
Roger conheceu o elenco do Grêmio na terça-feira (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
A aposta em um técnico inexperiente e sem passagem com grandes clubes não é uma novidade para o Grêmio. A escolha por Roger Machado, arquitetada na noite de segunda-feira pelo presidente Romildo Bolzan Júnior e seus pares, remete a situações históricas do Tricolor. O ex-lateral terá dois caminhos para seguir a partir do início de trabalho: o de nomes de sucesso como Tite e Mano Menezes, os exemplos mais recentes, enquanto precisa evitar rumar o caminho de Julinho Camargo e outros sem êxito.
O Tricolor é notoriamente um clube que lança treinadores. Utiliza a sua força como clube para dar suporte a profissionais que ainda não contam grande currículo no mercado. Aposta no trabalho de nomes pouco conhecidos, que custem menos mensalmente aos cofres e ainda busquem conquistas na carreira. Geralmente, a aposta é feita com as competições em andamento, uma dificuldade a mais para os técnicos.
- Ele está muito disposto a vencer. Uma pessoa com 16 títulos pelo Grêmio não é pouca coisa. O Grêmio está honrando a sua tradição de oportunizar treinadores a fazer carreira e ele está totalmente preparado, assim como Ênio Andrade, Mano, Felipão, Tite - afirmou o presidente Romildo Bolzan Júnior na Rádio Gaúcha.
Mano e Tite: exemplos de sucesso

Mano em início no Grêmio (Foto: Divulgação)
Há dois exemplos recentes de que a situação pode dar certo. Mano Menezes, que ficou 2 anos e 7 meses na equipe, foi buscado após fazer sucesso no 15 de Novembro, de Campo Bom, região metropolitana de Porto Alegre, e no Caxias. Entrou durante a Série B, em substituição a Hugo De León, e garantiu o acesso para a primeira divisão em 2005, com a histórica Batalha dos Aflitos. Tornou-se o recordista de longevidade no comando do clube no século XXI, entre 21005 e 2007.
Antes, em 2001, houve Tite. Destaque em 2000 por vencer o Gauchão sobre o Grêmio, chegaria ao Tricolor sob desconfiança. Passou momentos de turbulência no início até deslanchar de vez ainda no primeiro semestre. Levantaria o Gauchão e a Copa do Brasil, este o último título nacional de primeira linha do clube. Ficaria no Tricolor até o final de 2003 para depois também fazer história no Corinthians, como campeão mundial.
Apostas também fracassaram

Julinho Camargo durou muito pouco no Grêmio
(Foto: Lucas Uebel / Agência Estado)
Em 2004, ano do rebaixamento, José Luiz Plein foi buscado no São José, que disputaria a Série C, para assumir o Tricolor - havia tido destaque com o Glória-RS, ao chegar na semifinal do Gauchão e cair para o Inter. Não teve sucesso e foi substituído por Cuca. No ano anterior, a aposta havia sido em Nestor Simionatto, que se notabilizava por trabalhos no Santo Ângelo, especialmente. Outro que não teve boa sequência e engrossa o rol de fracassos.
A iniciativa mais recente deu errado: Julinho Camargo, de passagem destacada por clubes do interior gaúcho e pelas categorias de base de Inter e Grêmio, foi buscado quando era auxiliar de Falcão no Colorado, em 2011, para substituir o ídolo Renato Gaúcho. Durou pouco mais de um mês no cargo e foi substituído pelo velho conhecido Celso Roth.
Nos anos 1980, Felipão e Espinosa

Roger segue caminho de Felipão e outros no Grêmio (Foto: José Doval/Agência RBS)
Na década de 1980, outros dois casos emblemáticos, que se tornaram ídolos e viraram ícones na história gremista. Felipão foi lançado em 1987 pelo Tricolor, após treinar o CSA em Alagoas, além de ter passagens por clubes como Juventude e Brasil de Pelotas. Retornaria em 1992 para iniciar a caminhada mais vitoriosa da história do clube, com títulos da Libertadores, da Recopa, da Copa do Brasil e do Brasileirão. Antes, Valdir Espinosa, que treinara o Esportivo, de Bento Gonçalves se sagrou campeão do mundo, em 1983, bastante jovem, aos 36 anos.
Aos 40 anos, Roger tem passagem anterior pelo próprio Grêmio, ao ser auxiliar técnico de Renato Gaúcho e Vanderlei Luxemburgo. Com ambos, foi até interino e comandou o Tricolor em oito jogos: tem quatro vitórias e quatro derrotas (relembre aqui os jogos do ex-jogador). Roberto Ribas foi o único profissional levado por Roger para o clube. Terá em sua comissão o auxiliar James Freitas, do clube, o preparador físico Rogério Dias e o preparador de goleiros Rogério Godoy.
Foi confirmado pelo clube nesta terça-feira, quando foi apresentado, após comandar o primeiro treino no CT Luiz Carvalho. O Tricolor buscou, antes do ex-técnico do Novo Hamburgo, Cristóvão Borges e Doriva, mas sem conseguir o acerto. Na noite de segunda-feira, após debate no Conselho de Administração, chegou ao consenso de fechar no nome de Roger.
- Me enquadrei nos requisitos estabelecidos pela direção que não foram poucos, não é, presidente? (risos). E fiquei muito feliz. Cobrança vai ter em cima do profissional renomado e do mais jovem, pois demanda urgência. O torcedor ficou feliz com o meu retorno, mas tenho certeza de que serei cobrado junto com meu grupo, direção, faz parte do futebol - disse Roger, nesta terça, sobre o fato de não ter sido a primeira opção.
Após acompanhar trabalho físico, Roger deve esboçar suas primeiras ideias na prática às 14h30 desta quarta-feira, quando o Grêmio retoma os treinamentos. O desafio inicial será no domingo, às 16h, diante do Goiás, no Serra Dourada, pela quarta rodada do Brasileirão.

Roger não esconde a felicidade por "voltar para casa" (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
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A aposta em um técnico inexperiente e sem passagem com grandes clubes não é uma novidade para o Grêmio. A escolha por Roger Machado, arquitetada na noite de segunda-feira pelo presidente Romildo Bolzan Júnior e seus pares, remete a situações históricas do Tricolor. O ex-lateral terá dois caminhos para seguir a partir do início de trabalho: o de nomes de sucesso como Tite e Mano Menezes, os exemplos mais recentes, enquanto precisa evitar rumar o caminho de Julinho Camargo e outros sem êxito.
O Tricolor é notoriamente um clube que lança treinadores. Utiliza a sua força como clube para dar suporte a profissionais que ainda não contam grande currículo no mercado. Aposta no trabalho de nomes pouco conhecidos, que custem menos mensalmente aos cofres e ainda busquem conquistas na carreira. Geralmente, a aposta é feita com as competições em andamento, uma dificuldade a mais para os técnicos.
- Ele está muito disposto a vencer. Uma pessoa com 16 títulos pelo Grêmio não é pouca coisa. O Grêmio está honrando a sua tradição de oportunizar treinadores a fazer carreira e ele está totalmente preparado, assim como Ênio Andrade, Mano, Felipão, Tite - afirmou o presidente Romildo Bolzan Júnior na Rádio Gaúcha.
Mano e Tite: exemplos de sucesso

Mano em início no Grêmio (Foto: Divulgação)
Há dois exemplos recentes de que a situação pode dar certo. Mano Menezes, que ficou 2 anos e 7 meses na equipe, foi buscado após fazer sucesso no 15 de Novembro, de Campo Bom, região metropolitana de Porto Alegre, e no Caxias. Entrou durante a Série B, em substituição a Hugo De León, e garantiu o acesso para a primeira divisão em 2005, com a histórica Batalha dos Aflitos. Tornou-se o recordista de longevidade no comando do clube no século XXI, entre 21005 e 2007.
Antes, em 2001, houve Tite. Destaque em 2000 por vencer o Gauchão sobre o Grêmio, chegaria ao Tricolor sob desconfiança. Passou momentos de turbulência no início até deslanchar de vez ainda no primeiro semestre. Levantaria o Gauchão e a Copa do Brasil, este o último título nacional de primeira linha do clube. Ficaria no Tricolor até o final de 2003 para depois também fazer história no Corinthians, como campeão mundial.
Apostas também fracassaram

Julinho Camargo durou muito pouco no Grêmio
(Foto: Lucas Uebel / Agência Estado)
Em 2004, ano do rebaixamento, José Luiz Plein foi buscado no São José, que disputaria a Série C, para assumir o Tricolor - havia tido destaque com o Glória-RS, ao chegar na semifinal do Gauchão e cair para o Inter. Não teve sucesso e foi substituído por Cuca. No ano anterior, a aposta havia sido em Nestor Simionatto, que se notabilizava por trabalhos no Santo Ângelo, especialmente. Outro que não teve boa sequência e engrossa o rol de fracassos.
A iniciativa mais recente deu errado: Julinho Camargo, de passagem destacada por clubes do interior gaúcho e pelas categorias de base de Inter e Grêmio, foi buscado quando era auxiliar de Falcão no Colorado, em 2011, para substituir o ídolo Renato Gaúcho. Durou pouco mais de um mês no cargo e foi substituído pelo velho conhecido Celso Roth.
Nos anos 1980, Felipão e Espinosa

Roger segue caminho de Felipão e outros no Grêmio (Foto: José Doval/Agência RBS)
Na década de 1980, outros dois casos emblemáticos, que se tornaram ídolos e viraram ícones na história gremista. Felipão foi lançado em 1987 pelo Tricolor, após treinar o CSA em Alagoas, além de ter passagens por clubes como Juventude e Brasil de Pelotas. Retornaria em 1992 para iniciar a caminhada mais vitoriosa da história do clube, com títulos da Libertadores, da Recopa, da Copa do Brasil e do Brasileirão. Antes, Valdir Espinosa, que treinara o Esportivo, de Bento Gonçalves se sagrou campeão do mundo, em 1983, bastante jovem, aos 36 anos.
Aos 40 anos, Roger tem passagem anterior pelo próprio Grêmio, ao ser auxiliar técnico de Renato Gaúcho e Vanderlei Luxemburgo. Com ambos, foi até interino e comandou o Tricolor em oito jogos: tem quatro vitórias e quatro derrotas (relembre aqui os jogos do ex-jogador). Roberto Ribas foi o único profissional levado por Roger para o clube. Terá em sua comissão o auxiliar James Freitas, do clube, o preparador físico Rogério Dias e o preparador de goleiros Rogério Godoy.
Foi confirmado pelo clube nesta terça-feira, quando foi apresentado, após comandar o primeiro treino no CT Luiz Carvalho. O Tricolor buscou, antes do ex-técnico do Novo Hamburgo, Cristóvão Borges e Doriva, mas sem conseguir o acerto. Na noite de segunda-feira, após debate no Conselho de Administração, chegou ao consenso de fechar no nome de Roger.
- Me enquadrei nos requisitos estabelecidos pela direção que não foram poucos, não é, presidente? (risos). E fiquei muito feliz. Cobrança vai ter em cima do profissional renomado e do mais jovem, pois demanda urgência. O torcedor ficou feliz com o meu retorno, mas tenho certeza de que serei cobrado junto com meu grupo, direção, faz parte do futebol - disse Roger, nesta terça, sobre o fato de não ter sido a primeira opção.
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