A dor de Renato Portaluppi e a história de lutas do Grêmio


Fonte: Leila Krüger

A dor de Renato Portaluppi e a história de lutas do Grêmio
Na semana passada, Renato Portaluppi deu uma entrevista marcante, em que chegou a se emocionar. Um ser humano e profissional tão acostumado a decisões, dificuldades, lutas e glórias, desabou. O ídolo do Grêmio Football Porto-Alegrense deixou transparecer sua dor, comentando sobre o abalo psicológico no grupo do Imortal, além da desigualdade física e técnica diante dos clubes de fora do Rio Grande do Sul.


Renato mencionou, no entanto, que não quer que ninguém fique com “peninha” do Grêmio, e que o clube “vai à luta, e vai lutar até onde der”. O comandante gremista sabe o que o espera: datas apertadíssimas para jogos decisivos, há mais de um mês sem jogar, a perda do fator mando de campo ao ter de jogar longe da Arena por um bom tempo. Primeiro, no Couto Pereira, onde vai mandar os jogos contra The Strongest - já classificado à segunda fase da Libertadores - e Estudiantes. Depois, possivelmente no estádio Alfredo Jaconi, do Juventude, em Caxias do Sul, e aí ficará mais “pertinho” do principal foco dos seus torcedores que é o Rio Grande do Sul. As instalações do Criciúma não estão descartadas para mandar jogos na Libertadores, caso o Grêmio avance para as oitavas de final - a Conmebol exige algumas especificações técnicas para um estádio receber um jogo de Libertadores da América.


Enfim, assim como o Rio Grande do Sul, o Grêmio vai se reconstruindo. O Imortal sempre cresceu em momentos difíceis, essa é uma das suas marcas. Como na Batalha dos Aflitos, como na Batalha contra o Estudiantes, em que venceu na Argentina com um a menos em campo, como em tantas outras vezes em que estava desacreditado. Por outro lado, a torcida tricolor tem se mobilizado muito nas redes sociais, tanto com donativos e ações para ajudar as pessoas atingidas pelas enchentes, quanto para erguer os ânimos do Clube de Todos, o verdadeiro clube do povo, com a maior torcida do Rio Grande do Sul e do Sul, e, segundo algumas pesquisas, a mais expressiva fora de RJ e SP.


Agora, a palavra é “sobreviver”. Mas no sentido de se reerguer, como uma Fênix - um clichê muito utilizado. O Grêmio aguarda o parecer da CBF, um pedido expresso para que os clubes gaúchos não possam ser rebaixados no Brasileirão 2024, já que estão em claro desnível técnico, físico e psicológico. A CBF terá coração ou apenas bolsos? Ademais, já se sabe que o objetivo maior serão as copas este ano: Copa do Brasil (e a nova camisa, lançada há poucos dias, homenageia essa competição na qual o Grêmio busca sua sexta taça, igualando-se ao Cruzeiro) e “o sonho da glória eterna”, a Libertadores, em que o tetra é uma obsessão.


O Grêmio vai sobreviver e se reerguer, assim como os clubes gaúchos e o Rio Grande do Sul. Para isso, é claro, contamos com a ajuda de todos. Lembramos, por fim, o descaso da prefeitura de Porto Alegre para com o bairro Humaitá, onde fica a Arena do Grêmio, que segue com acesso apenas a barco e casas debaixo d’água. Aguardamos, ainda, as obras no Humaitá que estão retidas no MPRS há mais de 10 anos - e poderiam, em muito, ter amenizado a tragédia. São as contrapartidas para a compra da gestão total da Arena Multiuso UEFA do Grêmio, se não o, um dos estádios mais modernos da América Latina.



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