Vá até a tabela do Brasileirão e dê uma olhada no G-4. Percebeu algo de diferente? Sentiu falta de alguma coisa? Pois é. A quarta rodada do Campeonato Brasileiro se encerrou com um desenho inédito na história da disputa por pontos corridos. Pela primeira vez, desde 2003, uma rodada é encerrada sem algum grande de São Paulo (São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos), Rio de Janeiro (Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo), Minas Gerais (Cruzeiro e Atlético-MG), ou Rio Grande do Sul (Grêmio e Internacional) entre os quatro primeiros. Os protagonistas da vez são Atlético-PR, Sport, Ponte Preta e Goiás.

Elencos e investimentos mais modestos, além da instabilidade técnica na temporada, colocavam os quatro times entre os coadjuvantes na previsão inicial para o Brasileirão. A questão agora é saber se os atuais líderes conseguirão ficar na ponta até o fim. Comentaristas ouvidos pelo GloboEsporte.com acham difícil que o panorama se mantenha. Mas enxergam potencial nas quatro equipes.
- Não vejo nenhum dos quatro com tanta força que possa dar essa certeza, de que irá ficar no topo. Atlético-MG e Inter podem subir? Acho até que vão subir, mas aponte outros dois, com segurança, que vão ocupar essas vagas? Não dá para apontar. A princípio parece ser algo curto. Em um campeonato tão nivelado, talvez essas equipes consigam uma vaga na Libertadores. Acho que não vão conseguir manter esse nível, mas tem que respeitar. São times que têm torcida, têm estádio, têm camisa – avaliou o comentarista Lédio Carmona.
Até então, o G-4 havia reunido no máximo três times de outros centros - isso aconteceu 10 vezes nas últimas 12 edições do Brasileiro. Destas, sete foram no Brasileirão de 2004. As outras três vezes foram nas rodadas de estreia de 2003 e 2007 e na segunda de 2009. Vale dizer que foram disputadas 480 rodadas desde 2003. Para o ex-jogador e comentarista da TV Globo Juninho Pernambucano, a situação não é circunstancial.
- Não acho que seja coincidência. Eles foram tirando a diferença financeira com trabalho. Estamos na quarta rodada, pode até ser que um desses caia, mas é um campeonato da gestão. O Goiás é muito elogiado por jogadores que passam lá. Hoje em dia tem muitos jogadores que preferem jogar nesses times que não têm tanta mídia, mas têm um CT, uma estrutura, e pagam em dia. Isso permite a eles jogarem melhor – analisa Juninho.
Hélio dos Anjos é mais cauteloso. O técnico do Goiás, quarto colocado e um dos três invictos na competição – ao lado de Sport e Ponte Preta –, prefere frear a euforia com o bom início, mas projeta um desempenho sem sustos de sua equipe.
- Ninguém aqui está preocupado com liderança. Qualquer posição neste momento é ilusória, tem muita coisa pela frente ainda. Todo jogo para o Goiás é decisivo, é assim que um clube como o nosso tem de encarar o Campeonato Brasileiro. Não tem moleza e nem dá para fazer qualquer tipo de projeção. Nosso pensamento agora é no Sport. Queremos fazer uma boa campanha, e acho que o Goiás tem condições.
Grandes em momento inverso
O G-4 insólito se formou não apenas da boa fase dos atuais quatro líderes. Quem costumava ocupar os primeiros postos ainda não está fazendo por merecer. Seja por crise interna, dificuldades financeiras, ou outras prioridades.
- Os três grandes do Rio vivem momento conturbado. O Corinthians está desfazendo elenco. O Grêmio está sem dinheiro. O São Paulo só conseguiu um treinador agora. O Inter tem um timaço, mas a prioridade é a Libertadores. Ficou um vácuo, um vazio. Os outros times estão aproveitando – reforça Lédio Carmona.
A liderança tem aspectos técnicos também, é claro. A Ponte Preta é o time que mais finaliza - 61 vezes. O Sport aparece em quinto, com Atlético-MG, Santos e Palmeiras o separando da Macaca. O Atlético-PR é o líder de desarmes, com 208. O Figueirense tem 203 e é o segundo. O Goiás é o quinto, e o Sport, o sexto no quesito. Para o técnico Eduardo Baptista, o Leão pernambucano e os companheiros de G-4 souberam aproveitar o momento ruim dos rivais e ter mais estabilidade.
- Os times que para a mídia em geral são pequenos estão mais organizados. Sport, Goiás, Atlético-PR não desfizeram o elenco. Enquanto isso, os grandes estão mudando treinador e mudando jogadores. Acho que o Sport saiu na frente com isso. Existiu uma pressão para mudar e não mudou. Conseguimos passar a frente do grupo dos times considerados grandes. Até quando vamos conseguir ficar, só o tempo irá dizer, mas quanto mais tempo ficarmos na frente, mais segurança teremos – declarou o treinador.
Dentre os líderes, Lédio Carmona destaca o entrosamento do Sport e as boas atuações da Ponte Preta. Juninho Pernambucano acredita na estabilidade do Leão. Mas que só se manterá com gestão.
- A pressão é menor. São várias razões para esse momento. No início, os clubes que não tinham tanta gestão sofriam. Precisa se manter um elenco, não dá pra fazer um time novo a cada ano - resume Juninho.
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Elencos e investimentos mais modestos, além da instabilidade técnica na temporada, colocavam os quatro times entre os coadjuvantes na previsão inicial para o Brasileirão. A questão agora é saber se os atuais líderes conseguirão ficar na ponta até o fim. Comentaristas ouvidos pelo GloboEsporte.com acham difícil que o panorama se mantenha. Mas enxergam potencial nas quatro equipes.
- Não vejo nenhum dos quatro com tanta força que possa dar essa certeza, de que irá ficar no topo. Atlético-MG e Inter podem subir? Acho até que vão subir, mas aponte outros dois, com segurança, que vão ocupar essas vagas? Não dá para apontar. A princípio parece ser algo curto. Em um campeonato tão nivelado, talvez essas equipes consigam uma vaga na Libertadores. Acho que não vão conseguir manter esse nível, mas tem que respeitar. São times que têm torcida, têm estádio, têm camisa – avaliou o comentarista Lédio Carmona.
Até então, o G-4 havia reunido no máximo três times de outros centros - isso aconteceu 10 vezes nas últimas 12 edições do Brasileiro. Destas, sete foram no Brasileirão de 2004. As outras três vezes foram nas rodadas de estreia de 2003 e 2007 e na segunda de 2009. Vale dizer que foram disputadas 480 rodadas desde 2003. Para o ex-jogador e comentarista da TV Globo Juninho Pernambucano, a situação não é circunstancial.
- Não acho que seja coincidência. Eles foram tirando a diferença financeira com trabalho. Estamos na quarta rodada, pode até ser que um desses caia, mas é um campeonato da gestão. O Goiás é muito elogiado por jogadores que passam lá. Hoje em dia tem muitos jogadores que preferem jogar nesses times que não têm tanta mídia, mas têm um CT, uma estrutura, e pagam em dia. Isso permite a eles jogarem melhor – analisa Juninho.
Hélio dos Anjos é mais cauteloso. O técnico do Goiás, quarto colocado e um dos três invictos na competição – ao lado de Sport e Ponte Preta –, prefere frear a euforia com o bom início, mas projeta um desempenho sem sustos de sua equipe.
- Ninguém aqui está preocupado com liderança. Qualquer posição neste momento é ilusória, tem muita coisa pela frente ainda. Todo jogo para o Goiás é decisivo, é assim que um clube como o nosso tem de encarar o Campeonato Brasileiro. Não tem moleza e nem dá para fazer qualquer tipo de projeção. Nosso pensamento agora é no Sport. Queremos fazer uma boa campanha, e acho que o Goiás tem condições.
Grandes em momento inverso
O G-4 insólito se formou não apenas da boa fase dos atuais quatro líderes. Quem costumava ocupar os primeiros postos ainda não está fazendo por merecer. Seja por crise interna, dificuldades financeiras, ou outras prioridades.
- Os três grandes do Rio vivem momento conturbado. O Corinthians está desfazendo elenco. O Grêmio está sem dinheiro. O São Paulo só conseguiu um treinador agora. O Inter tem um timaço, mas a prioridade é a Libertadores. Ficou um vácuo, um vazio. Os outros times estão aproveitando – reforça Lédio Carmona.
A liderança tem aspectos técnicos também, é claro. A Ponte Preta é o time que mais finaliza - 61 vezes. O Sport aparece em quinto, com Atlético-MG, Santos e Palmeiras o separando da Macaca. O Atlético-PR é o líder de desarmes, com 208. O Figueirense tem 203 e é o segundo. O Goiás é o quinto, e o Sport, o sexto no quesito. Para o técnico Eduardo Baptista, o Leão pernambucano e os companheiros de G-4 souberam aproveitar o momento ruim dos rivais e ter mais estabilidade.
- Os times que para a mídia em geral são pequenos estão mais organizados. Sport, Goiás, Atlético-PR não desfizeram o elenco. Enquanto isso, os grandes estão mudando treinador e mudando jogadores. Acho que o Sport saiu na frente com isso. Existiu uma pressão para mudar e não mudou. Conseguimos passar a frente do grupo dos times considerados grandes. Até quando vamos conseguir ficar, só o tempo irá dizer, mas quanto mais tempo ficarmos na frente, mais segurança teremos – declarou o treinador.
Dentre os líderes, Lédio Carmona destaca o entrosamento do Sport e as boas atuações da Ponte Preta. Juninho Pernambucano acredita na estabilidade do Leão. Mas que só se manterá com gestão.
- A pressão é menor. São várias razões para esse momento. No início, os clubes que não tinham tanta gestão sofriam. Precisa se manter um elenco, não dá pra fazer um time novo a cada ano - resume Juninho.
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