Jemerson jogou uma vitória fora (e quase nos entregou uma derrota) + a bagunça do meio do Grêmio


Fonte: Leila Krüger

Jemerson jogou uma vitória fora (e quase nos entregou uma derrota) + a bagunça do meio do Grêmio
Pois é. Vocês já sabem. Jemerson parece pior que Bressan. Não é de agora: há as faltas imprudentes com expulsões, lentidão, erros crassos de marcação. Não importa se está jogando bem, uma hora e outra ele vai errar feio. Como foi contra o Godoy Cruz, time que jogou com a alma contra um Grêmio que caminhava em campo, por vezes, e nos lembrou o Grêmio de Quinteros. O que acontece que o Grêmio não tem intensidade física? Vamos lá, acabamos de mudar de técnico, e Felipão, o ídolo, vem aí.

Jemerson foi responsável direto pelos dois gols do Godoy Cruz, um time muito dedicado, mas tecnicamente limitado. O contrário do Grêmio. No segundo gol dos argentinos, que não vencem há várias partidas - como o Imortal - Viery falhou feio ao dar uma cabeçada fraca que, por sorte, é verdade, caiu no pé do jogador deles. Mas o jogador deles não estava marcado. O melhor atacante deles. E chutou, ricocheteou e foi parar... no pé do jogador que Jemerson estava marcando, que se desvencilhou facilmente do defensor gremista e meteu para as redes. Nos acréscimos, uma cabeçada na trave. Quem marcava? Jemerson. Tivemos sorte. Sorte de campeão?

Para ser campeões, precisamos melhorar muito. Desde na parte física até na organização tática. Ah, Jemerson não dá mais. Mas a direção do Grêmio não trouxe o zagueiro que prometeu e quis esperar até a metade do ano. Ely não joga mais essa temporada e deve voltar para a Espanha, além de ser limitado. Romaña, sem Quinteros, provavelmente não vem mais - graças a Deus, jogador superfaturado e lento. Precisamos contratar dois zagueiros. Por enquanto, a zaga é Wagner Leonardo na direita, como já jogou e bem pelo Santos, e Kannemann na esquerda. Marlon deve permanecer na lateral-direita.

Mas o pior é que...

O MEIO DO GRÊMIO É UMA BAGUNÇA

Nem Quinteros conseguiu organizar. Antes dele, Renato Portaluppi. E, até agora, Mano Menezes. Um meio que tem Dodi como titular. Um meio que não tem organização, os jogadores se batem entre si, dão balão. Não há boa ligação com o ataque - apesar do golaço de contra-ataque de Aravena. Obs.: Aravena corre para ser titular.

Falta um camisa 8 para jogar com Villasanti. Trouxemos Cuéllar, mas até agora o que acontece com o colombiano tão prestigiado? Está até acima do peso, visivelmente. Como outros jogadores do Grêmio. Cuéllar poderia jogar com Villasanti, se Villasanti jogar mais recuado? Tem de haver alguém melhor que Dodi. Carballo volta dos EUA, mas é solução se nunca foi? Quem é o meia de ligação, afinal? Já pensaram em testar Aravena ali? Ou Alysson Edward? Edenílson resolve, mas vem jogando pouco e correndo pouco, como Monsalve: minha sensação é de que o colombiano pode sair, mas é difícil por R$ 100 milhões. Cristaldo não corre, parece sempre cansado, até a cara é de dez anos mais velho.

Dodi, Edenílson, o Cristaldo e o Monsalve de 2025 não podem ser titulares - estes dois últimos, a menos que melhorem, têm crédito. Mas há melhores? A direção foi lenta nas contratações. E Luan Cândido, que joga como zagueiro e lateral-esquerdo, e só agora conseguiu entrar em forma (aparentemente)? Quanto amadorismo.

Como o tórax de um corpo tem o coração, que bombeia sangue para todo o organismo, o meio é o coração de um time. A ligação entre a defesa e o ataque, as pernas e a cabeça. Porque atacante precisa de muita técnica, pensar, decidir bem. Como a defesa precisa saber correr, se impor fisicamente e se posicionar. O Grêmio carece de um meio-campo. É uma bagunça. Até mesmo o fato de terem deixado Jemerson sozinho com atacantes é um problema, não pode.

E só para fazer menção: cotovelada em Kannemann na área gremista que nem quiseram
ver no VAR. Poderia ser, e acredito que fosse, para vermelho.

Visivelmente o árbitro desejava o empate, ou a não-vitória do Clube de Todos. Casas de apostas? Quis marcar uma falta rente à área em barriga clara de Kannemann. Demorou quatro minutos para validar um gol fácil de Aravena.

Este problema do Grêmio com o apito segue sério, incrivelmente em todas as competições que disputa. Além de meio-campo e defesa, o Grêmio não tem força política sendo a sexta torcida do país e maior clube fora de Rio-São Paulo. É muita incompetência. Apenas berrar nos microfones não adianta, até parece que aí é que eles fazem mais. Eles não se importam. O Grêmio não mete medo, dentro e fora de campo. Um dia já meteu, ao menos com a bola nos pés ou na cabeça.

O Grêmio precisa investir pesado em BONS volantes e BONS zagueiros. A venda de Gustavo Martins vai ajudar nessa, como possivelmente a de Pavón. Acertar nas contratações não é tanto sorte como eficiência. Como o Grêmio erra em contratações, todas caras, muitas de leilões! Nem vou comentar meu desejo de que o Grêmio se torne, ao menos em parte, SAF. Melhorariam as gestões e contratações e o poder político seria maior.


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