Comentarista aponta saída de Felipão como "início real" de gestão gremista

Luiz Felipe Scolari acertou saída do Grêmio nesta terça (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)

O presidente do Grêmio Romildo Bolzan Júnior assumiu o comando do clube gaúcho no início do ano para o biênio 2015/16, mas só agora, de fato, começa a gerir o futebol do Tricolor. A análise é do jornalista Maurício Saraiva, que no “Seleção SporTV” apontou a saída do técnico Luiz Felipe Scolari como um fato marcante da nova gestão. Felipão, que pediu demissão na manhã desta terça-feira após reunião entre diretoria e comissão técnica, seria uma herança do ex-presidente Fábio Koff.

- O dia 19 de maio de 2015 tem dois fatos marcantes: a demissão de Luiz Felipe Scolari, com ele mesmo entregando o cargo ao presidente, e também é o início real da gestão de futebol do presidente Romildo Bolzan Júnior, que até então assumia com lealdade uma herança de Fábio Koff, que seria seu vice, mas não pôde de assumir por questões de saúde. E nessa herança estava Luiz Felipe.

Alguém pode questionar: mas nessa herança estavam o Rui Costa (diretor executivo) e todos os demais integrantes do departamento de futebol. A diferença é que Rui Costa você consegue enquadrar, compartilhar poder da maneira que você achava que deve, e com Luiz Felipe era impossível, já que ele tinha pleno poder no Grêmio - apontou Maurício Saraiva.

O jornalista também destacou que o provável anúncio de Cristóvão Borges para o lugar de Felipão sinaliza uma mudança de rumo no clube, que assim evita a chegada de treinadores mais próximos do perfil da escola gaúcha de Scolari. Saraiva ainda lembra que, ao não conseguir atender aos pedidos de reforços de Felipão, a diretoria ficou refém do treinador neste ano.

- Da maneira como chegou, como aconteceu seu trabalho no ano passado, e especialmente nesse ano, quando a direção disse a Luiz Felipe que não tinha dinheiro para contratar e ele topou o projeto junto, isso custou à direção uma espécie de perda do poder, todo ele transferido para Luis Felipe Scolari. Por isso que digo que a gestão de futebol real de Romildo Bolzan Júnior começa nesse dia 19 de maio, e Cristóvão Borges seria o primeiro sinal dessa gestão. E não vir com Celso Roth, ou Renato Portallupi, ou mesmo Mano Menezes, treinadores que já passaram pelo Grêmio. O Celso, por exemplo, é da mesma escola do Felipão na maneira de lidar com o vestiário, enquanto o Cristóvão é completamente diferente, é um treinador do diálogo com os jogadores para que as coisas possam ir adiante - concluiu Maurício Saraiva.

A expectativa da diretoria é que o novo técnico já possa comandar o clube no próximo sábado, na Arena, contra o Figueirense, às 21h. O técnico interino que comandará os treinamentos durante a semana será James Freitas, que comandava o time tricolor sub-20. O preparador físico auxiliar, Rogério Dias, estará na comissão técnica durante a semana. A ideia do presidente Romildo Bolzan é montar uma comissão técnica permanente, que se mantenha a partir de chegada ou saída de treinadores.

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