Direção do Grêmio pensa pequeno em contratações


Fonte: Leila Krüger

Direção do Grêmio pensa pequeno em contratações
Para quem já sonhou com Vincent Aboubakar, Alexis Sánchez e outros, o Grêmio tem sonhado pouco para as contratações necessárias. São elas: lateral-esquerdo (caso Reinaldo não seja substituído por Mayk ou Zé Guilherme), meia para substituir Cristaldo (que pode ser Vina, embora já conte com 33 anos), um camisa 5 marcador (só há Dodi na posição no grupo) e um camisa 9. Diego Costa tem lesão grau III, inesperadamente, e pode ficar dois meses fora. Confio que volte antes, como Soteldo que teve lesão no mesmo grau voltou. Mesmo assim, o Grêmio vasculha o mercado com urgência.

O Grêmio, o time mais lesionado de 2024, está com seus possíveis dois reservas gravemente machucados: André Henrique e Jardiel, garotos. Jardiel inclusive voltou aos trabalhos e se lesionou novamente. Há algo grave no DM e na preparação física do Grêmio. Quando Hulk, que tem certa idade, e os veteranos do Flamengo se lesionam? E mesmo os veteranos do Inter, como Alan Patrick, Valencia e Mercado? No Imortal, cada jogo é uma lesão, quase sempre grave.

Mas eu comentei sobre as lesões para destacar que falta grupo ao Clube de Todos, o que já foi comprovado com as derrotas do time reserva ou misto no Brasileirão. E mais: falta pensar em contratações de titulares minimamente qualificados, conceituados, não incógnitas. Vendo as redes sociais, percebo que a maioria da torcida gremista rejeita a contratação de Pedro Raul, que só foi bem no Goiás, mas não no Toluca e no Timão. São 700 mil de salário por mês. Deyverson, do Cuiabá, também está na pauta da direção tricolor gaúcha, e tem muito mais aceitação que Pedro Raul, além de um salário bem mais modesto, ainda que o Maior do Sul tenha de pagar algum valor para sua liberação.

O Grêmio está pensando pequeno, mas sonhando grande em competições. Às portas do Z4, ganhou jogos épicos em que Marchesín brilhou. Falta muito ao Grêmio, no mínimo três titulares (sem contar os zagueiros Jemerson e Rodrigo Caio, e com Diego Costa lesionado). Ao mesmo tempo, a máxima de Renato Portaluppi de que "o jogador se escala" não tem sido verdadeira: Rodrigo Ely faz um jogo bom a cada cinco ou seis, e já comprometeu muito; por que está à frente do jovem promissor, prata da casa e com interesse europeu, Gustavo Martins? Sem experiência e ritmo de jogo, Gustavo Martins não vai evoluir.

A direção do Grêmio e Renato Portaluppi estão sendo bastante limitados, a meu ver, quando pensam em um time que possa ser campeão, ou até escapar do rebaixamento na série A. E já passou da hora, como disse, de rever o DM e a preparação física, nenhum time no mundo pode ter mais lesionados, e gravemente, como o Imortal. É hora de abrir os cofres, buscar investidores, senão, lá na frente, os prejuízos vão ser maiores, financeiros e dentro de campo. Acorda, direção. E Renato: cumpra com sua máxima: quem está jogando melhor, joga. Não cabe a Ely, Reinaldo e JP Galvão.

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