
Sabella (dir) nos tempos de auxiliar de Passarella (à sua esq) nos tempos de Corinthians
Neste domingo, o técnico Alejandro Javier Sabella terá a chance de, apenas cinco anos depois de começar sua carreira como treinador, conquistar o título da Copa do Mundo com a seleção da Argentina, que assumiu em 2011, após a saída de Sergio Batista.
O sucesso meteórico do comandante se deve, segundo amigos, ao seu estilo tranquilo, discreto e simpático, além do enorme conhecimento de futebol mostrado pelo homem de 59 anos desde os tempos em que foi jogador, entre 1974 e 1989.
Um dos parceiros brasileiros de Sabella é o treinador Márcio Bittencourt, que atualmente comanda o Batatais, de São Paulo. Ele era auxiliar do Corinthians em 2005, quando o hoje comandante da seleção argentina chegou para trabalhar no Parque São Jorge como auxiliar de Daniel Passarella. Ficaram apenas quatro meses juntos, mas o suficiente para construírem uma boa relação, como conta Márcio, em entrevista à Rádio ESPN.
"O Sabella é um cara muito ponderado, cauteloso e equilibrado. Como treinador, é um cara que conhece bem os atletas dentro e fora de campo, e acho que isso explica muito do sucesso dele. Sempre foi um cara competente e mereceu chegar aonde chegou", opinou Bittencourt, que esteve pela última vez com Sabella há cerca de um ano, durante visita à Argentina, onde se encontrou também com o "compadre" Goycochea, seu ex-companheiro de tempos de Inter.
"Encontrei o Maradona e o Sabella, mas ele já estava na correria de Copa do Mundo, então não deu para sentar e bater um papo legal. Falamos rápido, porque ele estava focado nesse trabalho de três, quatro anos pensando no Mundial", contou Márcio.
Nos tempos de Corinthians, Sabella era o responsável por fazer a ponte entre o sisudo e rígido Passarela e os astros do elenco alvinegro da MSI, que tinha nomes como Tevez, Mascherano, Roger e Carlos Alberto. Pela simpatia e pelo jeito dócil, o então auxiliar ganhou a simpatia de diversos atletas, como Gustavo Nery e Betão, que o chamavam de "Alê".
A dupla de argentinos, no entanto, durou apenas quatro meses no comando corintiano, saindo após goleada por 5 a 1 para o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro. Apesar do pouco tempo, no entanto, Bittencourt diz que Sabella deixou lições para os brasileiros, mas também aprendeu algumas coisas por aqui.
Sabella faturou a Libertadores de 2009
"Ele aprendeu muito com a gente, e trouxe coisas para a gente também. Eu aprendi muito com ele e o Passarella. E tenho certeza que, da mesma forma que eles nos ensinaram coisas boas, também saíram daqui com boas lições que aprenderam conosco", ressalta.
Após deixar o Corinthians, Sabella ainda seguiu como auxiliar até 2009, quando resolveu caminhar com as próprias pernas e assumiu o comando do Estudiantes de La Plata, clube no qual foi ídolo como jogador. O sucesso foi imediato, faturando a Libertadores 2009 em cima do Cruzeiro e também o Campeonato Argentino, em 2010.
Por muito pouco seu time ainda não ganhou o Mundial de Clubes de 2009 em cima do imbatível Barcelona de Josep Guardiola. Os argentinos venciam por 1 a 0 até os minutos finais, quando Pedro empatou, levando o duelo para a prorrogação. No tempo extra, Messi fez o gol da virada e acabou com o sonho de Sabella de ser campeão do mundo com seu amado Estudiantes.
A segunda chance do treinador conquistar o planeta é neste domingo, contra a Alemanha, no Maracanã, às 16h (horário de Brasília).
O Sabella do Grêmio: "Cara excepcional"
Antes de iniciar a carreira fora dos gramados, Alejandro Sabella foi um habilidoso meio-campista com passagens vitoriosas por equipes como River Plate e Estudiantes, além de ter jogado na Inglaterra, pelo Sheffield United e pelo Leeds United. Em 1986, porém, teve rápida passagem pelo Grêmio, onde acabou ficando muito amigo de outro brasileiro: o técnico Valdir Espinoza, campeão da Libertadores e da Copa Intercontinental em 1983.
Sabella jogou no Grêmio em 86
"Nós nos conhecemos no jogo mais difícil da minha vida: aquele famoso Grêmio x Estudiantes da Libertadores de 1983. O Estudiantes teve três expulsos, nós tinhamos 3 a 1 no placar e mesmo assim eles empataram e quase venceram. Foi aí que conheci aquele (camisa) 10 extraordinário, que comandou a equipe deles", lembrou Espinoza, à Rádio ESPN.
"O tempo passou e fomos nos reecontrar no Grêmio, onde ganhamos o Campeonato Gaúcho. Era um jogador de qualidade técnica excepcional, canhoto bom de bola, que tinha uma leitura de jogo fantástica. Chamava muito a atenção a maneira como ele observava as coisas. Não dava para imaginar que ali estava um treinador que um dia chegaria à final da Copa, mas não é nenhuma surpresa. Ali começamos uma amizade profissional, que hoje continua fora do campo", completa o ex-treinador gremista.
Assim como Márcio Bittencourt, Espinoza considera que Sabella chega à final da Copa do Mundo com méritos. Para o ex-treinador do Grêmio, a maior façanha do técnico no comando da Argentina foi fazer Messi finalmente brilhar com a camisa albiceleste.
"Nem o Maradona conseguiu fazer o Messi jogar bem pela Argentina! Essa sempre foi a grande cobrança dos argentinos e de todos os que gostam de futebol. Sempre havia aquela interrogação: 'por que o Messi não é o mesmo do Barcelona?'. Hoje, vemos o Messi jogando bem, e por méritos do Sabella, que tirou aquela pressão excessiva que havia em cima dele, de ter que sempre resolver o jogo sozinho", afirma.
Sabella fez Messi finalmente jogar pela Argentina
Espinoza também se diz feliz pelo próprio Sabella ter admitido que aprendeu com o brasileiro durante o tempo em que jogou no Grêmio. As equipes compactadas que montou durante toda a carreira de técnico foram inspiradas no estilo de jogo do tricolor gaúcho em 83.
"Em uma entrevista para o El Gráfico [revista argentina], ele citou que uma das coisas que aprendeu comigo foi que eu dizia que a equipes que toma os espaços do campo com maior rapidez tem uma vantagem muito grande. Achei muito bacana ele dizer isso, fiquei muito feliz. E eu também aprendi com ele. Quando lembro do Sabella, lembro de algo que sempre procuro ter: aquela tranquilidade na conversa com os jogadores", finaliza.
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O sucesso meteórico do comandante se deve, segundo amigos, ao seu estilo tranquilo, discreto e simpático, além do enorme conhecimento de futebol mostrado pelo homem de 59 anos desde os tempos em que foi jogador, entre 1974 e 1989.
Um dos parceiros brasileiros de Sabella é o treinador Márcio Bittencourt, que atualmente comanda o Batatais, de São Paulo. Ele era auxiliar do Corinthians em 2005, quando o hoje comandante da seleção argentina chegou para trabalhar no Parque São Jorge como auxiliar de Daniel Passarella. Ficaram apenas quatro meses juntos, mas o suficiente para construírem uma boa relação, como conta Márcio, em entrevista à Rádio ESPN.
"O Sabella é um cara muito ponderado, cauteloso e equilibrado. Como treinador, é um cara que conhece bem os atletas dentro e fora de campo, e acho que isso explica muito do sucesso dele. Sempre foi um cara competente e mereceu chegar aonde chegou", opinou Bittencourt, que esteve pela última vez com Sabella há cerca de um ano, durante visita à Argentina, onde se encontrou também com o "compadre" Goycochea, seu ex-companheiro de tempos de Inter.
"Encontrei o Maradona e o Sabella, mas ele já estava na correria de Copa do Mundo, então não deu para sentar e bater um papo legal. Falamos rápido, porque ele estava focado nesse trabalho de três, quatro anos pensando no Mundial", contou Márcio.
Nos tempos de Corinthians, Sabella era o responsável por fazer a ponte entre o sisudo e rígido Passarela e os astros do elenco alvinegro da MSI, que tinha nomes como Tevez, Mascherano, Roger e Carlos Alberto. Pela simpatia e pelo jeito dócil, o então auxiliar ganhou a simpatia de diversos atletas, como Gustavo Nery e Betão, que o chamavam de "Alê".
A dupla de argentinos, no entanto, durou apenas quatro meses no comando corintiano, saindo após goleada por 5 a 1 para o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro. Apesar do pouco tempo, no entanto, Bittencourt diz que Sabella deixou lições para os brasileiros, mas também aprendeu algumas coisas por aqui.

"Ele aprendeu muito com a gente, e trouxe coisas para a gente também. Eu aprendi muito com ele e o Passarella. E tenho certeza que, da mesma forma que eles nos ensinaram coisas boas, também saíram daqui com boas lições que aprenderam conosco", ressalta.
Após deixar o Corinthians, Sabella ainda seguiu como auxiliar até 2009, quando resolveu caminhar com as próprias pernas e assumiu o comando do Estudiantes de La Plata, clube no qual foi ídolo como jogador. O sucesso foi imediato, faturando a Libertadores 2009 em cima do Cruzeiro e também o Campeonato Argentino, em 2010.
Por muito pouco seu time ainda não ganhou o Mundial de Clubes de 2009 em cima do imbatível Barcelona de Josep Guardiola. Os argentinos venciam por 1 a 0 até os minutos finais, quando Pedro empatou, levando o duelo para a prorrogação. No tempo extra, Messi fez o gol da virada e acabou com o sonho de Sabella de ser campeão do mundo com seu amado Estudiantes.
A segunda chance do treinador conquistar o planeta é neste domingo, contra a Alemanha, no Maracanã, às 16h (horário de Brasília).
O Sabella do Grêmio: "Cara excepcional"
Antes de iniciar a carreira fora dos gramados, Alejandro Sabella foi um habilidoso meio-campista com passagens vitoriosas por equipes como River Plate e Estudiantes, além de ter jogado na Inglaterra, pelo Sheffield United e pelo Leeds United. Em 1986, porém, teve rápida passagem pelo Grêmio, onde acabou ficando muito amigo de outro brasileiro: o técnico Valdir Espinoza, campeão da Libertadores e da Copa Intercontinental em 1983.

"Nós nos conhecemos no jogo mais difícil da minha vida: aquele famoso Grêmio x Estudiantes da Libertadores de 1983. O Estudiantes teve três expulsos, nós tinhamos 3 a 1 no placar e mesmo assim eles empataram e quase venceram. Foi aí que conheci aquele (camisa) 10 extraordinário, que comandou a equipe deles", lembrou Espinoza, à Rádio ESPN.
"O tempo passou e fomos nos reecontrar no Grêmio, onde ganhamos o Campeonato Gaúcho. Era um jogador de qualidade técnica excepcional, canhoto bom de bola, que tinha uma leitura de jogo fantástica. Chamava muito a atenção a maneira como ele observava as coisas. Não dava para imaginar que ali estava um treinador que um dia chegaria à final da Copa, mas não é nenhuma surpresa. Ali começamos uma amizade profissional, que hoje continua fora do campo", completa o ex-treinador gremista.
Assim como Márcio Bittencourt, Espinoza considera que Sabella chega à final da Copa do Mundo com méritos. Para o ex-treinador do Grêmio, a maior façanha do técnico no comando da Argentina foi fazer Messi finalmente brilhar com a camisa albiceleste.
"Nem o Maradona conseguiu fazer o Messi jogar bem pela Argentina! Essa sempre foi a grande cobrança dos argentinos e de todos os que gostam de futebol. Sempre havia aquela interrogação: 'por que o Messi não é o mesmo do Barcelona?'. Hoje, vemos o Messi jogando bem, e por méritos do Sabella, que tirou aquela pressão excessiva que havia em cima dele, de ter que sempre resolver o jogo sozinho", afirma.

Espinoza também se diz feliz pelo próprio Sabella ter admitido que aprendeu com o brasileiro durante o tempo em que jogou no Grêmio. As equipes compactadas que montou durante toda a carreira de técnico foram inspiradas no estilo de jogo do tricolor gaúcho em 83.
"Em uma entrevista para o El Gráfico [revista argentina], ele citou que uma das coisas que aprendeu comigo foi que eu dizia que a equipes que toma os espaços do campo com maior rapidez tem uma vantagem muito grande. Achei muito bacana ele dizer isso, fiquei muito feliz. E eu também aprendi com ele. Quando lembro do Sabella, lembro de algo que sempre procuro ter: aquela tranquilidade na conversa com os jogadores", finaliza.
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