Dirigentes chegam ao Palácio do Planalto para reunião com Dilma (Foto: Fabrício Marques)
Representantes de pelo menos 12 clubes estão em Brasília nesta sexta-feira para discutir com a presidente Dilma Rousseff medidas para melhoria do futebol nacional. Na chegada ao Palácio do Planalto, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, informou que a pauta da reunião será o projeto de renegociação das dívidas dos clubes.
- Temos a consciência de que estamos propondo algo muito bom para o futebol brasileiro, que vai ajudar a moralizar o nosso esporte - afirmou o dirigente rubro-negro.
Em tramitação no Congresso Nacional desde novembro de 2013, o projeto, que recebeu o nome de Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE), prevê um prazo de 25 anos para que as instituições esportivas - o que não inclui apenas clubes de futebol - possam quitar suas dívidas com a União. Em contrapartida, seria adotado o chamado "fair play financeiro", em que clubes que voltassem a atrasar os pagamentos ficariam sujeitos a punições esportivas como o rebaixamento.
Segundo Bandeira de Melo, os clubes vão pedir o apoio do governo para a aprovação rápida do projeto, inclusive, sugerindo a retirada de itens que não tratem especificamente da renegociação das dívidas e que possam causar discussões mais alongada entre os parlamentares. Além da renegociação, o texto, que aguarda votação no plenário da Câmara dos Deputados, também trata de itens como a criação de um Fundo de Iniciação Esportiva (IniciE), mudanças na Timemania e autorização para a criação de uma raspadinha e sistemas de apostas pela internet envolvendo o futebol.
- Eu acho que a gente tem que fazer o projeto mais simples possível e deixar o que for polêmico para discutir em um segundo momento - afirmou o presidente do Flamengo.
Ainda de acordo com Bandeira de Melo, outras questões da administração do futebol brasileiro, como a ideia do governo de reduzir a participação de empresários nos direitos de jogadores de futebol, não devem ser abordadas na reunião desta sexta-feira. O presidente do Flamengo pediu prioridade para a renegociação das dívidas e sugeriu a criação de um fórum permanente para discussão de outros temas.
- É um assunto importante também (a questão dos empresários no futebol), que tem que ser discutido, mas que deve ficar para um segundo momento. Neste momento, vamos aprovar a lei, com o alongamento das dívidas e as responsabilidades. Acho que um fórum permanente dos clubes para discutir esses e outros assuntos precisa ser criado e temos que ter uma agenda permanente de mudanças.
Além de Bandeira de Melo, participaram da reunião representantes de outros 11 clubes: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Coritiba, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Paysandu, Santa Cruz e São Paulo.
Concordância com demandas do Bom Senso FC
No início da semana, Dilma Rousseff esteve reunida por mais de três horas com representantes do Bom Senso FC também para discutir medidas para melhoria do futebol. No encontro - o segundo em dois meses -, o movimento pediu mudanças no projeto de renegociação das dívidas, como regras mais claras sobre a fiscalização do "fair play financeiro". O movimento sugeriu ainda o escalonamento das punições e a definição conceitual dos itens que compõem o salário dos jogadores - valor na carteira de trabalho, direitos de imagem, luvas e prêmios.
De acordo com o presidente do Flamengo, as demandas dos clubes em relação ao projeto não entram em choque com as do Bom Senso. Na visão do dirigente, são questões complementares.
- O alongamento das dívidas não influencia em nada o que está propondo o Bom Senso. Pelo contrário. Vai fazer com que os clubes possam viver uma nova realidade financeira para que possam cumprir seus compromissos com os atletas.
Dirigentes esperam rápida aprovação do projeto de renegociação das dívidas dos clubes (Foto: Fabrício Marques)
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- Temos a consciência de que estamos propondo algo muito bom para o futebol brasileiro, que vai ajudar a moralizar o nosso esporte - afirmou o dirigente rubro-negro.
Em tramitação no Congresso Nacional desde novembro de 2013, o projeto, que recebeu o nome de Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE), prevê um prazo de 25 anos para que as instituições esportivas - o que não inclui apenas clubes de futebol - possam quitar suas dívidas com a União. Em contrapartida, seria adotado o chamado "fair play financeiro", em que clubes que voltassem a atrasar os pagamentos ficariam sujeitos a punições esportivas como o rebaixamento.
Segundo Bandeira de Melo, os clubes vão pedir o apoio do governo para a aprovação rápida do projeto, inclusive, sugerindo a retirada de itens que não tratem especificamente da renegociação das dívidas e que possam causar discussões mais alongada entre os parlamentares. Além da renegociação, o texto, que aguarda votação no plenário da Câmara dos Deputados, também trata de itens como a criação de um Fundo de Iniciação Esportiva (IniciE), mudanças na Timemania e autorização para a criação de uma raspadinha e sistemas de apostas pela internet envolvendo o futebol.
- Eu acho que a gente tem que fazer o projeto mais simples possível e deixar o que for polêmico para discutir em um segundo momento - afirmou o presidente do Flamengo.
Ainda de acordo com Bandeira de Melo, outras questões da administração do futebol brasileiro, como a ideia do governo de reduzir a participação de empresários nos direitos de jogadores de futebol, não devem ser abordadas na reunião desta sexta-feira. O presidente do Flamengo pediu prioridade para a renegociação das dívidas e sugeriu a criação de um fórum permanente para discussão de outros temas.
- É um assunto importante também (a questão dos empresários no futebol), que tem que ser discutido, mas que deve ficar para um segundo momento. Neste momento, vamos aprovar a lei, com o alongamento das dívidas e as responsabilidades. Acho que um fórum permanente dos clubes para discutir esses e outros assuntos precisa ser criado e temos que ter uma agenda permanente de mudanças.
Além de Bandeira de Melo, participaram da reunião representantes de outros 11 clubes: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Coritiba, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Paysandu, Santa Cruz e São Paulo.
Concordância com demandas do Bom Senso FC
No início da semana, Dilma Rousseff esteve reunida por mais de três horas com representantes do Bom Senso FC também para discutir medidas para melhoria do futebol. No encontro - o segundo em dois meses -, o movimento pediu mudanças no projeto de renegociação das dívidas, como regras mais claras sobre a fiscalização do "fair play financeiro". O movimento sugeriu ainda o escalonamento das punições e a definição conceitual dos itens que compõem o salário dos jogadores - valor na carteira de trabalho, direitos de imagem, luvas e prêmios.
De acordo com o presidente do Flamengo, as demandas dos clubes em relação ao projeto não entram em choque com as do Bom Senso. Na visão do dirigente, são questões complementares.
- O alongamento das dívidas não influencia em nada o que está propondo o Bom Senso. Pelo contrário. Vai fazer com que os clubes possam viver uma nova realidade financeira para que possam cumprir seus compromissos com os atletas.
Dirigentes esperam rápida aprovação do projeto de renegociação das dívidas dos clubes (Foto: Fabrício Marques)
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