Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS
A era do Grêmio dos milagres terminou na manhã de 19 de maio de 2015, uma terça-feira abafada, com sotaque de verão. Felipão recolheu seu material de trabalho e abandonou o CT Luiz Carvalho em silêncio. Mudo como alguém que não conseguiu completar o trabalho. Não deixou uma só palavra aos que o apoiaram. Temia perguntas mais duras, questionamentos, análises sobre o seu baixo desempenho.
O novo Felipão saiu sem títulos, sem taças, sem grandes vitórias. Não deixará saudades. Do antigo ninguém tira as glórias, esse está na galeria histórica do clube.
Felipão foi o último dos milagreiros. Chegou depois de Renato Portaluppi, desembarcou na metade do segundo ano do mandato do presidente Fábio Koff (2013/2014). Desceu na Arena com ares de Jesus Cristo, discurso de salvador. Era o terceiro em três anos. Falhou como os outros. O estoque de salvadores está esgotado.
O Grêmio do Século 21 ainda acredita em messias, nomes mágicos capazes de conquistar tudo com a sua simples presença na direção ou no comando técnico. Não se anima com projetos, com novas ideias, com gestão séria e transparente. Tudo que é feito hoje se encerra amanhã de manhã. Não existe um conceito de futebol envolvendo o clube. Basta ver os perfis dos últimos técnicos contratados: Luxemburgo, Renato, Enderson, Felipão…
Felipão pisou em Porto Alegre defasado, atrasado por uma devastadora Copa do Mundo. Ganhou carinho de uma torcida apaixonada, mas não retribuiu com um grande trabalho. Nem uma comissão técnica de qualidade conseguiu atrair. Os resultados dos treinos eram observados em campo. Um time pobre em esquemas táticos, lento, desorganizado e previsível, tomado por contratações equivocadas. Felipão falhou.
Felipão sempre mandou no Grêmio, terceirizou o futebol. Agiu como número 1. Pediu e vetou contratações. Engoliu um departamento de futebol que jamais se afirmou. Felipão era o homem do futebol. Ninguém falava "não" ao treinador. Grande parte do gigantesco peso dos maus resultados dos últimos meses levou a assinatura de Felipão.
O treinador sai na hora certa. Deixa o Grêmio sem que os jogadores se importem, especialmente os mais jovens. O treinador os criticava indiretamente nas entrevistas coletivas. Leva a comissão técnica. Poderia carregar outros integrantes do futebol. Não fariam falta.
Não é um novo técnico que vai salvar o Grêmio, fragmentado em cerca de 15 grupos políticos de significação mínima. É o conjunto da obra. É no presidente que começa tudo. É no projeto político de um dos clubes mais divididos do Brasil.
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O novo Felipão saiu sem títulos, sem taças, sem grandes vitórias. Não deixará saudades. Do antigo ninguém tira as glórias, esse está na galeria histórica do clube.
Felipão foi o último dos milagreiros. Chegou depois de Renato Portaluppi, desembarcou na metade do segundo ano do mandato do presidente Fábio Koff (2013/2014). Desceu na Arena com ares de Jesus Cristo, discurso de salvador. Era o terceiro em três anos. Falhou como os outros. O estoque de salvadores está esgotado.
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Felipão pisou em Porto Alegre defasado, atrasado por uma devastadora Copa do Mundo. Ganhou carinho de uma torcida apaixonada, mas não retribuiu com um grande trabalho. Nem uma comissão técnica de qualidade conseguiu atrair. Os resultados dos treinos eram observados em campo. Um time pobre em esquemas táticos, lento, desorganizado e previsível, tomado por contratações equivocadas. Felipão falhou.
Felipão sempre mandou no Grêmio, terceirizou o futebol. Agiu como número 1. Pediu e vetou contratações. Engoliu um departamento de futebol que jamais se afirmou. Felipão era o homem do futebol. Ninguém falava "não" ao treinador. Grande parte do gigantesco peso dos maus resultados dos últimos meses levou a assinatura de Felipão.
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