Imagens: Anderson Fetter
O presidente da Arena Porto-Alegrense, Eduardo Peña, 38 anos, fala com entusiasmo sobre a operação do estádio. No primeiro semestre de 2015, obteve uma média de 20 mil torcedores e projeta aumentá-la para 25 mil até o final do ano. Além disso, transformou o estádio numa verdadeira casa de shows.
A projeção é realizar 50 eventos, entre festas, feiras, exposições e desfiles até o final do ano. Dobrando o total do ano passado, que foi de 24. Em entrevista a ZH, Peña fala dos planos para trazer a próxima luta de Fabrício Werdum para o estádio, um show do Coldplay, a ocupação no entorno da Arena e também sobre a venda de naming rights. Veja os principais trechos da conversa.
Como está a média de público este ano?
A torcida está surpreendendo. Nossa média histórica é de quase 24 mil, desde o início da Arena. Neste ano, estamos com uma média de 20 mil, contando Gauchão e os primeiros jogos do Brasileirão. A tendência é aumentar, teremos, ao total, 36 jogos nesta temporada. Esperamos chegar a 25 mil.
E a experiência com o horário das 11h no Brasileirão?
Não mudou muito a operação. O que modificou foi a forma de chegar na estimativa de público, até porque a gente não tinha nenhum precedente. Nossa estimativa de público leva em conta o horário. A maior diferença é que abrimos os portões uma hora antes do jogo, quando o normal é duas horas.
Como é a estrutura da gestora da Arena Porto-Alegrense?
Hoje temos 60 funcionários na gestora. Mas também temos muitos terceirizados, para limpeza, estacionamento, seguranças e operação do telão. Em dias de jogos, conforme o tamanho, a gente chega a ter 200 orientadores e seguranças. Além da presidência, estamos divididos nas áreas de operações, comercial, marketing, facilities (manutenção), imprensa, jurídico e financeiro.
E a captação de eventos para a Arena?
A gente está avançando muito nesta área. Antes, não tínhamos o know-how. Neste ano, queremos duplicar o número do ano passado, quando fizemos 24. Agora, a meta é 50 até o final do ano. Estamos indo atrás das produtoras, mostrando nossos espaços. Podemos usar várias áreas da Arena ao mesmo tempo. Se a gente já não é uma Arena multiuso, estamos perto de chegar a isso.
O gramado terá proteção em shows de grande porte?
Em todos os eventos que demandam gramado, a nossa exigência é ter uma proteção efetiva. E quem determina as especificações é nossa especialista em gramado. A proteção deixa a grama respirar, o dano é nulo. E a desmontagem é feita rapidamente. Sem isso, o campo não pode ser utilizado. Temos vários cuidados nesta parte, o futebol é o nosso principal conteúdo.
E as negociações para trazer o UFC para a Arena?
Estamos iniciando uma conversa, amadurecendo a ideia com o UFC. Seria a revanche do Werdum dentro da Arena, já que ele é um gremista fanático. Tem 50% de chances de acontecer. Os empresários dele têm interesse e o próprio Werdum já disse que deseja lutar na Arena. Agora, temos um caminho para percorrer. Uma longa negociação para fechar o calendário com o UFC.
Como seria feita a cobertura do octógono?
O evento não é nosso, a gente oferece a Arena. Mas a expectativa deles é colocar mais de 30 mil pessoas no estádio. O octógono ficaria no meio do gramado. Tem que ter uma cobertura, ao menos do octógono. Está sendo definido se seria de todo o estádio ou não. Utilizaria todos os espaços, camarotes, cadeiras gold, superior. E instalaria cadeiras no gramado também.
Existem negociações para um show do Coldplay?
É algo que está em conversação. Já temos algumas tratativas avançadas, mas depende da agenda deles. O show pode ocorrer em março.
A venda da gestão ao Grêmio afeta os eventos?
Os contratos serão mantidos. Serve para tudo, para camarotes, prestação de serviço, agenda de shows. Isso será mantido.
Grêmio diz que funcionários da Arena serão mantidos.
Ainda não nos passaram nada. Acredito que este modelo está sendo conversado pelo Grêmio e a OAS. O importante é, seja qual for o modelo, que o clube aproveite nosso aprendizado e siga a partir daí. Que aproveite o conhecimento que se adquiriu na operação. Nós fomos a primeira Arena a ser inaugurada, temos uma boa bagagem.
E a situação dos empreendimentos no entorno da Arena?
O empreendimento residencial está quase pronto, será entregue este ano. Já tem algumas torres prontas, a infraestrutura está sendo finalizada. A rua que contorna também já está pronta. No final do ano, já deve ter gente morando lá. Também tinha um hotel e um shopping previstos. Isso foi montado para ter uma sinergia, uma coisa alimenta a outra.
E a captação de novos parceiros comerciais?
Já temos um restaurante funcionando lá, o Seraphine. Também vai abrir uma casa de festas para crianças, que ainda está em obras. E um café será aberto na esplanada da Arena, próximo da GrêmioMania. A ideia é ter um mix de lojas na esplanada. Cerca de 9 mil pessoas vão morar ali nestes novos apartamentos e podem se valer da Arena para o seu dia a dia.
Qual a situação das obras viárias no entorno da Arena?
Houve um acordo judicial em que a OAS se comprometeu a fazer as obras. E já começou a executá-las, tanto que já está entregando algumas delas. Fora as contrapartidas, obras em praças, centro comunitário, reforma em escolinhas. Há um cronograma ajustado, com a previsão de duplicação da Av. AJ Renner, a principal obra, que deve iniciar no final do ano.
E a venda dos naming rights? Seria casada com o Beira-Rio?
Ainda não temos nada encaminhado neste sentido. A venda vai acontecer, as arenas vão vender seus namings. Mas não sei dizer quando. Existem assuntos pendentes, em nível nacional. A questão da televisão divulgar o nome é importante. O mercado está olhando para ver como isso vai se acomodar. O Allianz Parque, em São Paulo, foi bem sucedido. E creio que não é necessário uma negociação conjunta com o Inter. A rivalidade é grande, mas a marca de material esportivo do Inter não é a mesma do Grêmio. E nenhum gremista deixou de comprar por isso.
Houve risco de os bancos impedirem o funcionamento da Arena?
Acho difícil que isso acontecesse. Até houve um receio. Mas hoje tudo está tranquilo. A Arena nunca deixou de funcionar, a gente se esforçou para manter o mesmo padrão de atendimento. Esta é minha missão lá. Preciso de recursos, mas não interfiro nestas questões. Minha função é aumentar os lucros com a operação. Seja com bilheteria, eventos ou aluguel de espaços.
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