Grêmio tem razão em reclamar da arbitragem


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Grêmio tem razão em reclamar da arbitragem
O Grêmio jogou muito mal contra o Bahia, no último sábado, enquanto os donos da casa jogaram muito bem com seu estádio lotado. Renato Portaluppi escalou mal, ainda não sabe que Gustavo Martins é melhor e mais valorizado que Ely, embora o salário deste seja astronômico, ao passo que a renovação com o jovem promissor selecionável é uma novela. Quem renovou o contrato de Ely? Por que não querem pagar um terço ou menos para Gustavo Martins, e quase não o utilizam para ganhar ritmo de jogo? Quem contratou Nathan Pescador por 450 mil por mês, o goleiro Rafael Cabral 400, Edenílson 600, não havia necessidade. Antonio Brum e Alberto Guerra deviam ter contratado dois zagueiros e um primeiro volante, ao menos, só há Dodi na função, já que Villasanti é volante ofensivo box to box. Du Queiroz é totalmente insuficiente, Soteldo ainda não "voltou" após a lesão, Kannemann decaiu muito e o gol tomado está na sua conta, mas também na falta de marcação no meio gremista.

Para além disso, vários jogadores estão lesionados, é praticamente uma lesão por jogo e geralmente grave, grau II. O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, mudou o preparador físico e o DM, mas não adiantou muito: o time pouco corre, não tem arranque e lidera em número de lesões no Brasil em 2024. Pior, muitos jogadores sem previsão de retorno: Pavón, Mayk (bom lateral, acertou a esquerda que foi um problema ontem), Jhonata Robert, Geromel (deviam ter contratado seu substituto, que NÃO é Ely, nem de longe), Pepê (em recuperação), Diego Costa (idem)...

Para terminar, falando em Diego Costa: foi expulso no banco do Grêmio, após uma pessoa que não poderia estar ao lado do campo dizer ao árbitro que o atacante havia xingado o quarto árbitro. Ninguém ouviu. Mas o pior é que essa pessoa tem cargo de chefia na arbitragem da Bahia, e a CBF alterou sua função, que não era de delegado na partida, mas assessor, na madrugada pós-jogo em seu site - assessor não pode estar em campo, e mesmo delegado não pode interferir na arbitragem. Renato Portaluppi mandou todo o banco para o vestiário, exceto os médicos.

Estaria John Textor com razão sobre a manipulação no Campeonato Brasileiro? Ele, que foi suspenso por questionar - algo que vem sendo comum no nosso país, pessoas punidas por questionarem órgãos públicos e políticos. Textor apresentou provas robustas, e várias coisas estranhas continuam acontecendo: árbitros que cometem "erros" grosseiros contra ou a favor sempre dos mesmos times. Bráulio, o apito de ontem, tem largo histórico de prejudicar o Tricolor Gaúcho, já se sabia. Picotou todo o jogo com amarelos exagerados ou ignorados, inverteu faltas, deixou os atletas gremistas irritados pela falta de critério.

É claro que a arbitragem não exime o Grêmio de ter jogado mal, e a direção, de não ter contratado jogadores e comissão técnica mais qualificada no preparo físico. Porém, o Imortal já foi escandalosamente roubado contra o Vasco, em pênalti claro que o árbitro (outro com histórico de prejudicar o Grêmio, Flávio de Souza) ignorou as imagens do VAR. O Clube de Todos perdeu o Brasileirão 2023 por um lance semelhante, em ambos não foi marcado pênalti e o pênalti era claro.

Não é caso de "largar o Campeonato Brasileiro de mão", como disse Renato, no calor do momento, mas na minha opinião o Brasil e vários clubes precisam começar a questionar a possibilidade de corrupção no futebol, que pode envolver casas de apostas e favorecimento descarado de alguns clubes em detrimento de outros. E não apenas criticar Textor, como alguns jornalistas e até torcedores vêm fazendo. Se querem provar inocência, mostrem que são inocentes: movimentações em contas de dirigentes e árbitros da CBF, por exemplo.

Títulos e jogos, muitas vezes, se perdem e se ganham nos detalhes. Os árbitros e a CBF sabem disso. A CBF não é inquestionável, e tem a obrigação de mostrar lisura e se explicar. Já o Grêmio tem a obrigação de contratar melhores jogadores (e mais rápido) e de justificar tantas contratações caras e ineficientes, além do mau preparo físico e das dúvidas que pairam sobre o Departamento Médico. O Grêmio está em crise, não vamos negar. Vai muito além do apito, mas passa por ele.

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