Confusão na Argentina reforça a necessidade de mudanças na Libertadores (Foto: AFP Photo)
O superclássico Boca e River já não me empolgava muito, por serem jogos de torcida única, uma assunção do fracasso das instituições do Estado de Direito. Na partida de ida, no estádio Monumental de Nuñez, foi um tele-catch. Arbitragem conivente com verdadeiros golpes de alguma luta marcial, sem expulsão. No já tão comentado jogo de volta, os marginais da torcida do Boca se superaram furando o túnel dos visitantes e atirando gás de pimenta. Este episódio deveria ser usado pela nova administração da Conmebol para punir com rigor e isto ser um primeiro sinal de absoluta intolerância com os mal feitos daqui por diante. É triste, mas ninguém acredita que isto vá ocorrer!
24 VEZES PIOR
Vamos exclamar mais uma vez da oportunidade jogada fora pela Conmebol ao não ter competência ou vontade para elevar a principal competição da entidade a um patamar condizente com a qualidade e tradição do futebol das Américas e que reflita a força econômica da região. A Libertadores organizada, moralizada e disputada em paralelo à Sul-americana e, por que não, jogada com equipes dos EUA, tem tudo para atrair muito mais público, patrocínios e audiência de TV. Se assim fosse, os clubes da região teriam muito mais força econômica e poderiam manter equipes mais fortes e jogar partidas melhores de se ver. Nesta semana, enquanto a Liberta dava mais um vexame, a Uefa Champions League ofereceu duas partidas de grande técnica que atraíram atenção de todo o mundo que gosta do esporte bretão. Acho que até de quem não gosta, dada a estética da captura das imagens, os extraordinários astros em campo sem cai-cai e sem simulações de falta, tudo isto compondo o que é a maior vitrine do futebol mundial. Mais que a Copa do Mundo, que ocorre de quatro em quatro anos e em 30 dias, a Champions é jogada ao longo de meses a cada ano distribuindo muito mais em prêmios do que a Copa da Fifa. Até a qualidade dos jogos me agrada mais. Mas está nos números a prova maior do injustificável. Na Liberta, a Conmebol vai distribuir este ano o equivalente a R$ 156 milhões em prêmios em toda a competição. Do outro lado do Atlântico, a Uefa pagará aos times um total de R$ 3,7 bilhões, ou quase 24 vezes os prêmios da prima pobre do fut. Não há nenhuma métrica econômica, social ou de paixão pelo esporte que justifique este múltiplo: 24 é o número da incompetência!
É JUSTO
Entre 2005 e 2006 quem mandou no futebol do agora eliminado Timão foi uma empresa chamada MSI (Media Sports Investment) que tem como proprietário o iraniano Kia Joorabchian. Este foi acusado de lavagem de dinheiro e de ligação com o titã russo Boris Berezovsky fugitivo de seu país natal por supostos crimes contra a nação russa. O iraniano, absolvido no ano passado de suas acusação no Brasil, vive na Inglaterra, casado com uma brasileira, e segue trabalhando no mundo do futebol. Um grande número de jogadores representados por ele estavam entre os que jogaram a Copa no Brasil. Ano passado Kia me ligou da Inglaterra para ponderar que uma matéria publicada à época mencionava sua mulher, o que ele julgava um erro, por ser irrelevante para a mesma, e aproveitou para dizer que ele seguia sendo injustiçado no Brasil. Defendeu o simpático iraniano que sua revolução no Corinthians não recebia o crédito que merecia dado que havia trazido para o país jogadores de classe mundial, patrocinadores de valor nunca antes tido e sido muito vitorioso e só se falava dele como um delinquente. Esta semana, assistindo aos jogos das semis da Champions League, me lembrei desta conversa ao ver a classificação para a final em Berlim de Javier Mascherano e Carlos Tevez, ambos jogadores que Kia trouxe para o Corinthians, respectivamente por Barcelona e Juventus. Dez anos passados da aventura no Brasil, os dois jogadores estão no auge e em equipes de ponta do mundo. Não sei avaliar se Kia cometeu algum crime ou falha na forma como internou dinheiro para seus investimentos nos anos de Corinthians, mas tenho que reconhecer alguma razão na reclamação dele para mim. Não só a sua estada por aqui foi de muita ousadia, impactante, como deu frutos esportivos de muita qualidade, tendo o Corinthians vencido o Brasileiro de 2005, com Tevez eleito o melhor jogador. Se eu fosse montar um time, pediria a ele para me indicar alguns jogadores, pois olho bom o iraniano tem!
Em alta na Itália, Tevez teve passagem marcante pelo Corinthians (Fotos: Marco Bertorello/ AFP)
JUNTANDO OS CACOS
Tanto o Sampa quanto o Timão vão ter que focar no Brasileirão, após a eliminação da Liberta. Com as finanças estranguladas, ambos os clubes pioraram muito os seus balanços e acumulam dívidas crescentes. Não se imagina grandes contratações. Ao contrário, as folhas de pagamento vão ser ceifadas. As mudanças nos elencos vão ser impactantes. Até os intocáveis vão sentir!
QUEM DIRIA
Era uma vez... o modelo de gestão do Tricolor paulista era o ó do bobó. Vencia títulos seguidos e inflava sua torcida. O Timão parecia a caminho de uma riqueza insuperável no cenário brasileiro e perdia a pecha de clube paroquial, vencendo títulos internacionais. Já o Verdão aparentava rumar para o apequenamento, com uma torcida envelhecida e que não crescia, de acordo com as pesquisas. Somente duas Copas do Brasil desde o bi nacional de 93/94, frente aos importantes títulos dos seus algozes. Era muito pouco para a grandeza do Palestra. Neste momento, tenho a impressão de que há sinais de mudança de papéis. O Verdão cresce as receitas enquanto os rivais perdem, sua nova arena é motivo de alegria e alavanca a relação com os torcedores. A adesão ao seu programa de sócio-torcedor bate recordes e fortalece as finanças. Os palestrinos ainda têm muito a fazer para este voltar à posição que já teve, mas os vetores com relação aos outros gigantes paulistanos estão invertidos neste momento!
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24 VEZES PIOR
Vamos exclamar mais uma vez da oportunidade jogada fora pela Conmebol ao não ter competência ou vontade para elevar a principal competição da entidade a um patamar condizente com a qualidade e tradição do futebol das Américas e que reflita a força econômica da região. A Libertadores organizada, moralizada e disputada em paralelo à Sul-americana e, por que não, jogada com equipes dos EUA, tem tudo para atrair muito mais público, patrocínios e audiência de TV. Se assim fosse, os clubes da região teriam muito mais força econômica e poderiam manter equipes mais fortes e jogar partidas melhores de se ver. Nesta semana, enquanto a Liberta dava mais um vexame, a Uefa Champions League ofereceu duas partidas de grande técnica que atraíram atenção de todo o mundo que gosta do esporte bretão. Acho que até de quem não gosta, dada a estética da captura das imagens, os extraordinários astros em campo sem cai-cai e sem simulações de falta, tudo isto compondo o que é a maior vitrine do futebol mundial. Mais que a Copa do Mundo, que ocorre de quatro em quatro anos e em 30 dias, a Champions é jogada ao longo de meses a cada ano distribuindo muito mais em prêmios do que a Copa da Fifa. Até a qualidade dos jogos me agrada mais. Mas está nos números a prova maior do injustificável. Na Liberta, a Conmebol vai distribuir este ano o equivalente a R$ 156 milhões em prêmios em toda a competição. Do outro lado do Atlântico, a Uefa pagará aos times um total de R$ 3,7 bilhões, ou quase 24 vezes os prêmios da prima pobre do fut. Não há nenhuma métrica econômica, social ou de paixão pelo esporte que justifique este múltiplo: 24 é o número da incompetência!
É JUSTO
Entre 2005 e 2006 quem mandou no futebol do agora eliminado Timão foi uma empresa chamada MSI (Media Sports Investment) que tem como proprietário o iraniano Kia Joorabchian. Este foi acusado de lavagem de dinheiro e de ligação com o titã russo Boris Berezovsky fugitivo de seu país natal por supostos crimes contra a nação russa. O iraniano, absolvido no ano passado de suas acusação no Brasil, vive na Inglaterra, casado com uma brasileira, e segue trabalhando no mundo do futebol. Um grande número de jogadores representados por ele estavam entre os que jogaram a Copa no Brasil. Ano passado Kia me ligou da Inglaterra para ponderar que uma matéria publicada à época mencionava sua mulher, o que ele julgava um erro, por ser irrelevante para a mesma, e aproveitou para dizer que ele seguia sendo injustiçado no Brasil. Defendeu o simpático iraniano que sua revolução no Corinthians não recebia o crédito que merecia dado que havia trazido para o país jogadores de classe mundial, patrocinadores de valor nunca antes tido e sido muito vitorioso e só se falava dele como um delinquente. Esta semana, assistindo aos jogos das semis da Champions League, me lembrei desta conversa ao ver a classificação para a final em Berlim de Javier Mascherano e Carlos Tevez, ambos jogadores que Kia trouxe para o Corinthians, respectivamente por Barcelona e Juventus. Dez anos passados da aventura no Brasil, os dois jogadores estão no auge e em equipes de ponta do mundo. Não sei avaliar se Kia cometeu algum crime ou falha na forma como internou dinheiro para seus investimentos nos anos de Corinthians, mas tenho que reconhecer alguma razão na reclamação dele para mim. Não só a sua estada por aqui foi de muita ousadia, impactante, como deu frutos esportivos de muita qualidade, tendo o Corinthians vencido o Brasileiro de 2005, com Tevez eleito o melhor jogador. Se eu fosse montar um time, pediria a ele para me indicar alguns jogadores, pois olho bom o iraniano tem!
Em alta na Itália, Tevez teve passagem marcante pelo Corinthians (Fotos: Marco Bertorello/ AFP)
JUNTANDO OS CACOS
Tanto o Sampa quanto o Timão vão ter que focar no Brasileirão, após a eliminação da Liberta. Com as finanças estranguladas, ambos os clubes pioraram muito os seus balanços e acumulam dívidas crescentes. Não se imagina grandes contratações. Ao contrário, as folhas de pagamento vão ser ceifadas. As mudanças nos elencos vão ser impactantes. Até os intocáveis vão sentir!
QUEM DIRIA
Era uma vez... o modelo de gestão do Tricolor paulista era o ó do bobó. Vencia títulos seguidos e inflava sua torcida. O Timão parecia a caminho de uma riqueza insuperável no cenário brasileiro e perdia a pecha de clube paroquial, vencendo títulos internacionais. Já o Verdão aparentava rumar para o apequenamento, com uma torcida envelhecida e que não crescia, de acordo com as pesquisas. Somente duas Copas do Brasil desde o bi nacional de 93/94, frente aos importantes títulos dos seus algozes. Era muito pouco para a grandeza do Palestra. Neste momento, tenho a impressão de que há sinais de mudança de papéis. O Verdão cresce as receitas enquanto os rivais perdem, sua nova arena é motivo de alegria e alavanca a relação com os torcedores. A adesão ao seu programa de sócio-torcedor bate recordes e fortalece as finanças. Os palestrinos ainda têm muito a fazer para este voltar à posição que já teve, mas os vetores com relação aos outros gigantes paulistanos estão invertidos neste momento!
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