O Grêmio conquistou a América pela segunda vez há 20 anos. No especial de Zero Hora, parceria da Rádio Gaúcha, você saberá, com detalhes, como os ídolos de uma geração desembarcaram no Olímpico e como levam a vida depois daquela que foi uma das maiores conquistas do clube.
Além de relembrar como o Grêmio revelou e contratou os protagonistas da conquista, confira a campanha que levou ao título, brinque com o game que define com qual jogador de 1995 você mais se parece e saiba onde os atletas estão depois de duas décadas.
Um time histórico, decantado do goleiro ao reserva imediato, o Grêmio bicampeão da América foi montado como se fosse um quebra-cabeças. Luiz Felipe Scolari, o presidente Fábio Koff e o vice de futebol Luiz Carlos Silveira Martins vasculharam o Brasil e a América do Sul para encontrar cada peça que se encaixasse para formar uma máquina de vitórias. Neste especial, você verá como os ídolos de uma geração desembarcaram no Olímpico e como levam a vida 20 anos depois daquela que foi uma das maiores conquistas do Grêmio.
A origem do Bi
Fábio Koff tinha como obsessão voltar a Tóquio quando reassumiu a presidência do Grêmio, no início de 1993, aos 61 anos, aclamado pelo Conselho Deliberativo. Campeão do mundo em 1983, só arriscaria sua biografia se fosse para tentar repetir o maior feito da história do clube. Como primeiro ato, chamou para vice de futebol Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, um ex-adversário político. Ainda que precisasse administrar um caixa minguado – o Grêmio recém havia voltado à Série A –, deu-lhe carta branca para montar um grupo competitivo. Os primeiros frutos vieram ainda no primeiro ano, o Gauchão e o vice-campeonato da Copa do Brasil, com jogadores como Paulão, Pingo, Agnaldo, Fabinho, Gilson e a estrela Dener.
– Em 1993, ganhamos fôlego. No ano seguinte, já conquistamos a Copa do Brasil — recorda Cacalo.
O ex-dirigente, hoje debatedor do Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, observa que a montagem do time de 1995 ocupou todo o segundo semestre de 1994. Com a vaga na Libertadores assegurada, o Brasileirão foi praticamente deixado de lado – o Grêmio terminou em 11º lugar –, para que se discutisse com calma e profundidade as necessidades da equipe. Sem Nildo, em recuperação de lesão no tendão de Aquiles, virou obrigação contratar um novo centroavante. O nome surgiu durante um jogo entre Grêmio e Vasco, no Maracanã.
– Eles tinham um centroavante grandalhão que nos incomodava o tempo todo. Eu e Felipão ficamos aliviados quando o treinador deles o substituiu. E ficamos pensando que ele poderia ser a nossa solução – conta.
O centroavante era Jardel, contratado no início de fevereiro.
Pingo também não ficaria e seria preciso descobrir um novo volante. Dinho foi observado em uma partida entre Santos e Inter, na Vila Belmiro. Assistindo ao jogo juntos, pela televisão, Cacalo e Felipão apreciaram vê-lo "espantando os colorados". E concluíram ser o jogador de que o Grêmio precisava.
Cacalo desmente a versão de que Paulo Nunes tenha vindo como contrapeso para o atacante Magno. Diz que, em troca do zagueiro Agnaldo, o Flamengo colocou a sua disposição uma lista com oito nomes. Assegura ter "escolhido a dedo" o ponteiro direito que faria com Jardel uma dupla que entrou para a história do clube.
Ele busca deixar claro, em resumo, que houve um projeto por trás da conquista. O de montar um time que mesclasse experiência e juventude, qualidade ténica e aguerrimento.
– A palavra-chave no grupo era confiança. Não combinávamos bicho. Os jogadores só me diziam: "vamos ganhar, depois tu acertas conosco". Nunca vi nada parecido. Valeu a pena.
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Além de relembrar como o Grêmio revelou e contratou os protagonistas da conquista, confira a campanha que levou ao título, brinque com o game que define com qual jogador de 1995 você mais se parece e saiba onde os atletas estão depois de duas décadas.
Um time histórico, decantado do goleiro ao reserva imediato, o Grêmio bicampeão da América foi montado como se fosse um quebra-cabeças. Luiz Felipe Scolari, o presidente Fábio Koff e o vice de futebol Luiz Carlos Silveira Martins vasculharam o Brasil e a América do Sul para encontrar cada peça que se encaixasse para formar uma máquina de vitórias. Neste especial, você verá como os ídolos de uma geração desembarcaram no Olímpico e como levam a vida 20 anos depois daquela que foi uma das maiores conquistas do Grêmio.
A origem do Bi
Fábio Koff tinha como obsessão voltar a Tóquio quando reassumiu a presidência do Grêmio, no início de 1993, aos 61 anos, aclamado pelo Conselho Deliberativo. Campeão do mundo em 1983, só arriscaria sua biografia se fosse para tentar repetir o maior feito da história do clube. Como primeiro ato, chamou para vice de futebol Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, um ex-adversário político. Ainda que precisasse administrar um caixa minguado – o Grêmio recém havia voltado à Série A –, deu-lhe carta branca para montar um grupo competitivo. Os primeiros frutos vieram ainda no primeiro ano, o Gauchão e o vice-campeonato da Copa do Brasil, com jogadores como Paulão, Pingo, Agnaldo, Fabinho, Gilson e a estrela Dener.
– Em 1993, ganhamos fôlego. No ano seguinte, já conquistamos a Copa do Brasil — recorda Cacalo.
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– Eles tinham um centroavante grandalhão que nos incomodava o tempo todo. Eu e Felipão ficamos aliviados quando o treinador deles o substituiu. E ficamos pensando que ele poderia ser a nossa solução – conta.
O centroavante era Jardel, contratado no início de fevereiro.
Pingo também não ficaria e seria preciso descobrir um novo volante. Dinho foi observado em uma partida entre Santos e Inter, na Vila Belmiro. Assistindo ao jogo juntos, pela televisão, Cacalo e Felipão apreciaram vê-lo "espantando os colorados". E concluíram ser o jogador de que o Grêmio precisava.
Cacalo desmente a versão de que Paulo Nunes tenha vindo como contrapeso para o atacante Magno. Diz que, em troca do zagueiro Agnaldo, o Flamengo colocou a sua disposição uma lista com oito nomes. Assegura ter "escolhido a dedo" o ponteiro direito que faria com Jardel uma dupla que entrou para a história do clube.
Ele busca deixar claro, em resumo, que houve um projeto por trás da conquista. O de montar um time que mesclasse experiência e juventude, qualidade ténica e aguerrimento.
– A palavra-chave no grupo era confiança. Não combinávamos bicho. Os jogadores só me diziam: "vamos ganhar, depois tu acertas conosco". Nunca vi nada parecido. Valeu a pena.
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