Aplaudido, Roger elogia "paciência" do time e pede calma ao torcedor

Roger elogiou "jogo de paciência" do Grêmio diante do Vasco (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

Bater o Vasco, vice-lanterna, neste sábado, na Arena, pela 13ª rodada do Brasileirão, não foi tarefa fácil para o Grêmio, mesmo que esteja entre os integrantes do G-4. Exigiu da equipe de Roger Machado mais do que esforço e dedicação, despejados durante os 90 minutos de partida, mas, sim, desempenhar um "jogo de paciência" diante de um adversário retrancado longe de seus domínios. Tanto que o placar, vitória por 2 a 0, só foi construído com gols na segunda etapa, com desempenho elogiado pelo comandante na entrevista coletiva após a partida.

E graças, em parte, à conversa no intervalo. De acordo com o treinador, mesmo que breve, o papo com os atletas no vestiário foi fundamental para identificar alguns erros da equipe e, assim, polir as jogadas de ataque até que saíssem os tentos - o primeiro, contra, de Anderson Salles, e o segundo de Pedro Rocha.

- O intervalo é muito curto. Você tem 15 minutos, mas você consegue falar cinco minutos com os atletas. Nossa dificuldade no primeiro tempo é que a gente não fez a bola bater nos dois corredores. O Vasco fez um bloqueio baixo, e nossa linha de criação estava ficando um segundo a mais com a bola. Em alguns momentos, a gente rodou a bola, ela chegou ao Pedro, e ele tentou finalizar, quando podíamos entrar do outro lado. A gente falou que ia ser um jogo de paciência, que nosso gol sairia. Sabíamos que era um jogo de quebra-cabeças, de xadrez. Que eles viriam fechados. Teríamos que bater nos corredores, no terceiro setor do campo, e foi justamente ali que saiu nosso primeiro gol - avaliou o comandante.

Com o placar encaminhado na segunda etapa, os mais de 34 mil torcedores que foram à Arena fizeram Roger Machado relembrar os tempos de jogador, nos anos 90, ao gritar o nome do treinador. Manifestação que, se por um lado o deixa feliz, leva o treinador a pedir que a torcida siga com a confiança no desempenho da equipe durante as partidas.

- Modéstia a parte, já tinha ouvido outras vezes, década de 90 era muito vitorioso. Não era tão raro acontecer. Mas é muito bom que nos incentivaram, nos apoiaram, e na terça-feira, nos jogos em casa, eu quero mais. Quero que o torcedor venha e se comporte da mesma forma. Percebo o torcedor ansioso quando a gente ganha o terceiro terço do campo, e pede que jogue a bola na área. Calma, eu vou criar alternativa para botar melhor a bola. Acreditem na nossa proposta, no nosso conceito, no que os jogadores estão fazendo dentro de campo, que estão sendo a fidelidade do que a gente planifica. A vitória vai ser pra eles no final do jogo. É sempre agradável ouvir seu nome gritado por 34 mil pessoas em um estádio - afirma Roger.

Com o resultado deste sábado, o Tricolor dorme na vice-liderança do Brasileirão, com 26 pontos somados. A equipe pode ser ultrapassada pelo Fluminense, que entra em campo neste domingo. De qualquer maneira, assegura a manutenção no G-4. O Grêmio volta aos gramados na próxima terça-feira, às 21h, quando recebe o Criciúma na Arena, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Depois, no sábado, ás 18h30, vai ao Rio de Janeiro encarar o Flamengo pela 14ª rodada do Brasileirão.

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