
Arena Condá recebeu Chapecoense x Ponte Preta na manhã
de 6 de setembro (Foto: Estadão Conteúdo), pela 23ª rodada
A realização de jogos às 11h de domingo ainda divide profissionais do futebol e torcedores. O horário, novidade no Brasileirão de 2015, já teve 24 partidas e terá mais seis até a 31ª rodada. Dois aspectos têm pautado a discussão. Um deles é o calor, já que várias partidas ocorrem com sol a pino. Outro é o público, com estádios cheios e médias próximas ao futebol europeu. Pelo menos até a metade de outubro, o horário será mantido, conforme tabela divulgada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) na última sexta-feira.
Por meio de sua assessoria, a CBF afirmou que a decisão não é uma imposição, e sim uma parceria com os clubes. "Inicialmente, apenas uma partida era realizada neste horário. O sucesso de público e as possibilidades de ações específicas com o torcedores levaram os clubes a pedirem a ampliação do número de jogos. A partir da 15ª rodada, duas partidas passaram a ser realizadas às 11h. Desde o início, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, deixou claro que a tabela levaria em conta as condições climáticas, a proximidade com o verão e o desejo dos clubes. Esses fatores continuam sendo considerados para a elaboração da tabela. Esse novo horário não é uma imposição. É uma parceria e está em análise constante".
Em vigor desde a primeira rodada, em maio, o horário de 11h ainda divide opiniões entre os profissionais do futebol. Um dos principais argumentos favoráveis é o público. A média em jogos no domingo de manhã é de 25.425 pagantes (610.202 torcedores em 24 jogos). No geral, os times levam 17.344 por partida.
Os dois maiores público do Brasileirão, inclusive, são de jogos às 11h: São Paulo 3 x 1 Coritiba teve 59.482 pagantes, e Atlético-MG 1 x 0 Joinville, 55.987.
Como parâmetro, a média nos jogos de 11h supera os campeonatos europeus na temporada passada. O Italiano teve 21.986 pagantes/partida, e o Francês, 22.105. Além disso, aproxima-se do Espanhol (26.719). Porém, ainda fica distante do Alemão (43.532) e do Inglês (36.176).
Um dos entusiastas do novo horário é o presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, que só pede atenção especial com a parada técnica, que ajuda a aliviar o calor:
- Até agora, acho uma boa. O público tem respondido. Acho que tem que tomar cuidado, por exemplo, com a parada (técnica). Mas acho interessante o jogo na parte da manhã. A torcida compra porque é um horário bom. Ruim é jogar às 22h ou às 18h30 de domingo. Jogar às 11h é bom - opinou o mandatário do Peixe.
O horário, no entanto, provoca um desgaste excessivo. Tem sido comum ver jogadores com mal-estar e precisando de atendimento médico. Às vezes, nem as paradas técnicas no primeiro e no segundo tempos são suficientes. O nível técnico da partida acaba caindo. O gerente de futebol do Palmeiras, Cícero Souza, diz que é necessário um estudo científico para avaliar os efeitos nos atletas, já que o segundo tempo começa ao meio-dia.
- O balanço externo, comercialmente, é bom porque as receitas evidentemente aumentaram. O balanço técnico e fisiológico é ruim. A gente tem uma convivência ali com os atletas, e eu já sofri com o Palmeiras, porque a gente já jogou cinco vezes neste ano às 11h, duas no Paulistão e três no Campeonato Brasileiro. Jogadores com mal súbito, jogadores após a partida realmente muito debilitados no vestiário. O resumo para quem está fora, eu costumo dizer, é que o segundo tempo começa ao meio-dia. Fisiologicamente, ao meio-dia, nosso organismo está buscando uma reposição energética, e não sendo submetido ao desgaste. Então, precisamos promover um estudo científico e ver se não estamos colocando em risco a integridade física dos nossos atletas. Se isso for comprovado cientificamente, acho que os clubes podem se adaptar. Caso contrário, é preciso rever e reconsiderar essa posição - comentou o gerente do Verdão.
Ponte e JEC recordistas; Timão aguarda para estrear às 11h
A Ponte Preta, em 15º lugar, e o Joinville, em 19º, terão sete partidas disputadas às 11h. A Macaca já tem quatro disputadas, restando três, e o JEC tem três, faltando quatro. O líder Corinthians, por outro lado, ainda aguarda para estrear no novo horário - recebe o Joinville, na 25ª rodada, e o Santos, na 27ª, numa manhã de domingo (confira a tabela completa acima).
Um dos motivos para o "desequilíbrio" é o clima mais ameno no Sul - justamente o caso do Joinville. A CBF explica ainda que os próprios clubes são responsáveis por essa diferença, já que alguns pedem para jogar de manhã e outros para não jogar.
Chefe do departamento médico do Coritiba, José Fernando Macedo prefere destacar a média de público e minimizar o prejuízo físico:
- Eventualmente, pode ser um pouco desgastante para os jogadores devido ao horário, principalmente porque daqui a pouco estaremos no verão. Mas o que eu senti para o público, para o torcedor, é que foi muito boa a adesão. Você vê que, nos jogos às 11h, tivemos recordes de público, com a torcida comparecendo em grande número. Aqui, no nosso jogo contra a Chapecoense, tivemos 21 mil pessoas. Então, tenho a impressão de que é um horário muito bom, ninguém perde o domingo, todos saem para almoçar com a família depois e têm o domingo livre. Do ponto de vista dos jogadores, também acho que seja bom, já que hoje em dia temos os hidratantes - falou o médico coxa-branca.
Vitória do São Paulo sobre o Coritiba, às 11h, teve recorde de público: 59.482 pagantes (Foto: Marcos Ribolli)
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A realização de jogos às 11h de domingo ainda divide profissionais do futebol e torcedores. O horário, novidade no Brasileirão de 2015, já teve 24 partidas e terá mais seis até a 31ª rodada. Dois aspectos têm pautado a discussão. Um deles é o calor, já que várias partidas ocorrem com sol a pino. Outro é o público, com estádios cheios e médias próximas ao futebol europeu. Pelo menos até a metade de outubro, o horário será mantido, conforme tabela divulgada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) na última sexta-feira.
Por meio de sua assessoria, a CBF afirmou que a decisão não é uma imposição, e sim uma parceria com os clubes. "Inicialmente, apenas uma partida era realizada neste horário. O sucesso de público e as possibilidades de ações específicas com o torcedores levaram os clubes a pedirem a ampliação do número de jogos. A partir da 15ª rodada, duas partidas passaram a ser realizadas às 11h. Desde o início, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, deixou claro que a tabela levaria em conta as condições climáticas, a proximidade com o verão e o desejo dos clubes. Esses fatores continuam sendo considerados para a elaboração da tabela. Esse novo horário não é uma imposição. É uma parceria e está em análise constante".

Os dois maiores público do Brasileirão, inclusive, são de jogos às 11h: São Paulo 3 x 1 Coritiba teve 59.482 pagantes, e Atlético-MG 1 x 0 Joinville, 55.987.
Como parâmetro, a média nos jogos de 11h supera os campeonatos europeus na temporada passada. O Italiano teve 21.986 pagantes/partida, e o Francês, 22.105. Além disso, aproxima-se do Espanhol (26.719). Porém, ainda fica distante do Alemão (43.532) e do Inglês (36.176).
Um dos entusiastas do novo horário é o presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, que só pede atenção especial com a parada técnica, que ajuda a aliviar o calor:
- Até agora, acho uma boa. O público tem respondido. Acho que tem que tomar cuidado, por exemplo, com a parada (técnica). Mas acho interessante o jogo na parte da manhã. A torcida compra porque é um horário bom. Ruim é jogar às 22h ou às 18h30 de domingo. Jogar às 11h é bom - opinou o mandatário do Peixe.
O horário, no entanto, provoca um desgaste excessivo. Tem sido comum ver jogadores com mal-estar e precisando de atendimento médico. Às vezes, nem as paradas técnicas no primeiro e no segundo tempos são suficientes. O nível técnico da partida acaba caindo. O gerente de futebol do Palmeiras, Cícero Souza, diz que é necessário um estudo científico para avaliar os efeitos nos atletas, já que o segundo tempo começa ao meio-dia.
- O balanço externo, comercialmente, é bom porque as receitas evidentemente aumentaram. O balanço técnico e fisiológico é ruim. A gente tem uma convivência ali com os atletas, e eu já sofri com o Palmeiras, porque a gente já jogou cinco vezes neste ano às 11h, duas no Paulistão e três no Campeonato Brasileiro. Jogadores com mal súbito, jogadores após a partida realmente muito debilitados no vestiário. O resumo para quem está fora, eu costumo dizer, é que o segundo tempo começa ao meio-dia. Fisiologicamente, ao meio-dia, nosso organismo está buscando uma reposição energética, e não sendo submetido ao desgaste. Então, precisamos promover um estudo científico e ver se não estamos colocando em risco a integridade física dos nossos atletas. Se isso for comprovado cientificamente, acho que os clubes podem se adaptar. Caso contrário, é preciso rever e reconsiderar essa posição - comentou o gerente do Verdão.
Ponte e JEC recordistas; Timão aguarda para estrear às 11h
A Ponte Preta, em 15º lugar, e o Joinville, em 19º, terão sete partidas disputadas às 11h. A Macaca já tem quatro disputadas, restando três, e o JEC tem três, faltando quatro. O líder Corinthians, por outro lado, ainda aguarda para estrear no novo horário - recebe o Joinville, na 25ª rodada, e o Santos, na 27ª, numa manhã de domingo (confira a tabela completa acima).
Um dos motivos para o "desequilíbrio" é o clima mais ameno no Sul - justamente o caso do Joinville. A CBF explica ainda que os próprios clubes são responsáveis por essa diferença, já que alguns pedem para jogar de manhã e outros para não jogar.
Chefe do departamento médico do Coritiba, José Fernando Macedo prefere destacar a média de público e minimizar o prejuízo físico:
- Eventualmente, pode ser um pouco desgastante para os jogadores devido ao horário, principalmente porque daqui a pouco estaremos no verão. Mas o que eu senti para o público, para o torcedor, é que foi muito boa a adesão. Você vê que, nos jogos às 11h, tivemos recordes de público, com a torcida comparecendo em grande número. Aqui, no nosso jogo contra a Chapecoense, tivemos 21 mil pessoas. Então, tenho a impressão de que é um horário muito bom, ninguém perde o domingo, todos saem para almoçar com a família depois e têm o domingo livre. Do ponto de vista dos jogadores, também acho que seja bom, já que hoje em dia temos os hidratantes - falou o médico coxa-branca.

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