Pare para observar Luan em suas últimas atuações com a camisa do Grêmio. Verá um jogador mais vibrante, mais participativo com orientações e pedidos aos companheiros. Um meia-atacante de 21 anos que se sustenta em sua qualidade técnica para ser um dos líderes do Tricolor e se tornar protagonista dentro de campo. Luan está mais à vontade. Acredita mais em seu potencial, tão saudado pelos gremistas. E graças às orientações e à confiança transmitidas por Roger Machado nos primeiros 20 dias de trabalho no clube.
Os números estão aí para provar. São sete gols marcados em 25 partidas em 2015. Um a menos que os oito tentos anotados no dobro de jogos em 2014. O meia assumiu papel decisivo, e, se os torcedores transformaram as cobranças em aplausos nas arquibancadas, os adversários também parecem ter tomado conhecimento disso. O garoto é o jogador mais caçado do Brasileirão deste ano. Incisivo, parte para cima dos rivais, que só costumam o parar com faltas. Já sofreu 28 em sete rodadas. Tudo isso, com muita superação, à base de injeções. Luan convive com uma fascite plantar no pé direito desde o ano passado. Nada que o impeça de brilhar pelo Grêmio.
- Estou mais confiante, sim. Mais matador, vamos ver. Tomara que a gente possa fazer mais gols. É o objetivo. Vamos ver o que acontece. Isso passa mais pela confiança que o Roger me passou. A moral que ele me deu, para eu poder jogar livre, sem tanta responsabilidade na hora de jogar. Isso me deixou mais solto um pouco, para eu poder jogar. A gente mudou a postura dentro de campo também. Isso tem sido o diferencial - afirma o meia.
O meia recebeu o GloboEsporte.com no CT Luiz Carvalho na tarde desta terça-feira. Sob sol e céu azul límpido, propícios para amenizar o frio na capital gaúcha, Luan destrinchou o novo momento que vive com a camisa do Grêmio em 2015, com mais protagonismo e liberdade para atuar no ataque gremista. Também demonstra mais segurança em seu discurso. Parece mais à vontade para falar sobre o amadurecimento por que passou após o 2014 relâmpago em que saltou do time B à esperança na Libertadores. E para reiterar que, apesar do assédio europeu, quer adiar o adeus do Tricolor. Onde quer ficar até conquistar um título.
Luan concede entrevista no CT Luiz Carvalho (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)
> Confira a íntegra da entrevista:
GloboEsporte.com: Qual é sua avaliação sobre o momento atual. Você considera sua melhor fase no Grêmio?
Luan: É, sim, um dos meus melhores momentos. Estou podendo ajudar. Todo jogo, a equipe está em uma crescente boa, então acho que eu só tenho a crescer com isso. O Roger passa confiança para a gente, para o grupo todo. Ele dá bastante moral para o grupo todo. A gente também mudou a postura dentro de campo. Isso vem facilitando para que todos possam estar bem. Os resultados também vêm ajudando, e a equipe está jogado bem. Com isso, só temos a crescer para poder ajudar o Grêmio.
É possível perceber também uma nova postura sua dentro de campo. Mais vibrante, mais participativo. Você concorda com isso?
Eu acho que começa pela equipe toda. Todo mundo mudando o comportamento dentro de campo, então não tem como não contagiar. Com os companheiros correndo, marcando e jogando. Então acho que isso é que tem ajudado a mudar minha postura dentro de campo.
Mas você está mais confiante em campo, não acha?
Essa é mais é a confiança que o Roger me passou. A moral que ele me deu, para eu poder jogar livre, sem tanta responsabilidade na hora de jogar. Isso me deixou mais solto um pouco, para eu poder jogar.
Com essa nova fase, você se considera uma liderança ou uma referência dentro de campo? É uma responsabilidade a mais para lidar?
Eu sou tranquilo quanto a isso. A responsabilidade é de todos que entram em campo. A gente divide um pouquinho. Tem o Giuliano, por exemplo. O Giuliano é o meu parceiro dentro de campo, então a gente conversa bastante para dividir essa responsabilidade dentro de campo.
E como é essa parceria com o Giuliano?
É uma parceria fora de campo também. Ele me ajuda bastante, por ser um cara mais experiente, nas coisas fora e dentro de campo. Ele conversa bastante comigo, para me orientar a fazer as coisas certas.
A sua relação com o torcedor passou por uma fase conturbada recentemente, mas agora, parece que fizeram as pazes. Como está o relacionamento com a torcida?
O torcedor, quando o time não está bem, tem que cobrar. Quanto a isso, fico tranquilo. Agora, que a gente começa a ganhar e jogar bem, é natural que possam voltar a nos apoiar. Fico feliz de estar tendo esse carinho do torcedor novamente.
Como você avalia esses primeiros 20 dias de trabalho com o Roger?
O trabalho é legal. É um treinador que jogou bola, também, então ele conhece bem a gente ali. Passa bastante confiança para a gente poder jogar. A gente mudou a postura dentro de campo, também. Isso tem sido o diferencial
A postura mudou em que sentido?
É da intensidade. Acho que a gente aceitava muito as coisas. A gente não dava a mais. A gente fazia um gol e tomava outro. Depois, tomava um e, para buscar, era difícil. Então acho que se você está sem motivação... Não sei. Mudou isso aí.
Então, isso passa por uma mudança no astral, na moral do grupo?
Sim.
Luan comemora gol contra o Corinthians (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)
Você disse que o Roger jogou bola, e isso ajuda no dia a dia. Que conselhos ele passa para vocês?
Ele passa para a gente que é para esquecer o que tem fora de campo. Para a gente fazer o que a gente faz ao longo da semana. Não faz nada de diferente do que a gente fez na semana, com responsabilidade, mas tranquilo. O que a gente fizer na semana, vai resultar dentro do jogo. Então, ele só passa confiança e tranquilidade dentro do jogo.
O segredo do Grêmio do Roger passa por uma equipe mais intensa, com mais movimentação. Nessa linha, você voltou a ser centroavante, como era na base, no América-SP, antes de chegar ao Grêmio. Como é esse retorno às origens para você?
Para mim, é tranquilo. Já tinha jogado assim. Ele conversou comigo. Falei que não tinha problema. Ele optou por eu entrar para frente. Para mim, é tranquilo. Do meio para frente, qualquer posição é tranquilo, me sinto à vontade.
Você viveu um 2014 meteórico, saltando do time B ao grupo da Libertadores, no começo do ano, depois teve passagem pela Seleção sub-20 e um período de lesão. O quanto essa bagagem o ajuda em 2015?
Ano passado, os campeonatos que a gente jogou eram de muita intensidade, com jogos importantes. Acho que ajudou bastante para eu estar mais tranquilo, me deu mais bagagem para jogar. Essa maturidade é importante para eu me destacar mais. Me dá mais tranquilidade.
Você vive um momento goleador. Em 2014, havia feito oito gols em 50 jogos. Em 2015, já marcou sete, em 25 partidas. Como você explica essa fase?
Então acho que foi a partir de eu poder entrar mais na área. Acho que ano passado, eu fazia a jogada, mas não chegava tanto assim, com frequência. Agora, chegando, está sobrando ali para mim. Os companheiros estão passando confiança. O Roger pede para a gente entrar na área, para os meias, os atacantes estarem dentro da área, para quando pintar a jogada, a gente poder marcar.
É um novo Luan, mais confiante, mais decisivo?
Estou mais confiante, sim. Agora, mais matador, vamos ver. Tomara que eu possa fazer mais gols. É o objetivo. Vamos ver o que acontece.
Quais são suas metas para a temporada?
Penso em vencer todos os jogos, mas o que eu penso é em poder ganhar algum titulo aqui, é o que falta para a gente. A gente tem um time bom, a gente sempre chega, só falta um titulo aí.
Copa do Brasil é mais rápida, mas vamos buscar os dois. Todo jogo encarar como uma final. Vamos para cima dos dois.
De acordo com um levantamento do GloboEsporte.com, você é o jogador mais caçado do Brasileirão, com 28 faltas sofridas. Você percebe isso em campo?
Então, a gente fica surpreso. Porque a gente ali na frente não sabia que apanhava tanto, sofria tanta falta. No um contra um, numa jogada, vamos procurar sofrer bastante falta. Isso é sinal de que as coisas estão dando certo. Acho que é pela minha característica, também.
Você ainda convive com as dores da fascite no calcanhar do pé direito, que o tiraram de combate no início do ano?
Isso é uma lesão que eu tenho. Faz um ano que tenho. Desde o ano passado. É uma fascite, no calcanhar do pé. É uma dor que não passa. Todo jogo faço uma coisa, tomo uma injeção. Se não, é complicado.
No início do ano, muito se especulou sobre uma saída sua rumo à Europa. Você pensa nesse assédio?
Eu penso, sim. Tenho vontade de ir, mas o pensamento primeiro é aqui no Grêmio. Na hora que ganhar algo aqui, vou estar bem para sair. O primeiro pensamento é querer ganhar algo aqui.
Luan fala sobre sua grande defesa no Grêmio (Foto: Guilherme Araújo/Divulgação)
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Os números estão aí para provar. São sete gols marcados em 25 partidas em 2015. Um a menos que os oito tentos anotados no dobro de jogos em 2014. O meia assumiu papel decisivo, e, se os torcedores transformaram as cobranças em aplausos nas arquibancadas, os adversários também parecem ter tomado conhecimento disso. O garoto é o jogador mais caçado do Brasileirão deste ano. Incisivo, parte para cima dos rivais, que só costumam o parar com faltas. Já sofreu 28 em sete rodadas. Tudo isso, com muita superação, à base de injeções. Luan convive com uma fascite plantar no pé direito desde o ano passado. Nada que o impeça de brilhar pelo Grêmio.
- Estou mais confiante, sim. Mais matador, vamos ver. Tomara que a gente possa fazer mais gols. É o objetivo. Vamos ver o que acontece. Isso passa mais pela confiança que o Roger me passou. A moral que ele me deu, para eu poder jogar livre, sem tanta responsabilidade na hora de jogar. Isso me deixou mais solto um pouco, para eu poder jogar. A gente mudou a postura dentro de campo também. Isso tem sido o diferencial - afirma o meia.
O meia recebeu o GloboEsporte.com no CT Luiz Carvalho na tarde desta terça-feira. Sob sol e céu azul límpido, propícios para amenizar o frio na capital gaúcha, Luan destrinchou o novo momento que vive com a camisa do Grêmio em 2015, com mais protagonismo e liberdade para atuar no ataque gremista. Também demonstra mais segurança em seu discurso. Parece mais à vontade para falar sobre o amadurecimento por que passou após o 2014 relâmpago em que saltou do time B à esperança na Libertadores. E para reiterar que, apesar do assédio europeu, quer adiar o adeus do Tricolor. Onde quer ficar até conquistar um título.
Luan concede entrevista no CT Luiz Carvalho (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)
> Confira a íntegra da entrevista:
GloboEsporte.com: Qual é sua avaliação sobre o momento atual. Você considera sua melhor fase no Grêmio?
Luan: É, sim, um dos meus melhores momentos. Estou podendo ajudar. Todo jogo, a equipe está em uma crescente boa, então acho que eu só tenho a crescer com isso. O Roger passa confiança para a gente, para o grupo todo. Ele dá bastante moral para o grupo todo. A gente também mudou a postura dentro de campo. Isso vem facilitando para que todos possam estar bem. Os resultados também vêm ajudando, e a equipe está jogado bem. Com isso, só temos a crescer para poder ajudar o Grêmio.
É possível perceber também uma nova postura sua dentro de campo. Mais vibrante, mais participativo. Você concorda com isso?
Eu acho que começa pela equipe toda. Todo mundo mudando o comportamento dentro de campo, então não tem como não contagiar. Com os companheiros correndo, marcando e jogando. Então acho que isso é que tem ajudado a mudar minha postura dentro de campo.
Mas você está mais confiante em campo, não acha?
Essa é mais é a confiança que o Roger me passou. A moral que ele me deu, para eu poder jogar livre, sem tanta responsabilidade na hora de jogar. Isso me deixou mais solto um pouco, para eu poder jogar.
Com essa nova fase, você se considera uma liderança ou uma referência dentro de campo? É uma responsabilidade a mais para lidar?
Eu sou tranquilo quanto a isso. A responsabilidade é de todos que entram em campo. A gente divide um pouquinho. Tem o Giuliano, por exemplo. O Giuliano é o meu parceiro dentro de campo, então a gente conversa bastante para dividir essa responsabilidade dentro de campo.
E como é essa parceria com o Giuliano?
É uma parceria fora de campo também. Ele me ajuda bastante, por ser um cara mais experiente, nas coisas fora e dentro de campo. Ele conversa bastante comigo, para me orientar a fazer as coisas certas.
A sua relação com o torcedor passou por uma fase conturbada recentemente, mas agora, parece que fizeram as pazes. Como está o relacionamento com a torcida?
O torcedor, quando o time não está bem, tem que cobrar. Quanto a isso, fico tranquilo. Agora, que a gente começa a ganhar e jogar bem, é natural que possam voltar a nos apoiar. Fico feliz de estar tendo esse carinho do torcedor novamente.
Como você avalia esses primeiros 20 dias de trabalho com o Roger?
O trabalho é legal. É um treinador que jogou bola, também, então ele conhece bem a gente ali. Passa bastante confiança para a gente poder jogar. A gente mudou a postura dentro de campo, também. Isso tem sido o diferencial
A postura mudou em que sentido?
É da intensidade. Acho que a gente aceitava muito as coisas. A gente não dava a mais. A gente fazia um gol e tomava outro. Depois, tomava um e, para buscar, era difícil. Então acho que se você está sem motivação... Não sei. Mudou isso aí.
Então, isso passa por uma mudança no astral, na moral do grupo?
Sim.
Luan comemora gol contra o Corinthians (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)
Você disse que o Roger jogou bola, e isso ajuda no dia a dia. Que conselhos ele passa para vocês?
Ele passa para a gente que é para esquecer o que tem fora de campo. Para a gente fazer o que a gente faz ao longo da semana. Não faz nada de diferente do que a gente fez na semana, com responsabilidade, mas tranquilo. O que a gente fizer na semana, vai resultar dentro do jogo. Então, ele só passa confiança e tranquilidade dentro do jogo.
O segredo do Grêmio do Roger passa por uma equipe mais intensa, com mais movimentação. Nessa linha, você voltou a ser centroavante, como era na base, no América-SP, antes de chegar ao Grêmio. Como é esse retorno às origens para você?
Para mim, é tranquilo. Já tinha jogado assim. Ele conversou comigo. Falei que não tinha problema. Ele optou por eu entrar para frente. Para mim, é tranquilo. Do meio para frente, qualquer posição é tranquilo, me sinto à vontade.
Você viveu um 2014 meteórico, saltando do time B ao grupo da Libertadores, no começo do ano, depois teve passagem pela Seleção sub-20 e um período de lesão. O quanto essa bagagem o ajuda em 2015?
Ano passado, os campeonatos que a gente jogou eram de muita intensidade, com jogos importantes. Acho que ajudou bastante para eu estar mais tranquilo, me deu mais bagagem para jogar. Essa maturidade é importante para eu me destacar mais. Me dá mais tranquilidade.
Você vive um momento goleador. Em 2014, havia feito oito gols em 50 jogos. Em 2015, já marcou sete, em 25 partidas. Como você explica essa fase?
Então acho que foi a partir de eu poder entrar mais na área. Acho que ano passado, eu fazia a jogada, mas não chegava tanto assim, com frequência. Agora, chegando, está sobrando ali para mim. Os companheiros estão passando confiança. O Roger pede para a gente entrar na área, para os meias, os atacantes estarem dentro da área, para quando pintar a jogada, a gente poder marcar.
É um novo Luan, mais confiante, mais decisivo?
Estou mais confiante, sim. Agora, mais matador, vamos ver. Tomara que eu possa fazer mais gols. É o objetivo. Vamos ver o que acontece.
Quais são suas metas para a temporada?
Penso em vencer todos os jogos, mas o que eu penso é em poder ganhar algum titulo aqui, é o que falta para a gente. A gente tem um time bom, a gente sempre chega, só falta um titulo aí.
Copa do Brasil é mais rápida, mas vamos buscar os dois. Todo jogo encarar como uma final. Vamos para cima dos dois.
De acordo com um levantamento do GloboEsporte.com, você é o jogador mais caçado do Brasileirão, com 28 faltas sofridas. Você percebe isso em campo?
Então, a gente fica surpreso. Porque a gente ali na frente não sabia que apanhava tanto, sofria tanta falta. No um contra um, numa jogada, vamos procurar sofrer bastante falta. Isso é sinal de que as coisas estão dando certo. Acho que é pela minha característica, também.
Você ainda convive com as dores da fascite no calcanhar do pé direito, que o tiraram de combate no início do ano?
Isso é uma lesão que eu tenho. Faz um ano que tenho. Desde o ano passado. É uma fascite, no calcanhar do pé. É uma dor que não passa. Todo jogo faço uma coisa, tomo uma injeção. Se não, é complicado.
No início do ano, muito se especulou sobre uma saída sua rumo à Europa. Você pensa nesse assédio?
Eu penso, sim. Tenho vontade de ir, mas o pensamento primeiro é aqui no Grêmio. Na hora que ganhar algo aqui, vou estar bem para sair. O primeiro pensamento é querer ganhar algo aqui.
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