficar com investimento encalhado. Malandragem do Juventude e ingenuidade do Grêmio Como diz o ditado, todo dia aparece um “malandro e um otário”. Nesse caso, o malandro foi o Juventude , que segurou o preço enquanto o atleta estava lesionado, sabendo que seria contratado por clube com urgência. Já o otário foi o Grêmio , que entrou na negociação mesmo com histórico recente de falta de convicção em um nome de base. Ou seja, perdeu oportunidade de negociação com outro jogador mais barato ou de mesmo perfil e ainda colocou seus cofres em risco. Grêmio pode lucrar quantia milionária com a saída de Pepê do Porto Reforço que exige resposta rápida Em conclusão, a chegada de Caíque precisa ser monitorada com atenção. Se for para preencher lacuna real, ótimo. Porém, se for apenas mais uma aposta cara e burocratizada, o Grêmio será penalizado por anos de custo e expectativas frustradas. Portanto, cabe à diretoria garantir que o atleta terá acompanhamento físico, reabilitação completa e tempo de recuperação desportivo para render. Caso contrário, esse reforço pode virar mais um erro histórico nas contratações do Tricolor.