Direção do Grêmio ataca arbitragem e fala em favorecimento ao Corinthians

Em suas entrevistas após a derrota para o São Paulo, os jogadores a comissão técnica do Grêmio preferiram não comentar a arbitragem de Sandro Meira Ricci. Contudo, o mesmo não pode ser dito da diretoria gremista, que subiu o tom da cobrança com os homens do apito. Nestor Hein, vice-presidente jurídico do clube gaúcho, era um dos mais exaltados. O dirigente acusou a arbitragem de incompetente e, apesar de não falar em má fé, lembrou os favorecimentos ao líder Corinthians.

- Qual o clube que se beneficiou mais? Está dito na imprensa. Dizem que os erros de arbitragem protegeram o Corinthians. A opinião do Grêmio é essa. Por incompetências de arbitragem, não é roubo ou cavação, é incompetência. Por sorte, a incompetência vai sempre para o mesmo lado. Peço democracia, que errem para os outros também – afirmou Hein.

A principal reclamação gremista é um pênalti não marcado em cima de Fernandinho. Caso convertesse a penalidade, o Grêmio empataria o jogo com o São Paulo. Além disso, a postura permissiva de Ricci com a cera do São Paulo irritou os tricolores:

- Acabou acontecendo um pênalti claríssimo em favor do Grêmio que não foi apitado. Não pode acontecer só com a gente - apontou Hein.

- No ranking dos erros, quem está se beneficiando é quem está na ponta da tabela. E quando joga as 11h, joga contra um time que está na rabeira da tabela. Os erros não são democráticos. São em prol dos mesmos clubes. É óbvio que é um campeonato que está manchado. O São Paulo é um grande clube que não precisa disso para ganhar. Não há democracia na incompetência. Por acaso, por sorte, acaba beneficiado as mesmas equipes - finalizou o dirigente.



Já o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, foi mais ameno em suas críticas. O mandatário tricolor pediu uma melhor condução da formação dos árbitros antes que a situação 'vire caso de polícia':

- A mudança passa pela avaliação da CBF no seu conjunto, que neste momento é desastrosa, antes que vire caso de polícia, como ocorreu em 2005. Vejo um campeonato bastante descomprometido em termos de critérios. Está claro que há uma falta de condução, de qualificação deles (árbitros) para minimamente interpretar os lances - afirmou Romildo.



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