Sem Giuliano, Grêmio perde mentor de mais de 80% dos gols da era Roger

Giuliano comemora contra o Atlético-PR
(Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)

O Grêmio de Roger Machado depara com um desafio especial no próximo sábado, às 21h, quando recebe o Palmeiras, na Arena, pela 8ª rodada do Brasileirão: manter a tão cobrada intensidade nas movimentações envolventes do ataque sem Giuliano. Após deixar o gramado com dores na coxa esquerda, na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-PR, no último domingo, o meia teve uma lesão muscular de grau 1 confirmada por exame nesta segunda-feira e será desfalque para o confronto. Uma baixa de peso para a equipe, atestada pelos números apresentados pelo Tricolor desde a chegada do novo comandante, há quatro partidas.

Assim que iniciou a era Roger no comando do time, era comum ver o camisa 8 com os dedos em riste, dedicando seus gols a Deus. Foram ao todo, seis tentos anotados pelo time. Cinco com a presença decisiva do meia, que balançou as redes três vezes e deu assistências para outros dois neste período. Em outros termos, Giuliano teve participação em 83,3% dos gols marcados sob o comando do novo treinador e apresenta média 0,75 gol por jogo. A comparação com os números apresentados em 2015 sob o comando de Felipão também retratam a boa fase do meia. Foram 5 gols e 5 assistências em um total de 20 partidas - média de 0,25 gol por partida.

Curiosamente, a única vez que o Tricolor foi às redes sem a participação do meia sob o comando de Roger ocorreu na segunda etapa do triunfo sobre o Atlético-PR, no último domingo, já sem sua presença em campo. Após anotar o primeiro gol da vitória por 2 a 1,Giuliano foi substituído no intervalo, devido às dores na coxa esquerda, para o ingresso de Yuri Mamute.

O crescimento de Giuliano sob seu comando é explicado por Roger pela intensidade do meia ao se movimentar e procurar ingressar na área rival durante as jogadas de ataque.

- O Giuliano é intenso.Tem recomposição defensiva importante e sabe que quando a bola chega perto da área, ele tem que estar dentro da área, assim como eu cobro do Pedro Rocha e do Luan. Tão importante quanto ter um exímio cabeceador, é importante preencher a área para ter mais opções para que, em um rebote ofensivo, você consiga pegar com seus volantes e iniciar uma nova jogada, por exemplo - explica o treinador.

É bem verdade, porém, que esta não é a primeira vez que Giuliano brilha com a camisa do Grêmio em 2015. Durante o Gauchão, ainda com Felipão, o meia, livre das dores no púbis que o afligiram e impediram que mostrasse sua qualidade no segundo semestre de 2014, pode render o esperado pela diretoria. Teve arrancada boa no Gauchão, com gols e passes nos jogos com Ypiranga, Cruzeiro-RS e Lajeadense, além da primeira vitória sobre o Campinense, na Copa do Brasil.

Mas voltou a apresentar queda de rendimento nas primeiras partidas do Brasileirão, quando o Tricolor como um todo atuou abaixo do esperado. Com a entrada de Roger, manteve sua função aberto pela direita, mas também com auxílio a dupla Walace e Maicon na marcação. Também ganhou mais liberdade para se aproximar do ataque.

Giuliano foi confirmado como reforço dia 13 de junho do ano passado. Mas não conseguiu ter sequência no Brasileirão por conta de dores no púbis. Jogou no sacrifício e era cobrado pelo rendimento baixo. Em dezembro, passou por uma cirurgia no local para encerrar seus problemas. Não fez a pré-temporada com o restante dos companheiros e estreou em 2015 em fevereiro. O meia tem 42 jogos e 9 gols marcados pelo Tricolor.


Giuliano apresentou lesão muscular na coxa esquerda contra o Atléico-PR (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)

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