Um ano inesquecível neste século: Grêmio

| Crédito: Arquivo Placar

O século foi pobre de conquistas para o Grêmio. A grande conquista do clube foi a Copa do Brasil de 2001. Contudo, 2001 não foi o ano escolhido por PLACAR como melhor ano do Tricolor no século. A escolha foi pelo ano de 2007, quando o clube esteve muito perto do tricampeonato da Copa Libertadores.

O ano começou com o Grêmio ainda colhendo frutos do bom trabalho de Mano Menezes. Em 2004, o Tricolor fora rebaixado como lanterna do Brasileiro. Em 2005, subiu após muito sufoco na batalha dos Aflitos. Temia-se que o clube sofreria no Brasileiro de 2006. Contudo, o clube foi muito bem. Acabou em terceiro na série A e garantiu vaga na Copa Libertadores de 2007, graças ao trabalho competente de Mano Menezes.

Mesmo na Copa Libertadores, o Tricolor fez um Campeonato Gaúcho impecável. Enquanto no Grupo A, o Internacional (que também estava na Libertadores) falhava na tentativa de se classificar, ficando em quarto, o Grêmio classificou-se direto para a semifinal do torneio, graças ao primeiro lugar no Grupo B, com apenas uma derrota na primeira fase.

Na semifinal, parecia que o Grêmio ficaria para trás. O Caxias, ex-clube de Mano Menezes, venceu a primeira semifinal, em casa, por 3 x 0, obrigando o Grêmio a se desdobrar par alcançar a final. Contudo, no Olímpico, o Tricolor foi enorme e classificou-se com goleada de 4 x 0 sobre o rival. A final foi contra outro time de Caxias do Sul, dessa vez o Juventude. No primeiro jogo, em Caxias, empate em 3 x 3. Na decisão, no Olímpico, o Grêmio fez 4 x 1 e ficou com a taça do estadual.

Contudo, o grande sonho da temporada era a Copa Libertadores. E o Grêmio foi muito bem no torneio. Contudo, o começo foi duro. A estreia foi contra o Cerro Porteño, no Olímpico, com vitória de 1 x 0. Na segunda partida, em casa, o empate com o Cúcuta, da Colômbia, parecia um sinal ruim. A coisa piorou na terceira rodada, em derrota normal para o Deportes Tolima, na Colômbia, por 0 x 1. No returno o Tricolor cresceu e venceu o Tolima, em casa, por 1 x 0. Contudo, novamente na Colômbia, o time sofreu, com derrota por 1 x 3 para o Cúcuta. Na última rodada, o Grêmio chegava com sete pontos, empatado com Deportes Tolima e Cerro Porteño. O Cúcuta, mais ameaçado, vinha com seis.

Na última rodada, o Tolima recebia o Cúcuta e o Cerro recebia o Grêmio, que estava seriamente ameaçado. O saldo de gols do Grêmio era pior. Portanto, empate significava eliminação. Mas o Tricolor fez sua parte, venceu por 1 x 0 e se classificou em primeiro, já que o Cúcuta vencera o Tolima na Colômbia.

Como sétimo melhor primeiro, o Tricolor enfrentaria o segundo melhor segundo, que era o atual duas vezes finalista, o São Paulo. O primeiro jogo foi no Morumbi, e o time paulista venceu por 1 x 0. Contudo, no Olímpico, o Grêmio mostrou sua força e venceu por 2 x 0.

Nas quartas de final, o adversário era o Defensor, do Uruguai. Fora de casa, derrota de 0 x 2. No Olímpico, o Tricolor devolveu o placar e levou o jogo para os pênaltis. Nas penalidades, os brasileiros passaram com vitória por 4 x 2.

A semifinal seria contra o Santos, outro brasileiro que vinha forte. E dessa vez a decisão era fora de casa. No primeiro jogo, no Olímpico, vitória por 2 x 0 do time gaúcho. Na partida de volta, na Vila, o Santos venceu por 3 x 1, mas o gol marcado no litoral paulista deu a vitória ao time gaúcho.

Gremistas comemoram classificação contra o Santos, na Vila Belmiro | Crédito: Site oficial do Grêmio

Na decisão, o Tricolor decidiria em casa, mas o Boca Juniors foi muito superior. O clube argentino praticamente matou o confronto no primeiro jogo, com vitória por 3 x 0. No Olímpico, o Tricolor perdeu novamente, agora por 0 x 2, inclusive com o Boca perdendo pênaltis.

O vice da Libertadores tirou um pouco da concentração do clube no Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, o time não fez um mal torneio. o clube foi sexto colocado, com 58 pontos, a dois do Cruzeiro, que se garantiu na Libertadores de 2008. De quebra, o clube ainda rebaixou o Corinthians para a série B do Brasileiro, na última rodada do torneio.

Torcida Tricolor não tem boas lembranças do 'show' de Riquelme em 2007 | Crédito: Alexandre Battibugli

GRANDE FORÇA
Base construída por Mano Menezes: O trabalho de Mano Menezes começara na série B do Brasileiro, em 2005. Passou pela batalha dos aflitos, montou um bom time em 2006, classificou-se para a Copa Libertadores e, em 2007, no terceiro ano de trabalho e uma equipe redonda, fez um ótimo trabalho. Só faltou o título da Libertadores.

Mano Menezes era o comandante da equipe em 2007 | Crédito: Edison Vara

PERSONAGEM
Tcheco: Diego Souza brilhou, fez gols importantes. Lucas Leiva ainda era o volante do clube na Libertadores, sendo importantíssimo, nas boas campanhas no primeiro semestre. Tuta foi um dos artilheiros do time da temporada. Contudo, o homem do time era Tcheco. O meia comandou a equipe, foi o artilheiro do Inter na Libertadores, com três gols e foi importante durante toda a temporada.

Tcheco foi o meia que comandou o time gaúcho | Crédito: Edison Vara

GRANDE JOGO
06/06/2007 - Santos 3 x 1 Grêmio: Foi uma derrota! Sim, mas significou a classificação do Grêmio à final da Copa Libertadores. O clube já havia vencido a partida de ida por 2 x 0. Na volta, o gol fora de casa classificou o Tricolor para a decisão. E foi em um belo gol de Diego Souza, abrindo o placar, que o sonho se concretizou.

Diego Souza comemora o gol que classificou o Grêmio contra o Santos | Crédito: Site oficial do Grêmio

TÍTULOS
- Campeonato Gaúcho

Grêmio conquistou o Gauchão em 2007 | Crédito: Edison Vara

CAMPANHA
72 jogos, 38 vitórias, 10 empates e 24 derrotas - 107 gols pró e 77 gols contra - 57,4% de aproveitamento


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