Grêmio reverte previsão de déficit e obtém R$ 109 milhões de crédito na Arena


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Grêmio reverte previsão de déficit e obtém R$ 109 milhões de crédito na Arena

O Grêmio reverteu a previsão de R$ 58 milhões de prejuízo para alcançar o superávit de R$ 44 milhões em 2024 , conforme balanço divulgado na quinta-feira passada em reunião do conselho deliberativo. Mas como a direção inverteu o cenário negativo do ano da enchente para entrar em 2025 com o saldo milionário? De acordo com Fábio Floriani, vice-presidente do Conselho de Administração, o jogo virou quando o Grêmio decidiu adquirir a dívida de R$ 109 milhões da Arena Porto-Alegrense com o Banrisul. Para quitar o valor, o clube pagou R$ 20 milhões ao banco. Patrocinador master entre 2001 e 2024, o Banrisul aceitou negociar a cifra porque não havia perspectiva de recuperação do valor, já que grupo OAS, que construiu a Arena, entrou em recuperação judicial em abril de 2015 após os escândalos de corrupção da Operação Lava-Jato. Ao comprar o equivalente a um terço da dívida, a direção garantiu o direito de usar o crédito na compensação de contas com a Arena Porto-Alegrense. – Ficamos com um crédito para compensar com a Arena no valor de R$ 109 milhões e registramos um resultado positivo de R$ 89 milhões, resultante do valor do crédito deduzido do valor de aquisição do mesmo. Este crédito pode ser usado para abater o pagamento da cessão onerosa dos assentos dos sócios que migraram do Olímpico, R$ 2 milhões por mês, por exemplo. Em vez de tirar dinheiro do caixa, descontamos desse crédito – explica Floriani.

Oferecido por: Gabriel Girardon

Em média, Grêmio paga R$ 2 milhões por mês à gestora da Arena para que sócios tenham assentos garantidos na Arena
Foto de Gabriel Girardon

O vice-presidente ainda acrescenta que esse ativo não se esgota em 2024. O Grêmio precisa pagar mensalmente para manter o benefícios dos sócios de acesso ao estádio, valor que passa a ser retirado do crédito. – Temos um valor bastante grande para fazer compensações nos próximos anos – comenta. Além disso, houve incremento na receita de venda de atletas, a que mais cresceu dentro do orçamento. De R$ 56 milhões em 2023, pulou para R$ 105 milhões em 2024, conforme Floriani. Os negócios de Ferreira, Campaz, Guilherme, Bruno Uvini, Cuiabano e, em especial de Gustavo Nunes, contribuíram para o somatório. Saúde financeira Além dos prejuízos causados pela tragédia climática no Rio Grande do Sul e o desempenho ruim dentro de campo, as receitas do clube chegaram a R$ 491 milhões — somente R$ 2 milhões abaixo do estipulado no orçamento, o que também é visto como positivo. O valor ficou R$ 57 milhões acima de 2023, com um acréscimo de 13%. As contas de 2024 foram aprovadas no Conselho com 195 votos favoráveis, sete contrários e três abstenções.

O resultado foi comemorado pela gestão porque reverteu previsão de déficit pelo terceiro ano consecutivo. Para 2025, a previsão é mais acanhada. A projeção é ter apenas R$ 75 mil de superavit em 2025. Na prática, a relação entre os gastos e as receitas brutas (previstas para R$ 548 milhões) deve ficar no "zero a zero". – O Grêmio é um time financeiramente saudável. Vive como a maioria dos clubes do país, nos limites dos investimentos do futebol. A gente não tem uma disponibilidade para permitir excessos e má gestão, mas não temos intenção ou previsão de fazer cortes – garante Floriani.



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