
“Alterei a estrutura do time, acrescentei os meus conceitos e passamos a jogar de uma forma que mostrava algo que acredito em relação ao futebol.” A frase de Roger Machado exemplifica o que é o Grêmio do Brasileiro, vice-líder após vencer o Vasco na Arena: um time que aplica os modernos conceitos de um técnico que estudou e buscou conhecimento.
Roger manteve a base de Felipão, alterando o posicionamento de Luan, centralizado na frente de Giuliano, Douglas e Pedro Rocha: o 4-2-3-1 comum no Brasil. O que não é comum é a execução: intensa, movediça e compacta.
A principal mudança, talvez a menos conhecida, é no treino. Ao invés de longos coletivos, treinos curtos e muito intensos. As sessões duram 45 minutos e são pensadas para fazer o atleta pensar mais rápido e otimizar as ações no campo. Como Galhardo falou, “quando você treina forte, você joga forte”: o Grêmio de Roger treina menor, mas melhor e mais forte.
Isso é visto diretamente no campo: a INTENSIDADE do jogo, a palavra em moda, aumentou pois o treino também é intenso. Os jogadores fazem tudo mais rápido: ataque, transição, recomposição. Veja no frame: sem a bola, time no próprio campo compactado em 15 metros e Luan e Douglas voltando para tirar os espaços do adversário.
Recuperar a bola lá na frente também é importante - no futebol atual, a defesa começa no ataque, abafando a saída de bola do oponente e forçando o chutão, como no lance abaixo. Veja que Douglas, tido como “lento e preguiçoso”, desmistifica essa conceito e também ajuda no pressing.
Intensidade, ou melhor, jogar de forma moderna, não depende de característica do jogador, mas sim de posicionamento e velocidade nas ações. É injusto cobrar de Douglas que ele corra como o Luan, mas se ele SE POSICIONA e PENSA melhor e mais rápido, estará sendo tão intenso e coletivo como se cobra.
Isso vale também para a transição entre defesa e ataque. Não basta ter volantes de bom passe: é preciso um mecanismo coletivo para que a bola circule melhor. Veja que Maicon faz a saída de 3 e automaticamente Luan, Douglas e Giuliano recuam para criar LINHAS DE PASSE. É bem mais fácil pro Maicon acertar um passe de 5 metros com o recuo do Luan que acertar um de 20 se ele fica espetado, esperando a bola lá na frente.
Esse movimento coletivo na saída de bola desarticula a marcação do adversário: se todos ficam se movimentando, como o Vasco vai definir as marcações? Como Roger disse, “futebol é uma grande roda de bobinho”. É o que o Grêmio faz: movimenta os meias, com todos deixando o posicionamento inicial e criando ESPAÇOS no ataque. Veja na imagem: o time ocupa o terço final e Giuliano vê todos se movimentarem, ligando para Galhardo.
Menos de 3 segundos depois (!), Galhardo já vê Douglas, Luan e P. Rocha na área. Douglas recebe e pode concluir ou passar para o camisa 7, livre. Veja que o movimento é muito rápido e organizado: Galhardo apoiou assim que Giuliano tocou na bola, Douglas avançou. Jogo coletivo.
O camisa 7, teoricamente a “referência do 4-2-3-1”, recua e, como Roger fala, tem “um mundo na frente” para usar de seu drible, a vitória pessoal, e também quebrar a marcação do adversário, que fica desnorteada: fecha 2 em Luan e deixa o restante livre ou tenta marcar? Impossível: o Grêmio não deixa os outros pensarem com tanta velocidade e intensidade assim.
Se em 10 jogos impressiona, o torcedor gremista tem muitos motivos para levantar a hashtag #VidaLongaAoRogerNoGremio. O técnico chegou com desconfiança, mas mostra que o futebol atual, além de derrubar velhas ideias propagadas por aí, também pode ter o espírito que o torcedor gosta.
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Roger manteve a base de Felipão, alterando o posicionamento de Luan, centralizado na frente de Giuliano, Douglas e Pedro Rocha: o 4-2-3-1 comum no Brasil. O que não é comum é a execução: intensa, movediça e compacta.

Isso é visto diretamente no campo: a INTENSIDADE do jogo, a palavra em moda, aumentou pois o treino também é intenso. Os jogadores fazem tudo mais rápido: ataque, transição, recomposição. Veja no frame: sem a bola, time no próprio campo compactado em 15 metros e Luan e Douglas voltando para tirar os espaços do adversário.


Isso vale também para a transição entre defesa e ataque. Não basta ter volantes de bom passe: é preciso um mecanismo coletivo para que a bola circule melhor. Veja que Maicon faz a saída de 3 e automaticamente Luan, Douglas e Giuliano recuam para criar LINHAS DE PASSE. É bem mais fácil pro Maicon acertar um passe de 5 metros com o recuo do Luan que acertar um de 20 se ele fica espetado, esperando a bola lá na frente.




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