A arrogância e cegueira de Renato Portaluppi ou seu histórico de títulos e reviravoltas no Grêmio?


Fonte: Leila Krüger

A arrogância e cegueira de Renato Portaluppi ou seu histórico de títulos e reviravoltas no Grêmio?
O Inter venceu, com méritos, o Grenal (ao contrário de em outros clássicos, quando o apito agiu contra o tricolor, ou o Grêmio jogou melhor, ou o jogo foi de igual para igual). O Grêmio vinha bem no segundo turno. E sim, fizeram diferença os prejuízos homéricos que sofreu no apito (VAR): dois jogos muito roubados a favor do Atlético-MG, Raphael Claus Luiz Flávio de Oliveira "nunca falham com o Grêmio". Além disso, pênalti não marcado contra o Criciúma sobre Cristaldo, sobre Diego Costa contra o Fortaleza, que não alterou o resultado, expulsão injusta contra o Botafogo (como contra o Galo) e arbitragem a favor do Corinthians e contra todos. Dito isso, chega de choradeira pela arbitragem e pelo Grenal que acabou. O que me preocupa é o destino de Renato Portaluppi e, em consequência, do Grêmio.

Na coletiva após o clássico, vi um técnico completamente esgotado e "sem cabeça". E com camisa rosa, o que não soa bem para um gremista fanático ou um ídolo do clube (digam o que disserem, não é bobagem). Vi um Renato Portaluppi descompensado. Extremamente arrogante, acuado, xingando todo mundo, provocando o rival. O fato é que o Grêmio só está fora do Z4 pelos pontos conquistados nos jogos em que Renato estava suspenso, em que Salles o substituiu com mais eficiência. Salles seria meu palpite até o fim do ano, caso Renato saia antes do fim de 2024, não precisa buscar técnicos por enquanto a meu entender.

Renato ainda é um técnico muito vencedor, dos mais bem-sucedidos da História (e isso lhe subiu como nunca à cabeça). Roger Machado não é, nunca ganhou grandes títulos e não tem tanta "estrela". Mas é um treinador dedicado e trabalhador, que não faz muito alarme. Pensa o futebol como jogo de xadrez que é. Treina, insiste, observa. Às vezes lhe afeta um pouco a soberba, mas está vivendo um momento único como treinador (embora vergonhosamente assediado pelo Inter às vésperas da decisão da Copa do Brasil, cuja classificação colorada não foi conquistada diante do Juventude de Roger mesmo com o empenho do apito).

Sobre o Inter: podem discordar de mim, mas é uma opinião e não vem do pós-clássico: o Grêmio tem individualidades melhores que o Inter, em geral, incluindo reservas, só que o coletivo deles é muito melhor atualmente, desde preparo físico até tática e raça. No Grenal, vimos a quantidade de gols que eles perderam, e por isso Borré, Valencia e Alan Patrick nunca jogaram em grandes clubes. Marche salvou, mas "bola salva" quase sempre é bola mal chutada ou mal cabeceada. O Grêmio teve ainda seus gols perdidos, em especial com Aravena, Braithwaite e Diego Costa. Sentimos falta de Monsalve e Soteldo. Além disso, o Grêmio não tem volantes de qualidade incontestável além de Villasanti, e Igor Serrote parece o lateral mais promissor hoje. E, incrivelmente, sentimos falta de Reinaldo, lesionado. E as lesões nos atrapalharam muito! Gustavo Martins em ascensão fez falta, vinha sendo nosso melhor zagueiro, como Ely e Jemerson quando se machucaram, e não voltaram bem.

Enfim, me vejo em completa dúvida sobre se Renato Portaluppi deve sair agora ou no fim de 2025, porque acho que deve sair. Mas que seja um nome forte, capaz de conquistar o Octa que a FGF (baseando-me no histórico do apito FGF a favor "deles") e "eles" vão fazer tudo para impedir.

Falando em impedir.

Apenas uma coisa impediria a tendência de uma saída o mais imediata possível de Renato: uma daquelas decolagens do Grêmio quando menos se espera, o que já ocorreu várias vezes. Mas aí volta o problema com a cabeça de Renato: ele está em condições de "segurar essa bomba", presidente Alberto Guerra? Sei que o temor é sair e o Grêmio cair como em 2021, mas, ao mesmo tempo, os últimos três jogos com Renato foram derrotas, ainda que com tantos prejuízos do apito CBF. As derrotas, mesmo sem merecimento, seriam um sinal? Salles está aí para assumir como interino, e gosto muito desse nome e dos times que faz. Times que, sem apito em contrário, teriam 100% de aproveitamento sob seu comando.

E você, gremista, o que faria?

Calma, vamos respirar. Renato tem razão: "eles" não ganham nada há 8 anos, nem estadual, mesmo com ajuda do apito que lhes é frequente nos últimos muitos anos. O Grêmio ainda está por cima. Nesse sentido, o Grêmio poderia se classificar à Sula e ganhar o único título que lhe falta. Falando em títulos e falta de títulos, que vergonha o tratamento do Inter para com os apenas 2 mil torcedores gremistas que foram Hepta em 2024, mesmo contra o apito. Esse tipo de coisa, como tentar condicionar a arbitragem, que quase sempre os ajuda, os faz pequenos. E os casos de racismo, homofobia e violência contra o rival. Desfaz-se totalmente A Dupla, que já devia estar desfeita, inclusive no patrocínio master: a camisa do Clube de Todos é muito mais valorosa hoje, como sua torcida é muito maior.

Vamos ver daqui para frente. O oba-oba do Inter acaba se começar a empatar e perder, o do Grêmio, começará se começar a ganhar e não perder. Talvez o jogo contra o Atlético-GO, lanterna, mas que provavelmente receberá malas-brancas, poderá nos dizer alguma coisa. Falta raça e empenho, mais que qualidade. Agora, reta final, é coração na ponta da chuteira. Não estamos jogando com raça, é físico, má-vontade ou tático? Por exemplo: belo gol no Grenal "deles", mas quantas falhas de jogadores gremistas para aquele gol da vitória? Vi umas cinco no mesmo lance. E, no fim, dois defensores marcavam o baixinho Borré que só empurrou para as redes.

Sem desespero. Porém: "Deus, somos nós de novo...". Fomos operados pelo apito nos últimos jogos (não incluo nisso o Grenal), estamos atravessando o inferno, mas que isso tudo nos faça mais fortes e sábios, como clube e torcida. Ainda somos Hepta e podemos ser Octa, ainda estamos na série A e na Sul-Americana, ainda temos um time, no mínimo, de meio de tabela para cima, que ganhou dos líderes do Brasileirão, ou não o fez pelo apito ou por "apagões".

Aguardamos as decisões que certamente devem ser tomadas agora. Hoje. Doa a quem doer, que nós gremistas estamos sim sangrando azul. E Renato, não use rosa na coletiva e durante o jogo, nem ameace repórteres, e principalmente não repita que é (muito) bom. Mostre. Ser bom é um estado, não um atestado, para quem ainda está na ativa.

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