Série de vitórias e permanência no G-4 turbinam 'bicho' do grupo gremista

Tricolor tem acordo com elenco e divide pagamentos por metas durante e ao final da competição. Presidente Romildo Bolzan brinca em discurso: "Querem quebrar o clube"


Fonte: GloboEsporte

Série de vitórias e permanência no G-4 turbinam bicho do grupo gremista
Romildo acerta com lideranças do elenco as premiações (Foto: Lucas Uebel / Grêmio / Divulgação)

A boa fase do Grêmio, que chegou a 10 jogos seguidos sem derrota antes de perder por 2 a 1 para o São Paulo, na Arena, tem um combustível muito comum no futebol brasileiro: as premiações por resultados, o famoso “bicho”. O Tricolor fez uma releitura da recompensa por tempo de permanência no G-4 e por um agrupamento de um número de vitórias. O acordo, assinado pelo departamento de futebol e pelo capitão Maicon, também deixa uma parte do montante a ser pago em uma poupança, para ser repassada aos jogadores ao fim do Brasileiro.

A cada três jogos - de vitórias, obviamente -, o clube repassa a premiação aos atletas. Além disso, conta a permanência no G-4, algo valorizado. Por este ponto, uma parte apenas da quantia é dada aos atletas. A outra é depositada para que seja dada ao grupo apenas quando o objetivo for atingido, ao final da competição. Além de Maicon, Giuliano, Douglas, Marcelo Oliveira e Bobô são nomes que fazem o contato direto com a diretoria para tratar do assunto.

Na festa de aniversário do Grêmio, na última sexta-feira, o presidente Romildo Bolzan Júnior escancarou a situação. Durante seu discurso, lembrou um encontro com Giuliano para acertar mais um pagamento dos prêmios por desempenho.

- Vou cometer uma inconfidência. Estava com o Giuliano acertando mais um pagamento de premiação e falei: “Assim vocês vão acabar quebrando o Grêmio”. ”É nossa intenção presidente” - disse o mandatário gremista, entre risos dos atletas e dos presentes na esplanada da Arena.

O valor não é muito alto, segundo o vice de futebol Cesar Pacheco. É mais um incentivo, em espécie de “meritocracia”, termo utilizado pelo diretor executivo Rui Costa. A quantia paga aos atletas pelo Gre-Nal, que terminou 5 a 0 na Arena, foi mais elevada que o normal. A premiação segue um padrão e se mantém para todos os jogos.
No vestiário, o valor é dividido em acerto feito pelos atletas, que destinam um percentual para funcionários, outro para jogadores que participam do jogo e um diferente para aqueles que não estão relacionados, por exemplo. Comissão técnica, médicos e profissionais do dia a dia também são agraciados.

- Temos um programa de premiação estabelecido, assinado por mim e com o capitão, era o Rhodolfo, depois com o Maicon, onde o Grêmio tem uma premiação vinculada à performance, enquanto se mantiver na Libertadores, como classificado, existe um pagamento parcial desta premiação. Tudo foi devidamente computado, distribuído e tributado. Se, de fato, ao final, estiver classificado, como vice, terceiro colocado, ou até mesmo campeão, recebe um valor da Globo, e ele vai ser em parte transferido - revelou o diretor executivo Rui Costa ao GloboEsporte.com.


Jogadores ajoelham-se nas comemorações. Indicativo de união do grupo (Foto: Lucas Uebel/ Divulgação Grêmio)


A situação não é nova no futebol brasileiro. O “bicho” sempre foi um artifício utilizado pelos dirigentes para “motivar” o elenco em determinados jogos. Na equipe bicampeã da América, em 95, por exemplo, na qual havia participação de Pacheco, o pagamento era feito por vitórias e pelo título. Segundo o atacante Alexandre Gaúcho, presente na campanha, a quantia para cada atleta era calculada proporcionalmente pelo número de partidas. Na memória, o jogador, que sofreu o pênalti na final contra o Atlético Nacional, recebeu R$ 5 mil.

- Acertamos por grupo de jogos, que assim acaba sendo por vitórias, também. Todo mundo ganha. O pessoal que trabalha junto, eles fazem questão de dar. O bonito é que fazem e é uma divisão normal. Os que concentram ganham “x”, os que não concentram ganham também, funcionários, comissão. Sempre existiu isso, agora a gente aperfeiçoou - completou Pacheco ao GloboEsporte.com.

A colocação no Brasileiro também modificará a situação. O próprio presidente Romildo afirmou que a briga com o Atlético-MG pela segunda colocação também se acirraria por conta do valor que é recebido pela CBF como premiação pelo vice-campeonato.

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