
A opção da diretoria do Grêmio por Roger Machado para substituir Felipão no comando da equipe traz à tona uma pontada de saudosismo entre os torcedores ao relembrar o Roger ex-lateral, que conquistou o carinho dos torcedores nas campanhas vitoriosas nos anos 1990. Remete ainda a uma prática que se tornou tradicional entre os dirigentes no século XXI: a aposta em técnicos identificados com o Tricolor por suas passagens vencedoras no passado. Apresenta ainda ao novo comandante o desafio de superar a sina dos ídolos, que não conseguiram replicar o sucesso das experiências anteriores e encerraram os períodos sem conquistar títulos.
Ao ser apresentado de forma oficial na última terça-feira, Roger se tornou o 20º técnico contratado pelo clube desde 2001. Em 14 anos marcados por trocas sucessivas e pouca estabilidade no comando, o Grêmio apostou em cinco treinadores identificados com o clube por suas passagens anteriores, além da atual tentativa com o ex-jogador. Casos de Adilson Batista, Cuca, Hugo de León, Renato Gaúcho e também do antecessor, Luiz Felipe Scolari.
Roger já passou pelo cargo, de maneira interina. Tem oito jogos no banco de reservas, com quatro vitórias e quatro derrotas. Esteve em duas vitórias em clássico Gre-Nal, um deles eliminatório no Gauchão de 2012, e também em vexames, como o 4 a 0 sofrido para o São Luiz, em Ijuí, a maior derrota da história do Tricolor no estadual.
Mentor é espelho
Multicampeão pelo clube nos anos 1990, ao conquistar a Copa do Brasil de 1994, a Libertadores de 1995 e o Brasileirão de 1996, Felipão retornou ao Grêmio em julho de 2014, menos de um mês após a vexatória derrota para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo, por 7 a 1. Apesar da história vitoriosa e da mística que envolveu seu retorno, Scolari encerrou a terceira passagem pelo Tricolor sem títulos. O treinador acumulou ao todo 51 jogos, com 26 vitórias, 12 empates e 13 derrotas, um aproveitamento de 58,8%.

Felipão chegou com festa da torcida
(Foto: Diego Guichard/GloboEsporte.com)
Os Gre-Nais marcam os principais momentos de Felipão no Grêmio: perdeu o primeiro por 2 a 0 pelo Brasileirão, depois, no segundo turno da competição, aplicou uma goleada por 4 a 1 sobre o rival e quebrou um jejum de nove clássicos sem vitória. Porém, neste ano, perdeu o título do Gauchão para o Inter, a “Copa do Mundo” do Grêmio em 2015. Acabou pedindo para sair diante da pressão da torcida pela má arrancada no Brasileirão, após duas rodadas.
Uma semana depois da demissão de Felipão, Roger, seu pupilo nos anos 1990, foi apresentado pelo Tricolor para comandar a equipe até o final da temporada. Se por um lado, reconhece a figura de ídolo junto à torcida, o treinador tratou de minimizar seu histórico vencedor pelo clube e procurou focar no trabalho que o aguarda nas disputas do Brasileirão e da Copa do Brasil.
- Sou um ídolo não tem como tirar essa observação do meu histórico. Fui bastante vitorioso aqui e não me sinto uma "aposta do ídolo". Preenchi requisitos em que ,entre eles, contou e teve um peso grande o fato de ser identificado, de ter feito muito por aqui, mas nada mais que isso. Não tenho dúvida. O torcedor ficou feliz com o meu retorno, mas tenho certeza que serei cobrado junto com meu grupo, direção, faz parte do futebol. Eu saí do campo mas eu estou acostumado com isso - destaca Roger.
Vice com maior ídolo

Renato chorou ao sair em 2011
(Foto: Wesley Santos/Pressdigital)
Renato Gaúcho é o responsável direto pelo maior título da história gremista, quando era um impetuoso ponta-direita, na década de 80. Fez os gols no Mundial de 1983, na vitória sobre o Hamburgo, maior glória na linha do tempo tricolor, e era figura destacada também por seu comportamento. Parece ter utilizado suas escapadas como estágio na hora de gerir o grupo de jogadores. Sempre compra a briga dos seus comandados e os protege em disputas com a diretoria. E teve sucesso nas duas passagens no Grêmio.
Em 2011, foi contratado para tirar o time de situação incômoda na tabela do Brasileiro e levou o time para a Libertadores do ano seguinte. Ficou 11 meses no comando, foi eliminado na competição continental nas oitavas de final e depois acabou demitido pelos resultados ruins. Comovido, chorou ao deixar o Estádio Olímpico.
Voltou a ser contratado em 2013, pelo então presidente Fábio Koff, que ocupava o mesmo cargo no título mundial gremista. Com uma proposta de jogar por uma bola, com um time fechado, levou o Tricolor ao vice-campeonato brasileiro. Mas não chegou a um acordo para renovar seu vínculo com o clube no final do ano. No entanto, fechou suas passagens pelo Grêmio sem conquistar títulos.
Desastres em sequência
No início dos anos 2000, o Grêmio concentrou apostas em ídolos no comando. Casos de Adilson Batista, zagueiro campeão da Libertadores com o manto tricolor em 95, Cuca, atacante campeão da Copa do Brasil em 89, e Hugo De León, xerife das conquistas da América e do Mundo em 83. A semelhança não fica apenas nas conquistas no tempo de jogadores. Há também os fracassos como treinadores.
Adilson foi o primeiro. Teve um sucesso em 2003, ao conseguir o que parecia improvável e livrar o Grêmio do rebaixamento. Em junho do ano seguinte, porém, 11 meses e 48 jogos depois de assumir, foi demitido. O insucesso no Gauchão daquele ano foi fundamental para a queda. Um pequeno hiato que teve José Luiz Plein como técnico antecedeu a aposta em Cuca, que não conseguiu livrar o clube do rebaixamento em 2004. Foram 46 dias no comando até a queda para a Série B.
Em 2005, a aposta foi em resgatar a figura de De León, capitão em conquistas no campo e sempre destacado pelo perfil de liderança. O zagueiro, porém, caiu ainda no começo da segunda divisão, sendo substituído por Mano Menezes. E fechou uma sequência de apostas que não trouxeram nenhum resultado ao clube.

De León foi campeão da Libertadores e treinou o time em 2005 (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)
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Roger já passou pelo cargo, de maneira interina. Tem oito jogos no banco de reservas, com quatro vitórias e quatro derrotas. Esteve em duas vitórias em clássico Gre-Nal, um deles eliminatório no Gauchão de 2012, e também em vexames, como o 4 a 0 sofrido para o São Luiz, em Ijuí, a maior derrota da história do Tricolor no estadual.
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Felipão chegou com festa da torcida
(Foto: Diego Guichard/GloboEsporte.com)
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Uma semana depois da demissão de Felipão, Roger, seu pupilo nos anos 1990, foi apresentado pelo Tricolor para comandar a equipe até o final da temporada. Se por um lado, reconhece a figura de ídolo junto à torcida, o treinador tratou de minimizar seu histórico vencedor pelo clube e procurou focar no trabalho que o aguarda nas disputas do Brasileirão e da Copa do Brasil.
- Sou um ídolo não tem como tirar essa observação do meu histórico. Fui bastante vitorioso aqui e não me sinto uma "aposta do ídolo". Preenchi requisitos em que ,entre eles, contou e teve um peso grande o fato de ser identificado, de ter feito muito por aqui, mas nada mais que isso. Não tenho dúvida. O torcedor ficou feliz com o meu retorno, mas tenho certeza que serei cobrado junto com meu grupo, direção, faz parte do futebol. Eu saí do campo mas eu estou acostumado com isso - destaca Roger.
Vice com maior ídolo

Renato chorou ao sair em 2011
(Foto: Wesley Santos/Pressdigital)
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Em 2011, foi contratado para tirar o time de situação incômoda na tabela do Brasileiro e levou o time para a Libertadores do ano seguinte. Ficou 11 meses no comando, foi eliminado na competição continental nas oitavas de final e depois acabou demitido pelos resultados ruins. Comovido, chorou ao deixar o Estádio Olímpico.
Voltou a ser contratado em 2013, pelo então presidente Fábio Koff, que ocupava o mesmo cargo no título mundial gremista. Com uma proposta de jogar por uma bola, com um time fechado, levou o Tricolor ao vice-campeonato brasileiro. Mas não chegou a um acordo para renovar seu vínculo com o clube no final do ano. No entanto, fechou suas passagens pelo Grêmio sem conquistar títulos.
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Adilson foi o primeiro. Teve um sucesso em 2003, ao conseguir o que parecia improvável e livrar o Grêmio do rebaixamento. Em junho do ano seguinte, porém, 11 meses e 48 jogos depois de assumir, foi demitido. O insucesso no Gauchão daquele ano foi fundamental para a queda. Um pequeno hiato que teve José Luiz Plein como técnico antecedeu a aposta em Cuca, que não conseguiu livrar o clube do rebaixamento em 2004. Foram 46 dias no comando até a queda para a Série B.
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De León foi campeão da Libertadores e treinou o time em 2005 (Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)
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