Cartões por reclamação representam 23% do total; são 13,4 deles por rodada

Nas sete primeiras rodadas do Brasileirão 2015, foram 409 advertências, sendo 94 por contestações a árbitros. Chape lidera quesito. Galo e Figueira, os mais disciplinados


Fonte: GloboEsporte

Cartões por reclamação representam 23% do total; são 13,4 deles por rodada
A nova orientação dada aos árbitros, de "tolerância zero" com as reclamações, ainda gera polêmica e provoca um número que chama a atenção. Um levantamento do Espião Estatístico* aponta que nas sete primeiras rodadas do Brasileirão 2015 foram mostrados 94 cartões por reclamação, o que representa 23% do total de 409 advertências. Ou seja, em média, são 13,4 cartões amarelos ou vermelhos a cada rodada por protestos contra a decisão da arbitragem.

O dado evidencia o mau hábito dos jogadores e, em alguns casos, certo excesso de quem apita, como na expulsão de Lisandro López, do Internacional, contra o Coritiba, quando o atacante recebeu dois amarelos em sequência por fazer falta e depois reclamar junto ao árbitro André Luiz de Freitas Castro, que registrou a fala do jogador na súmula: "Não foi para cartão amarelo. Não fiz nada. Por que você fez isso?".

Parte dos jogadores tem tido dificuldade para lidar com os árbitros. O santista Lucas Lima, por exemplo, está suspenso do clássico contra o Corinthians justamente porque acumulou três cartões por reclamação. O depoimento de Diego Souza, do Sport, ilustra a essa dificuldade de se adequar ao novo estilo da arbitragem:

A nova orientação dada aos árbitros, de "tolerância zero" com as reclamações, ainda gera polêmica e provoca um número que chama a atenção. Um levantamento do Espião Estatístico* aponta que nas sete primeiras rodadas do Brasileirão 2015 foram mostrados 94 cartões por reclamação, o que representa 23% do total de 409 advertências. Ou seja, em média, são 13,4 cartões amarelos ou vermelhos a cada rodada por protestos contra a decisão da arbitragem.

O dado evidencia o mau hábito dos jogadores e, em alguns casos, certo excesso de quem apita, como na expulsão de Lisandro López, do Internacional (veja o vídeo acima), contra o Coritiba, quando o atacante recebeu dois amarelos em sequência por fazer falta e depois reclamar junto ao árbitro André Luiz de Freitas Castro, que registrou a fala do jogador na súmula: "Não foi para cartão amarelo. Não fiz nada. Por que você fez isso?".

Parte dos jogadores tem tido dificuldade para lidar com os árbitros. O santista Lucas Lima, por exemplo, está suspenso do clássico contra o Corinthians justamente porque acumulou três cartões por reclamação (veja o vídeo abaixo). O depoimento de Diego Souza, do Sport, ilustra a essa dificuldade de se adequar ao novo estilo da arbitragem:

Se somados, os cartões motivados por ações de combate ao adversário ainda são maioria (65%). Porém, a porcentagem de advertências causadas por reclamação, comemoração de gol indevida, simulação e outros atos de indisciplina, é bem significativa. Totalizam mais de um terço (35%), com destaque para a reclamação (23% do total de 409).

Ranqueados em 15 diferentes tipos de infração, os cartões deixam claro o risco de se contestar a decisão da arbitragem no atual Brasileirão. Nem mesmo jogadas corriqueiras, como calçar um adversário, motivaram tanto os árbitros a advertirem. Foram 66 cartões por causa de jogadores sendo calçados, 61 por carrinho e 50 por agarrões, por exemplo. Nenhum, isoladamente, chega perto dos 94 cartões mostrados por reclamação.



Todos os 20 times já tiveram jogadores punidos por reclamação. Atlético-MG e Figueirense foram os menos afetados nas primeiras sete rodadas. Receberam apenas um cartão por reclamação cada - no caso, do Figueirense, esse número já subiu para três após sua partida pela rodada 8, que não é considerada nesta análise. O número baixo do Galo reflete uma disposição do time a não tomar cartões. Foram só dez, menor número entre todas as equipes da Série A.

- No começo do campeonato o Levir citou isso (nova orientação aos árbitros). Mas nossa equipe não precisa reclamar. Joga um futebol bonito. Tem que jogar só o futebol. Se a gente fizer um grande jogo, uma grande apresentação, não tem que reclamar dentro de campo. Deixar o árbitro fazer o papel dele - afirmou Luan, do Atlético-MG, após a quarta rodada.

Quem ainda não se adaptou é a Chapecoense. O time de Santa Catarina foi advertido 20 vezes, sendo metade delas, por reclamação. A Chape lidera tanto em número absoluto de cartões por reclamação, quanto em porcentagem. Rivais cariocas, Fluminense e Vasco vêm em seguida, com oito cartões por reclamação cada um.



O árbitro Felipe Gomes da Silva é quem tem a média mais alta de cartões aplicados por reclamação. Foram seis, ao todo, em dois jogos. Em números absolutos, Dewson Fernando Freitas lidera, com dez, porém, já apitou cinco partidas nas sete rodadas iniciais.

Vale ressaltar que a análise considera todos os cartões mostrados, o que inclui aqueles que foram anulados para efeito de suspensão, o que acontece em caso dois amarelos recebidos na mesma partida por determinado jogador.



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