O resultado necessário para passar de fase na Copa do Brasil veio brindada com a emoção dos pênaltis. O Grêmio superou o Criciúma em mais uma partida marcada pela raça, mas não pela qualidade técnica. A entrega dos jogadores deve ser evidenciada, sim. Mas aquele futebol competente e envolvente, que comentávamos há 4 jogos atrás, sumiu do time. O que aconteceu com a qualidade técnica que o Grêmio vinha apresentando? Por que regredimos?
A ofensividade da equipe vinha sendo a característica responsável pela evolução do time. Roger tornou o time extremamente atacante, insistente no gol, com pressão inicial que quase sempre resultava em gol nos primeiros 20 minutos de jogo. O Grêmio massacrava, devorada o adversário. O time tinha limitações, sim, mas deu liga e entrosou porque os diversos setores do esquema (zaga, meio, laterais e ataque) jogavam harmonicamente, de tal forma que nos fizera acreditar em título.
Na medida que abrimos mão da ofensividade, diminuímos consideravelmente as chances de gol, a posse da bola no campo adversário e sofremos muito mais pressão adversária, justamente por eles ficarem mais com a bola. Entretanto, abrir mão do “ataque total” gremista acabou sendo uma consequência dos desfalques que surgiram nos últimos jogos. Melhor dizendo, o time acabou mudando sua postura em campo porque não conseguiu sustentar aquele estilo de jogo, uma vez que perdeu peças fundamentais para a harmonia dos setores. Uma das principais armas do time, além de Luan, era a chegada dos volantes ao ataque. Maicon e Walace eram onipresentes, e povoavam o ataque com suas chegadas-surpresa. No entanto, com a saída de Marcelo Oliveira, por lesão, Walace não conseguiu mais se apresentar ao ataque, devido a fragilidade exposta no lado esquerdo.
Esse recuo dos volantes foi ainda mais necessário tendo em vista que o Grêmio joga com o lateral direito bem ofensivo, quase como ponta. Marcelo Oliveira costumava estar recuado, na linha de zaga, permitindo o avanço natural dos volantes, sem comprometer a defesa. Hoje isso é inviável, pois Galhardo está sempre lá no ataque, e quando recompõe, executa muito mal a função. Não se posiciona bem e muitas vezes prejudica Geromel, quem vem salvando várias jogadas no espaço que sobra por ali. Pelo lado esquerdo, Marcelo Hermes não consegue ser tão eficiente quanto o Oliveira. Ele não é mau jogador, apenas está ainda “verde” para ser titular. Acredito, até, que poderá evoluir e servir no futuro, mas é insuficiente para aquela estratégia ofensiva que o Grêmio vinha usando. Além disso, Rhodolfo está de saída, uma perda considerável para a zaga que vinha sendo uma das melhores do país.
A falta de reposição à altura das peças que perdemos afetou diretamente a tal harmonia dos setores, ou seja, desmantelou completamente a consistência que a equipe tinha conquistado com Roger. Não é possível ser ofensivo quando se tem uma defesa vulnerável, não é possível atacar com 7 jogadores quando não se tem bem estruturadas as linhas de marcação, para que o time não ceda espaços. Sem a presença de Walace e Maicon no ataque, o Grêmio voltou a ser aquele time amarrado e previsível de antes - por isso os erros de passe também aumentaram.
Mesmo assim, o tricolor até se vira lá na frente, mas defensivamente virou uma lambança. Os laterais prejudicam diretamente os volantes que, sobrecarregados, jogam mal. Não é coincidência a queda de rendimento do bom jogador Walace: as coisas vão ocorrendo num efeito cascata.
Furo nas laterais > perda da ofensividade dos volantes > ataque estagnado.
Portanto, não ter elenco é estar sujeito a colocar a evolução conquistada por água abaixo. Também vale dizer que algumas coisas poderiam ser pensadas de um jeito diferente por Roger, como por exemplo, as substituições. Braian Rodriguez, Edinho e Fernandinho são sempre suas escolhas desesperadas pelo gol – talvez as 3 piores escolhas que poderia fazer das opções que tem. Poderia tentar Maxi Rodriguez ou Lincoln e dar mais técnica ao meio campo. Outra coisa é a cobrança de faltas perto da área; é inexplicável que Luan não seja o cobrador, sendo que o último gol de falta do Grêmio foi dele.
Bem estes são detalhes que sequer seriam levados em consideração se o time estivesse jogando bem, mas o fato é que estamos completamente dependentes de determinados jogadores. Nos resta torcer pelo retorno de Marcelo Oliveira e, quem sabe, muito esperançosamente falando, pela vinda de algum reforço na zaga ou nas laterais, para Roger tentar recuperar o ritmo que o Grêmio vinha tendo. Enquanto isso, nos abraçamos na competência de um grande goleiro e na raça do time para sobreviver na Copa do Brasil e no Brasileirão, nossos desafios definidos até o final do ano.
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A ofensividade da equipe vinha sendo a característica responsável pela evolução do time. Roger tornou o time extremamente atacante, insistente no gol, com pressão inicial que quase sempre resultava em gol nos primeiros 20 minutos de jogo. O Grêmio massacrava, devorada o adversário. O time tinha limitações, sim, mas deu liga e entrosou porque os diversos setores do esquema (zaga, meio, laterais e ataque) jogavam harmonicamente, de tal forma que nos fizera acreditar em título.
Na medida que abrimos mão da ofensividade, diminuímos consideravelmente as chances de gol, a posse da bola no campo adversário e sofremos muito mais pressão adversária, justamente por eles ficarem mais com a bola. Entretanto, abrir mão do “ataque total” gremista acabou sendo uma consequência dos desfalques que surgiram nos últimos jogos. Melhor dizendo, o time acabou mudando sua postura em campo porque não conseguiu sustentar aquele estilo de jogo, uma vez que perdeu peças fundamentais para a harmonia dos setores. Uma das principais armas do time, além de Luan, era a chegada dos volantes ao ataque. Maicon e Walace eram onipresentes, e povoavam o ataque com suas chegadas-surpresa. No entanto, com a saída de Marcelo Oliveira, por lesão, Walace não conseguiu mais se apresentar ao ataque, devido a fragilidade exposta no lado esquerdo.
Esse recuo dos volantes foi ainda mais necessário tendo em vista que o Grêmio joga com o lateral direito bem ofensivo, quase como ponta. Marcelo Oliveira costumava estar recuado, na linha de zaga, permitindo o avanço natural dos volantes, sem comprometer a defesa. Hoje isso é inviável, pois Galhardo está sempre lá no ataque, e quando recompõe, executa muito mal a função. Não se posiciona bem e muitas vezes prejudica Geromel, quem vem salvando várias jogadas no espaço que sobra por ali. Pelo lado esquerdo, Marcelo Hermes não consegue ser tão eficiente quanto o Oliveira. Ele não é mau jogador, apenas está ainda “verde” para ser titular. Acredito, até, que poderá evoluir e servir no futuro, mas é insuficiente para aquela estratégia ofensiva que o Grêmio vinha usando. Além disso, Rhodolfo está de saída, uma perda considerável para a zaga que vinha sendo uma das melhores do país.
A falta de reposição à altura das peças que perdemos afetou diretamente a tal harmonia dos setores, ou seja, desmantelou completamente a consistência que a equipe tinha conquistado com Roger. Não é possível ser ofensivo quando se tem uma defesa vulnerável, não é possível atacar com 7 jogadores quando não se tem bem estruturadas as linhas de marcação, para que o time não ceda espaços. Sem a presença de Walace e Maicon no ataque, o Grêmio voltou a ser aquele time amarrado e previsível de antes - por isso os erros de passe também aumentaram.
Mesmo assim, o tricolor até se vira lá na frente, mas defensivamente virou uma lambança. Os laterais prejudicam diretamente os volantes que, sobrecarregados, jogam mal. Não é coincidência a queda de rendimento do bom jogador Walace: as coisas vão ocorrendo num efeito cascata.
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