Brasil campeão da Copa das Confederações 2013 é o mais escalado do século 21 (Foto: Agência AP)
Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk, Neymar e Fred. A equipe titular de Luiz Felipe Scolari já está na história. Não só por ter conquistado a Copa das Confederações ou inaugurado a Copa do Mundo no país. Essa é a formação mais utilizada pela seleção brasileira no século 21.
Os 11 jogadores estiveram juntos como titulares em sete partidas. Parece pouco, mas, até então, o time mais repetido com a camisa do Brasil desde 2001 havia sido escalado em seis jogos. Era o de Carlos Alberto Parreira, hoje coordenador técnico da CBF, que ficou conhecido pelo quarteto Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo, entre 2005 e 2006.
A estatística impressiona porque Felipão conseguiu isso em menos de um ano e meio, enquanto outros técnicos como Parreira e Dunga tiveram quatros anos completos à frente da Seleção. Nem assim, mantiveram a escalação intacta, do goleiro ao centroavante, por tanto tempo. Seu antecessor, Mano Menezes, em dois anos e meio, não repetiu uma equipe por mais de duas vezes. Agora, o atual treinador torce pela recuperação de Hulk, que deixou o treino deste domingo sentindo dores, para mandar a campo pela oitava vez seu “time dos sonhos” nesta terça-feira, contra o México, em Fortaleza.
Felipão escalou seu time ideal por sete vezes em menos de um ano e meio (Foto: Reuters)
Scolari reassumiu o cargo no fim de 2012 e estreou em fevereiro de 2013. Aquele amistoso contra a Inglaterra já teve Julio César, Daniel Alves, David Luiz, Paulinho, Oscar e Neymar como titulares. A partida seguinte, diante da Itália, ganhou as presenças de Hulk e Fred. E já no empate com a Rússia, terceira partida de Felipão, entraram Thiago Silva e Marcelo.
O último a se garantir como titular foi o volante Luiz Gustavo. Considerado surpresa na convocação para a Copa das Confederações, ele foi escalado no primeiro amistoso de preparação para o torneio, novamente diante do English Team. Não saiu mais. Na semana seguinte, o Brasil derrotou a França por 3 a 0 e teve, com Marcelo no lugar de Filipe Luís, a formação recordista pela primeira vez.
Na vitoriosa campanha das Confederações, só houve uma mudança. Contra a Itália, Hernanes iniciou no lugar de Paulinho. Nas quatro partidas restantes, a escalação se consolidou. Curiosamente, eles só voltaram a se encontrar no último dia 6, na vitória sobre a Sérvia. O ato final da preparação para a Copa do Mundo reuniu os campeões e comprovou a confiança de Felipão em sua criação.
Confiança que se justifica em números: essa formação venceu as sete partidas que disputou e só sofreu dois gols (um deles contra). E que também ajuda nos momentos mais difíceis, como o baque de sofrer esse gol contra nos primeiros minutos da Copa, a favor da Croácia e diante da torcida brasileira.
- Ajudou muito. Nós confiamos muito uns nos outros e sabemos a função que cada um pode fazer. Isso nos ajuda a fazer melhor - disse o meia Oscar.
Nos nove amistosos realizados nesse período, muitos outros atletas tiveram chances. Reservas e outros que nem sequer foram convocados para o Mundial. Nenhum deles convenceu o técnico a abrir mão da formação. Repetir uma escalação com jogos tão espaçados e convocações diferentes é um desafio na seleção brasileira.
Em 2006, Parreira bancou a escalação de Adriano e Ronaldo, com Robinho no banco. O time da Copa foi a base de todo seu trabalho, mas só se repetiu seis vezes e tinha Dida, Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Emerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho; Adriano e Ronaldo.
Nos quase 14 anos do século 21, a seleção brasileira principal disputou 209 partidas e somente 19 escalações foram repetidas ao menos duas vezes. Mesmo Felipão, em sua primeira passagem, usou cinco formações diferentes nos sete jogos do pentacampeonato, em 2002. O time atual, histórico, depende somente da recuperação de Hulk para entrar novamente em campo no Castelão, terça-feira. Caso ele não possa jogar, Ramires deverá ficar com a vaga.
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Os 11 jogadores estiveram juntos como titulares em sete partidas. Parece pouco, mas, até então, o time mais repetido com a camisa do Brasil desde 2001 havia sido escalado em seis jogos. Era o de Carlos Alberto Parreira, hoje coordenador técnico da CBF, que ficou conhecido pelo quarteto Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo, entre 2005 e 2006.
A estatística impressiona porque Felipão conseguiu isso em menos de um ano e meio, enquanto outros técnicos como Parreira e Dunga tiveram quatros anos completos à frente da Seleção. Nem assim, mantiveram a escalação intacta, do goleiro ao centroavante, por tanto tempo. Seu antecessor, Mano Menezes, em dois anos e meio, não repetiu uma equipe por mais de duas vezes. Agora, o atual treinador torce pela recuperação de Hulk, que deixou o treino deste domingo sentindo dores, para mandar a campo pela oitava vez seu “time dos sonhos” nesta terça-feira, contra o México, em Fortaleza.
Felipão escalou seu time ideal por sete vezes em menos de um ano e meio (Foto: Reuters)
Scolari reassumiu o cargo no fim de 2012 e estreou em fevereiro de 2013. Aquele amistoso contra a Inglaterra já teve Julio César, Daniel Alves, David Luiz, Paulinho, Oscar e Neymar como titulares. A partida seguinte, diante da Itália, ganhou as presenças de Hulk e Fred. E já no empate com a Rússia, terceira partida de Felipão, entraram Thiago Silva e Marcelo.
O último a se garantir como titular foi o volante Luiz Gustavo. Considerado surpresa na convocação para a Copa das Confederações, ele foi escalado no primeiro amistoso de preparação para o torneio, novamente diante do English Team. Não saiu mais. Na semana seguinte, o Brasil derrotou a França por 3 a 0 e teve, com Marcelo no lugar de Filipe Luís, a formação recordista pela primeira vez.
Na vitoriosa campanha das Confederações, só houve uma mudança. Contra a Itália, Hernanes iniciou no lugar de Paulinho. Nas quatro partidas restantes, a escalação se consolidou. Curiosamente, eles só voltaram a se encontrar no último dia 6, na vitória sobre a Sérvia. O ato final da preparação para a Copa do Mundo reuniu os campeões e comprovou a confiança de Felipão em sua criação.
Confiança que se justifica em números: essa formação venceu as sete partidas que disputou e só sofreu dois gols (um deles contra). E que também ajuda nos momentos mais difíceis, como o baque de sofrer esse gol contra nos primeiros minutos da Copa, a favor da Croácia e diante da torcida brasileira.
- Ajudou muito. Nós confiamos muito uns nos outros e sabemos a função que cada um pode fazer. Isso nos ajuda a fazer melhor - disse o meia Oscar.
Nos nove amistosos realizados nesse período, muitos outros atletas tiveram chances. Reservas e outros que nem sequer foram convocados para o Mundial. Nenhum deles convenceu o técnico a abrir mão da formação. Repetir uma escalação com jogos tão espaçados e convocações diferentes é um desafio na seleção brasileira.
Em 2006, Parreira bancou a escalação de Adriano e Ronaldo, com Robinho no banco. O time da Copa foi a base de todo seu trabalho, mas só se repetiu seis vezes e tinha Dida, Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Emerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho; Adriano e Ronaldo.
Nos quase 14 anos do século 21, a seleção brasileira principal disputou 209 partidas e somente 19 escalações foram repetidas ao menos duas vezes. Mesmo Felipão, em sua primeira passagem, usou cinco formações diferentes nos sete jogos do pentacampeonato, em 2002. O time atual, histórico, depende somente da recuperação de Hulk para entrar novamente em campo no Castelão, terça-feira. Caso ele não possa jogar, Ramires deverá ficar com a vaga.
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